sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

SINDICATO 022

MC LEANDRO BOKA


Leandro Martins Braga mais conhecido como Leandro Boca, é um MC de 22 anos da cidade de Búzios, Rio de Janeiro.Por volta dos anos 90 começou a se interessar pelo funk melody o que logo mais o levou a conhecer o rap, através de um cd do Gabriel O Pensador, logo mais conheceria Racionais MCs, Planet Hemp, Mv Bill entre outros. Mais tarde tarde por volta do ano de 2003 começa a se arriscar e escrever suas letras, que na época eram gospel.Buscando suas inspirações não só no rap, mas também no samba do Fundo de Quintal à Cartola, no reggae de Natirruts à Bob Marley, no blues, no rock e tudo que é boa música. Com letras simples porém impactantes, Leandro Boca expõe seus pensamentos seja com suas músicas ou em seus freestyles.Além de representar a cultura Hip-Hop como MC, Leandro Boca também é Beatmaker e Graffiteiro. Uma de suas instrumentais entrou no projeto B.O.Rock do Max B.O além também de ser campeão da Batalha de Mcs do primeiro Encontro de Hip Hop de Búzios.Seja criando seu instrumentais, desenhando em muros pela cidade ou escrevendo suas letras, Leandro Boca vem buscando aos poucos conquistar seu espaço na cena.

FONTE:http://sindicato022.blogspot.com/

SINDICATO 022

VINIMAX



Ao contrário do estado de São Paulo, o hip-hop carioca não tem a sua origem caracterizada em meio ao caos das comunidades pobres. Isto faz com que os poucos artistas do movimento, oriundos destas áreas, se tornem um dado isolado que não chega a ser pertinente à números estatísticos que correspondam a forte predominância do hip-hop se comparado ao funk carioca. Talvez a resposta para este fato esteja relacionada a nossa geografia, que, certamente exerce forte influência diante da formação cultural, política e filosófica de nossa população... Porém, estes poucos representantes do hip-hop, quando rappers, trazem em suas músicas o relato da crueldade instalada nestes lugares. Mas, como mesmo reza o ditado, que, “para toda regra existe uma exceção”, a história de Vinimax inicia-se na comunidade nordestina de Rio das Pedras, uma das poucas ou a única favela carioca sem a presença do tráfico. Contudo, embora o tráfico não seja o fator correspondente do descaso social eminente em Rio das Pedras, questões como miséria, desemprego e habitação precária substituem o reflexo do “crime organizado”, e assumem o papel de uma outra agressão requintada, aonde somente sobreviventes como Vini podem interpretar com precisão os resultados deste lamentável quadro: residindo com sua mãe, esposa e filho menor, num humilde barraco de madeira, à 50 metros de um valão, VINIMAX, apesar de hoje fazer parte do elenco de grandes artistas da gravadora Sony Music, ainda convive com a dura realidade da pobreza. Pobreza passiva de questionamento, quando o mesmo, ao me receber hospitaleiramente em seu lar, me apresenta com orgulho sua rica coleção em vinil, variada em samba raiz, jazz, funk anos 70, soul, raggae e rap; principais fontes de inspiração para o seu primeiro CD, cujo título carrega seu próprio nome. Com o estilo passivo da crítica daqueles que no hip-hop acreditam na radicalidade excessiva das letras derapper favelado.
VINIMAX mostra que está com sua concepção muito além do previsível, dando assim lugar a conclusão de um trabalho sem igual...Vinimax Rapper de muito sucesso que estreou com seu album "Vinimax" em 2004, e ganhou muita fama com a musica "Neurótico", através desse sucesso ele foi para programas de TV de muita audiêcia como "Domigão do Faustão" e "Caudeirão do Huck".


FONTE:http://sindicato022.blogspot.com/

EXCLUSÃO ARTÍSTICA OU VÁ PROCURAR A SUA TURMA?



 Certa vez, ouvi de um parceiro: "RAP E HIP HOP NÃO TEM LUGAR PARA SOM DE PISTA, BOATE, ESSE ESTILO TEM QUE SER EXCLUÍDO. O RAP FALA A VERDADE DAS RUAS, E A RUA NÃO TEM ISSO É SÓ MORTE E CRIME". Fiquei me perguntando:" PÔ O CARA ME DISSE ISSO ONTEM, E HOJE, SÁBADO, FOI SE DIVERTIR NUM PUTEIRO?". Bom não sei que tipo de ideia é postulada por essas mentes sobre diversão e curtição. Diversas vezes li e fui questionado sobre essa questão na qual a cultura de rua está caminhando, para a tv e chegando a grande massa. Sabiamente respondi, fazemos parte dela desde muito tempo, mas não somos donos dela, ela não pertence somente a nós, ela é universal, tem para todos.
 Não podemos nos ater ao individualismo de querer impor regras e obstáculos para àqueles que querem se adentrar nesse universo urbano, seja por paixão ou simplesmente por interesse. Fazer o que se esse universo é sedutor e apaixonante? Agora viver, sentir, amar como nós amamos são para poucos.
 Cultura de Rua eternamente.

Rapper Silles

CULTURA DE RUA E O NOVO PARADIGMA


A rua é rua em qualquer lugar. Estamos acompanhando os últimos acontecimentos na cultura de rua, urbana, no rap e hip hop. As estrelas pop, a volta dos mestres e mestras das antigas e principalmente daqueles que ainda insistem em afirmar qual estilo de som deve ser considerado rap e hip hop nacional. Elogiar as mulheres tanto no quesito beleza quanto no aval erótico, não parece ser algo que agrade os manos e também as minas. Existe uma complexidade em aceitar esses estilos de rimas por medo de agradar a grande massa e que o mesmo possa torna o rap e o hip hop num funk carioca, um pagode midiático, um forró universitário ou um axé midiático. Pelo que entendemos tanto o rap e hip hop como a cultura de rua, urbana é universal, postular conceitos e posturas dentro do movimento, da cultura classifico como um tanto sofista. Cabe discutir no entanto, é o respeito e o reconhecimento que se deve dar e sempre lembrar, àqueles que lutaram para que hoje, possamos ter a facilidade para conquistar espaços em diversos meios.
 Mas na verdade, o que vejo, é um saudosismo enfático e infantil por parte de alguns e até mesmo por aqueles que se quer nasceram em tal época e enchem o peito e exclamam com fervor "AQUELA ÉPOCA ERA BOA". Era significa que passou, que tudo passa, o presente e futuro não se resumem a saudade e sim em manter-mos a nossa cultura firme e forte, independente do estilo de rima, se é gangsta, pesado, erótico, romântico. Certo que tem uns picuinhas, uns que aproveitam o embalo e se metem a besta e vão no faro do "money", mas fazer o que a cultura é universal.
 A lógica de se fazer parte de uma cultura é saber que ela um dia irá crescer, se expandir, como dizem alguns evoluir, transpor barreiras chegar àqueles que um dia a marginalizaram. É certo afirmar que aproveitadores se apoderam dessa arte para transformá-la em algo para benefício próprio. Mas também é certo afirmar que ela só toca o coração, daqueles e daquelas que realmente fazem parte e a amam de verdade.
 Independente do meu estilo, sempre fui, sou e sempre serei eternamente Cultura de Rua.

Rapper Silles