segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Da Leste e o duplo sentido do sistema.

Herói ou bandido. Mocinho ou vilão. A docilidade civilizada dos tais capitães-do-mato que seguem a risca com fervor honra e dignidade a defesa do cidadão de bem independente de cor e classe social, emociona. Não obstante a falácia corroborada da supressão de elementos fatídicos que, deixam claros a desonra a qual esses indivíduos fardados estão evidenciados em defender: a elite.

Está evidente o reflexo é nítido. As classes abastadas sempre tiveram seus privilégios e cotas e atualmente choramingam que estão sendo vitimas de exclusão, discriminação e racismo por parte do governo pelos movimentos pró-cotas e pró-bolsas. Nada mais do que ridículo.

Portanto é mais do que normal nascerem guerreiros e guerreiras nas favelas e periferias do nosso Brasil. Artistas que utilizam o microfone e através das rimas, denunciam de forma moderada e contundente toda a repressão que sofrem pelos membros dos aparelhos repressores do Estado. Muitos elementos compactuantes e simpatizantes desses aparelhos não suportam e não aceitam tais reivindicações, atrelam essas manifestações a criminalidade, a desordem social, a perturbação social e desrespeito ao civismo.  Dramaticidade inócua misturada à perversão burguesa, aquém deleita com os muros invisíveis que separam os abastados dos ditos bastardos anarquistas e inferiores, por esses classificados.

Com o funk carioca não é diferente. Com o advento da ostentação o funk deixa de ser carioca para tomar outros Estados e com isso atraindo a indignação dos abastados conservadores. Seus filhos e filhas se deliciam ao som do batidão, sendo que os mesmos odeiam os negros e favelados, mas não dispensam o batidão e tamborzão. A facilidade sexista promovida por alguns adeptos do funk faz com que atraia bastante filhotes abastados e com isso fermentam cada vez mais a ira burguesa.

Da Leste foi mais um. Rimando a criminalidade cotidiana e o sonho de consumo de qualquer ser humano, errou apenas por está associado aos olhos dos que julgam, ao crime organizado. Errou por simplesmente amar, viver e cantar o funk ostentação. Criou inimigos dentro do próprio contexto num mundo onde a inveja reina e inimigos são de graça. Inimigos de farda com certeza, pelo menos a representação neste vídeo é bem clara. Escuderia Lecoq a moda paulista, a moda simbora Brasil. Democracia brasileira desevolução prossegue.