sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Após single com Ayó da Poet, F. Costa anuncia o lançamento da mixtape “Faces” em setembro

O rap nacional teve mais uma interessante conexão com artistas estrangeiros. Ayó Da Poet, da Nigéria, pulou na track do brasileiro F.Costa, de Florianópolis (SC). O single Faces  também dá o nome à mixtape do artista catarinense, que planeja lançar o projeto no final de setembro. Composta por um verso em português e outro em inglês, a música teve instrumental produzido por Paks, através do sample de Baltimore, da grande Nina Simone.


FONTE:https://raplogia.com/2016/08/30/apos-single-com-ayo-da-poet-f-costa-anuncia-o-lancamento-da-mixtape-faces-em-setembro/

Como quatro mulheres transformaram um caso de racismo em um movimento na internet

A partir de um vídeo que viralizou, elas criaram o canal “Estaremos Lá” para falar de inclusão e diálogo.

Depois de passar por um episódio de racismo em um shopping de São Paulo, quatro mulheres fizeram um vídeo que já está com mais de um milhão de visualizações. Agora elas querem aproveitar a visibilidade para tentar mudar a cabeça das pessoas.

Na praça de alimentação do shopping, uma senhora branca derrubou sua bandeja e, quando elas se ofereceram para ajudar a recolher, ouviram de volta um “não preciso de ajuda, só preciso que você limpe aqui”. Aí elas correram para o banheiro, não para chorar mas para gravar este vídeo bem engraçado, com direito a imitação da tal senhora.

O vídeo termina com uma frase que virou hashtag e o nome da página das meninas: “estaremos lá”.


Em entrevista ao BuzzFeed Brasil, Stella, Bia, Carol e Samantha contam que fizeram o vídeo apenas para desabafar sobre o fato com seu círculo de conhecidos. No dia em que o caso do shopping aconteceu, Stella havia recém ajudado o irmão de 15 a lidar com algo parecido, pois ele havia sido expulso sem razão de uma loja.


Elas contam que postaram o vídeo no sábado de manhã e que ao meio-dia ele já tinha mais de mil visualizações e logo começaram a ligar umas para a outras.
“Acredito que o crucial do vídeo, além de abordar o tema do racismo, é o jeito que falamos sobre isso, com leveza e humor”, diz Carol. “Porque aquilo não foi um caso isolado, e nossa reação não foi ensaiada para o vídeo, mas é como a gente lida com as situações do nosso dia a dia, e foi isso que fez as pessoas se identificarem”.

“Eu não tive vontade de destratar a pessoa, tive vontade de entender”, conta Stella. “Queremos falar com quem reage assim e perguntar ‘por que sua cabeça é assim? Você tem vontade de mudar? Vamos conversar!’”, dizem Bia e Samantha.


As quatro meninas estão animadas com a repercussão e querem continuar abordando temas como inclusão social e diálogo entre pessoas que pensam diferente, tentando mudar formas de ver o mundo.
“Não é vitimismo, não é mimimi. Se a gente for passar textão ou dar o troco para cada opressor que a gente encontrar, vamos passar a vida fazendo isso. A gente quer criar empatia, mostrar que as coisas podem não ser como você pensa”, diz Stella.

Por causa do vídeo, foram convidadas para um encontro de influenciadores digitais negros na casa da consulesa da França no Brasil, Alexandra Loras, e já aproveitaram para fazer mais um vídeo no banheiro com participação especial da própria.

“A gente estava lá como influenciadoras digitais e nem tínhamos canal ainda!”, dizem as meninas. Elas também fizeram uma transmissão no Canal das Bee, com quem vão continuar colaborando.

Foram tantas as mensagens e os comentários pedindo por mais vídeos que as quatro meninas, que se conhecem há cinco anos por frequentar a mesma igreja, decidiram criar um canal no YouTube e uma página no Facebook.


“Você não imagina quantas pessoas entraram em contato com a gente relatando casos parecidos, até de negros cujas próprias famílias não querem que eles usem tranças ou cabelo black. A internet chegou para que todos possam ter mais referências, porque para nós tem as negras globais, a Beyoncé, ou nada. A gente quer ser uma referência gente como a gente, igual às pessoas que nos seguem”, explica Stella sobre o que o grupo quer fazer com os canais.

FONTE:https://www.buzzfeed.com/susanacristalli/como-quatro-mulheres-transformaram-um-caso-de-racismo-em-um?utm_term=.oeoQ1OLLGJ&bffbbrazil#.jmBm5JAAb3

Postagem de juíza crítica à meritocracia viraliza nas redes sociais

A "meritocracia" é o processo de alavancamento profissional e social como consequência dos méritos individuais de cada pessoa, ou seja, dos seus esforços e dedicações. Quem defende a teoria da meritocracia, acredita que qualquer pessoa possa chegar onde quiser apenas através do seu esforço. De outro lado, muitas pessoas criticam essa ideia, principalmente em um país cuja sociedade é desigual, racista, machista, homofóbica.
A juíza de direito do Tribunal de Justiça do Paraná, e colunista do Justificando, Fernanda Orsomarzo, escreveu um post no seu Facebook contando sua história de muito esforço, porém também de muito privilégio, para afastar a ideia de meritocracia. O post já passa de 25 mil curtidas e oito mil corpartilhamentos.
Fernanda se classifica como branca e parte de uma família classe média, o que a possibilitou de frequentar boas escolas, cursinhos e universidades. "Todos têm suas lutas e histórias de vida. Todos enfrentam dificuldades e desafios. Porém, enquanto para alguns esses entraves não passam de meras pedras no caminho, para outros a vida em si é uma pedra no caminho", afirmou. 
A juíza se considera uma pessoa previlegiada desde que nasceu, o que fez com que ela saísse na frente de todos os outros que tentam chegar ate o seu cargo. "Não é justo, não é honesto exigir que um garoto que sequer tem professores pagos pelo Estado entre nessa competição em iguais condições. Nunca, jamais estivemos em iguais condições", disse.
O discurso da meritocracia, para Fernanda,  desresponsabiliza o Estado e joga nos ombros do indivíduo todo o peso de sua omissão e da falta de políticas públicas. "A meritocracia naturaliza a pobreza, encara com normalidade a desigualdade social e produz esquecimento – quem defende essa falácia não se recorda que contou com inúmeros auxílios para chegar onde chegou", concluiu.
Leia o post na íntegra:

FONTE:http://www.justificando.com/2016/08/31/postagem-de-juiza-critica-a-meritocracia-viraliza-nas-redes-sociais/