quinta-feira, 16 de junho de 2016

Carolinas - Coletivo de Mulheres Negras


PurpleRose_p Como surgiu o Coletivo Carolinas
Num evento nacional da Faculdade de Educação realizado no início do ano de 2015 na Universidade do Estado do Rio de Janeiro, uma baiana, participante do evento, conversando com Shelida Dias, militante do coletivo, ficou impressionada com os argumentos da mesma numa oportunidade que puderam conversar; Shelida Dias, Juliana Carvalho e Pamela Machado (fundadoras do coletivo), sempre conversavam informalmente sobre feminismo e como muitas das pautas não contemplavam suas vivencia na vida, na universidade e nos espaços feminista. No decorrer da conversa, a baiana perguntou se ela era de algum coletivo feminista negro, chocada com a negação de sua indagação perguntou ainda se existia algum coletivo feminista negro na faculdade e ficou mais chocada ainda com a resposta de que Shelida sequer obteve o conhecimento ou ouvido falar de um dia ter havido um coletivo feminista nesse recoste na Faculdade de Educação, houve então o choque geral, e para isso necessitou de que alguém fora do cotidiano da universidade destacasse toda essa situação. Foi aí que a semente foi plantada e tudo começou.
As entidades universitárias estudantis que fizeram parte da criação desse coletivo foram a Pasta de Combate às Opressões do Diretório Central dos Estudantes (DCE) UERJ gestão 1 Por Todxs – O novo pede passagem e Centro Acadêmico Paulo Freire da Faculdade de Educação gestão Nada Será Como Antes!
Obs.: Não é um coletivo que representa todo o movimento feminista negro da UERJ, pois atualmente existem outros coletivos, mas intensificamos ser da UERJ para o entendimento de ser um coletivo atualmente universitário de estudantes da universidade citada.
butterfly Principais bandeiras de atuação do coletivo
Como dito anteriormente, em muitos espaços feministas, muitas das pautas próprias às questões raciais não são contemplavam e nem dadas a real e devida atenção. Nós, mulheres negras lutamos pelo reconhecimento da igualdade enquanto mulheres e da especificidade enquanto negras.
O coletivo se fundamenta com as bandeiras gerais do movimento negro e feminismo negro, como a implementação e formulação de políticas para o bem viver da mulher, contra a violência doméstica e enfrentamento ao feminicidio e ao genocídio da juventude negra, luta pela aplicação de leis e projetos que visão ampliar a produção de materiais próprios da cultura afro-brasileira, proporcionando às escolas e outras instituições educacionais a intensificar a aplicações de leis como a Lei 10.639 e a formação de profissionais qualificados na área da educação para execução desses direitos, mas, mais especificamente, as principais bandeiras do Coletivo Carolinas são a busca pela autoconsciência da identidade negra como filhas e filhos da diáspora, a valorização da beleza de seus fenótipos negroides e conquista e permanência de/nos espaços através do empoderamento.
misc_icon___003_rose_purple_by_bakashiyou-d83okc2 Empoderamento das mulheres negras
O Coletivo entende que o reconhecimento como afrodescendentes filhas da diáspora é o primeiro passo para o empoderamento. Muitas das nossas meninas nem negras se consideram, e isso não quer dizer ter o cabelo alisado ou não. Nos desprendendo de como a sociedade insiste em nos ver e entendendo de onde viemos, nos impulsionamos ao empoderamento. Empoderando e orgulhando-se do seu cabelo crespo, empoderando-se e empinando seu nariz largo, empoderando-se e ocupando espaços de decisões, empoderando-se e alcançando além do que o pré-determinismo branco pode sequer imaginar. Isso sim é empoderamento, e sempre vamos lutar por isso.
FONTE:https://somoscarolinas.wordpress.com/sobre/

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