quinta-feira, 29 de outubro de 2015

não existe racismo de negro contra branco


porque o racismo é um sistema de dominação de cima pra baixo.
quem exerce o racismo é a raça dominante, hegemônica, sobre a raça subalterna, oprimida.
não tem COMO existir racismo de baixo pra cima.
* * *
ontem, escrevi um texto em defesa da stephanie ribeiro, militante, feminista, negra, bloqueada pelo facebook por… racismo.
agora, muitas pessoas chamaram atenção para um fato: de que eu não poderia afirmar que a stephanie não foi racista se nem vi o que ela falou.
e eu respondo: posso sim.
* * *
uma pessoa negra que entre em surto e mate a facadas várias pessoas brancas PORQUE elas eram brancas…
é uma pessoa louca, é uma pessoa homicida, é uma pessoa que precisa ser presa….
mas não é uma pessoa racista.
o racismo é um sistema, é uma estrutura, através do qual a raça branca domina, explora, mata, estupra as raças que ela vê como inferiores, as pessoas asiáticas, as pessoas originárias, as pessoas negras.
de fato, não sei exatamente o que a stephanie falou para ser bloqueada.
talvez até tenha sido um comentário raivoso com o qual eu não teria concordado.
(uma boa pergunta para homens brancos pensarem: por que será que muitas mulheres negras, nesse nosso país tão machista e tão racista, sentem tanta raiva? o que será que elas estão vendo, sentindo, sofrendo que vocês nem imaginam?)
mas de uma coisa eu tenho certeza:
não tem COMO uma moça negra de 21 anos, bolsista universitária, sem poder algum além da sua própria voz, ter sido racista contra pessoas brancas em um país misógino e negrofóbico até a medula, maior importador de pessoas escravizadas da história, construído em cima do sangue negro.
então, não, a stephanie ribeiro não foi racista.
não se muda o mundo respeitando a opinião de quem te oprime.

FONTE:http://www.revistaforum.com.br/outrofobia/2015/10/28/nao-existe-racismo-de-negro-contra-branco/

sábado, 24 de outubro de 2015

Palestra na íntegra: Eliane Dias e o negócio por trás dos Racionais MC’s


Dentro da programação do PULSO  aconteceu na noite de terça (08) uma palestra com a produtora e advogada Eliane Dias, responsável pela carreira do Racionais Mc’s, o maior grupo de rap do Brasil.
Durante sua fala, Eliane falou sobre o começo do grupo, a carreira na advocacia e na política e a decisão de cuidar da carreira dos Racionais. A produtora falou também sobre preconceito, a turnê de 25 anos da banda e respondeu a perguntas da plateia. Confira abaixo a palestra completa:


FONTE:http://www.redbullstation.com.br/palestra-na-integra-eliane-dias-e-o-negocio-pos-tras-dos-racionais-mcs/

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Alexandre Garcia e as cotas

ontem, quarta-feira 21, um amigo me chamou para jogar sinuca num boteco estranho, na Orla de Aracaju, chamado Academia Sergipana dos Iletrados, reduto preferencial dos analfabetos políticos de todos os matizes.
Por Lelê Teles , do FALA QUE EU DISCUTO
o amigo me convenceu a ir dizendo que a vantagem do lugar é que a cerveja está sempre gelada e o preço é bom.
como recomenda o papa, fui jogar e beber com o amigo, tomado de curiosidade.
no copo sujo, há sempre duas TVs ligadas: uma na Globo e outra na Globo News – veja que beleza – e nas mesas do butiquim sempre tem uns exemplares do jornal O Globo que o dono da peixaria rejeita e os cachaceiros levam pro bar.
até aí tudo bem.
eu passava giz no meu taco, garbosamente, quando aparece na tela da TV, no meio desse povo, o indefectível moralista sem moral Alexandre Garcia; aquele que foi porta-voz do ditador Figueiredo, o general que preferia o cheiro dos cavalos ao cheiro do povo.
enfim, um jumento.
e da tela plana de 50 e tantas polegadas, em imagem digital, Garcia relincha um dos mais equídeos de todos os relinchos, tape o nariz, nobilíssimo leitor: “o país não era racista até criarem as cotas.” disse isso e desferiu um coice ao vento.
olhei para o meu amigo, ele deu uma golada na cerva geladíssima e arregalou os olhos para a TV.
Garcia, veja que gracinha, disse que o racismo no Brasil é um subproduto do sistema de cotas criado para tirar negros da invisibilidade econômica, social e intelectual.
pela lógica ásnica, cínica e ilógica do jornalista irascível, a lei das cotas para negros ingressarem na universidade federal e no serviço público federal criou o racismo.
tá serto, escreveu um analfabeto no forro da mesa de bilhar.
e digo mais, disse o nosso ilustre iletrado com o jornal O Globo nas mãos, no Brasil nunca houve fome, até esses vagabundos criarem o maldito Bolsa Família.
nós, esbravejou o ágrafo – batendo com o jornal enrolado no fundo de uma panela – nunca tivemos déficit habitacional neste país, todo mundo morava bem e onde bem quisesse, aí chegaram os petralhas e vieram com essa porcaria de Minha Casa, Minha Vida.
inririririri, relincharam os colegas aprovando-o.
com o cotovelo no balcão, dando uma bicadinha no rabo-de-galo, outro bebum com cara de leitor da revistaveja, que mascava um chumaço de feno como tira-gosto, completou o raciocínio do amigo:
e tem mais, meu imortal acadêmico, no Brasil os pobres sempre foram às universidades, que são públicas e livres, ou iam a faculdades particulares porque podiam pagar, até que os comunistas criaram esse tal de FIES, ENEM, PROUNI e olha aí, não tem mais pobre estudando.
todos bateram os casacos no chão, deram pequenos pinotes e morderam sua barra de açúcar.
com mil diabos, eu pensei, como eu vim parar aqui neste estábulo?
aí entrou em cena um quadrúpede, sem sela, também em defesa de Alexandre, o grande embusteiro. no sertão, disse ele, a água nunca foi um problema, mas Lula queria levar uns pixulecos e fazer lobby para os empresários da indústria da seca e inventou lá umas cisternas que armazenam água da chuva, tem cabimento uma burrice dessas? beber água da chuva?
e agora com essa transposição do São Francisco é que o povo morre de sede de uma vez, completou. Lula criou a sede no sertão.
falava isso e abanava o rabo para se livrar dos insetos.
nunca se viu falar em corrupção no Brasil, disse o dono do bar, do lado de dentro do balcão, aí veio o PT e olha o peteco que virou este país. só se fala em ladroagem, é dólar na cueca, na calcinha, nas meias, no soutien…
não me contive. senhores, disse eu com o taco em punho, vocês estão a inverter a história. o sistema de cotas está aí para que os negros enfrentem o racismo, contra a negação conta a negra ação.
e as cisternas foram feitas para matar a sede, o Bolsa Família…
o garçon deu um coice na mesa de sinuca, comunista, gritou.
seu negro de merda, racista vagabundo, ladrão comunista, esbravejou o dono do boteco.
os dois analfabetos que relinchavam em favor do jornalista filhote da ditadura quebram suas garrafas e vieram em nossa direção.
vai pra Cuba, fora PT, somos milhões de Cunhas…
saquei do bolso um patuá que trouxe da China, joguei no chão, ele explodiu e levantou fumaça.
eu e meu amigo desaparecemos do bar, ninjicamente.
palavra da salvação.


FONTE:http://www.geledes.org.br/alexandre-garcia-e-as-cotas/#gs.26SfILQ

Escritora negra é reconhecida por seu livro “Quando nós somos uma”

Jornalista freelancer, autora e poeta, Zaji escreve seu primeiro romance, “Quando Nós
Somos Uma”: A História de uma Raça Ancestral (Publicada pela editora Peace in the Strom), com perspicácia, através de provocações e um atraente trabalho que leva os leitores a uma jornada por um mundo inesperado.
Inspirada por autores como Octavia Butler, Ray Bradbury e George Orwell, “Quando Somos Uma” leva os leitores a lugares distantes no campo do romance imaginativo ficcional.
O jornal estadunidense USA Today avaliou o livro de forma positiva e o indicou como leitura obrigatória a seus leitores: “Ahistória dela é uma celebração da irmandade e suas conexões com o mundo físico e o além... O conto imaginativo de Zaji irá nos estimular a pensar e ficaremos entretidos”.
“Quando Nós Somos Uma” homenageia as mulheres e suas relações, e homenageia os homens e suas conexões com as mulheres, enquanto leva os leitores a um tour pelas memórias de dias passados. É uma jornada que aborda a alma feminina e o longo caminho que elas trilharam. O livro também reverencia a natureza e a vastidão dos muitos universos que espreitam a escuridão.
A obra é um esforço de Zaji para compartilhar algo corajosamente inventivo aos leitores, escorada em algo ancestral e familiar. Ela é uma ávida leitora, fecunda escritora e pianista meditativa. Ela mora em Mississippi com sua família. Zaji pode ser encontrada online em www.thezaji.com.
Para ler a resenha completa da USA Today, visite http://usat.ly/1Leu0Rl
Disponível na Amazon em: www.amazon.com/dp/0985076380
FONTE:http://www.ceert.org.br/noticias/historia-cultura-arte/8628/escritora-negra-e-reconhecida-por-seu-livro-quando-nos-somos-uma

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

A DITADURA PRETA E A PASSIVIDADE NEGRA.

Por Marcelo Silles
Assistente Social

O que acontece com a negritude brasileira?

O fato é que, o branco trabalhou muito bem o quesito dividir para conquistar. Apoderando-se das culturas afro-brasileiras, cedendo aos pouquinhos alguns espaços e reconhecimentos, o branco foi promovendo habilmente a política da boa vizinhança e da reconciliação do tipo “deixa disso”, “vamos perdoar e esquecer”, “só o amor racial é a solução” e por aí vai.

Só que eles promovem a cordialidade somente entre os nossos, entre eles, os brancos, essa cordialidade para conosco não é totalmente demonstrada e nem aplicada. A verdade, que seja dita e doa a quem doer, é que novamente a máxima de manter os negros dóceis e passivos é o real objetivo da política da boa vizinhança branca. Infelizmente existem negros que concordam e querem está do lado, segundo eles, vencedor e harmônico.

Negros passivos que não querem saber absolutamente nada de consciência negra e nem coletiva. Acusam, nós pretos, de querer forçá-los a fazer parte de nosso empoderamento de luta e consciência a favor dos nossos, que somos ditadores e queremos implantar uma ditadura totalmente preta no Brasil. Viajem pura desses jabuticabas.

O Devir Negro Afro-Diásporo brasileiro, não é para qualquer negro, tem que ser preto por dentro e por fora. Tem que trazer na pele, no sangue e na alma, o orgulho da negritude, honrar aqueles que um dia lutaram para que desfrutássemos hoje essa liberdade de certo modo, honrar nossos ancestrais.

Toda vez que um preto ou uma preta levanta a voz para glorificar a sua raça, é tido(a) como racista, intolerante, que quer dividir o país e implantar uma ditadura. Toda vez que um preto ou uma preta se defende de um branco ou uma branca, é tido como racista, intolerante, que quer dividir e implantar uma ditadura.

Em verdade vos digo, exigir direitos sociais e econômicos justos não é ser ditador, nem intolerante e nem racista. Direitos que esses jabuticabas, palmiteiros, negropeus já estão gozando com as ações afirmativas que, com certeza absoluta eles se quer suaram a camisa e ferveram a mente para merecê-las.

Negros passivos nos acusam de ditadores? Então nós pretos os acusamos de colaboradores dos propósitos brancos para extirpação e extinção do negro brasileiro, de colaboradores para a destruição de nossa cultura e apropriação imoral da mesma. A divisão do povo negro é tudo que a elite e a sociedade branca brasileira quer novamente, querem que voltemos a sermos totalmente passivos, dóceis, obedientes, sim senhor e não senhor. Tudo com o apoio e aval de negros jabuticabas que tem vergonha da sua cor e lamentam pelos cantos por ter nascido negro em vez de branco.


Sou preto com orgulho por dentro e por fora, e se isso me faz ter um perfil ditatorial, que assim seja.

Mc Soffia, 11 anos: “Aceitem seu cabelo, sua cor”

Criada na Cohab Raposo Tavares, em São Paulo, sucesso entre as crianças, e autora de versos como “Crianças da periferia não conseguem brincar com alegria”, Mc Soffia deu entrevista ao site “Nós, mulheres da periferia“, onde fala da sua descoberta do racismo, na escola: “Fazem  a cabeça das crianças falando para elas alisarem o cabelo, falam que são feias porque são negras, zoam elas. Elas não precisam aceitar isso. Aceitem o que são, que a mãe delas as levem em eventos de Hip Hop, onde também há muitas mulheres negras. Ah, e não ter vergonha de ser da periferia também”, ensina
Por Jéssica Moreira, no Brasil 247
“Aceitem seu cabelo, sua cor”, diz Mc Soffia às crianças da periferia
” Crianças da periferia não conseguem brincar com alegria”. O verso faz parte de uma das músicas da rapper mirim que vem sendo sucesso entre as crianças da periferia paulistana, Mc Soffia. Mc Soffia é Soffia Gomes da Rocha Gregório Correia, 11 anos. Cresceu na Cohab Raposo Tavares, em São Paulo, onde vive com a mãe Kamilah Pimentel. Adora jogar futebol, pular corda ou brincar de esconde-esconde na rua com os amigos. “Eu sempre tenho que brincar antes dos shows, senão não consigo cantar”, conta a menina, que diz não ter vergonha de subir ao palco e adora ver as meninas soltando seus cabelos crespos.
Foi na escola que Soffia descobriu o que era o racismo. As crianças, muitas vezes, a ofendiam pelo fato de ser negra e ter cabelos crespos. A garota, então, contou à mãe que queria ser branca para não passar mais por aquelas situações. Kamilha acentuou a importância da história africana à filha e também a introduziu na cultura do Hip Hop, além de eventos culturais e shows onde havia outras mulheres negras.
E esse é exatamente o recado que Sofia deixa para as meninas negras hoje: que elas [as meninas] aceitem seu cabelo, sua cor. “Fazem  a cabeça das crianças falando para elas alisarem o cabelo, falam que são feias porque são negras, zoam elas. Elas não precisam aceitar isso. Aceitem o que são, que a mãe delas as levem em eventos de Hip Hop, onde também há muitas mulheres negras. No samba-rock, então, há muitas mulheres. Ah, e não ter vergonha de ser da periferia também”.
Na entrevista cedida ao Nós, mulheres da periferia, por telefone, Soffia fala ainda dos problemas que persistem na periferia e impedem as crianças de brincarem de forma feliz; quais as soluções para isso e como as escolas poderiam enfrentar o preconceito e racismo entre as crianças . “As crianças, a maioria da periferia, são negras. Podem sofrer racismo, preconceito. A própria questão da polícia, que mata muitas crianças inocentes, aparece na TV, então elas não conseguem brincar. Tem bala perdida, elas não conseguem brincar direito. Eu acho que deveriam fazer oficinas, por exemplo, pra quem gosta de funk, batalhas do passinho, oficina de hip hop, ballet, natação, teatro, como nos lugares do centro, deveria ter tudo isso na periferia”.
Confira abaixo a entrevista na íntegra.

Nós, mulheres da periferia: onde você nasceu e como foi sua infância nesse local?
MC Soffia: Eu nasci na Santa Casa, em São Paulo. Minha infância, que ainda estou, está sendo legal, né? Eu gosto de brincar na rua de futebol, de pular corda, mas o que gosto mais de brincar é de esconde-esconde, tem muita criança lá na minha rua, eu moro na Cohab Raposo Tavares desde que nasci. Antes eu morava no centro, quando era bem pequenininha, antes de fazer um ano.

Nós, mulheres da periferia: quantas escolas você já estudou, lembra-se delas?

Mc Soffia: Hoje estudo no Projeto Âncora, em Cotia, mas já estudei em seis escolas, contando as creches.

Nós, mulheres da periferia: você já passou por situações de racismo?

MC Soffia: Sim, tudo que já falei em outras entrevistas. Na escola, a gente tem um projeto de racismo, bullying e preconceito na escola, as crianças mesmas que fazem, se alguma criança sofre, as crianças vão lá e conversam. Deveria ter em todas as escolas.

Nós, mulheres da periferia: Em uma de suas canções você diz “Crianças da periferia não podem brincar com alegria”. O que acha que essa frase quer dizer?

MC Soffia: ” Porque as crianças, a maioria da periferia, são negras, podem sofrer racismo, preconceito. A própria questão da polícia, que mata muitas crianças inocentes, aparece na TV, então elas não conseguem brincar, tem bala perdida, elas não conseguem brincar direito”.

Nós, mulheres da periferia: O que você acha que deveria mudar para as crianças conseguirem brincar como deveriam?

MC Soffia: Eu acho que deveriam fazer oficinas, por exemplo, para quem gosta de funk, batalhas do passinho, oficina de Hip hop, ballet, natação, teatro, como nos lugares do centro, deveria ter tudo isso na periferia, conseguiriam brincar, não iriam para esse mundo de crescer e ser bandido.

Nós, mulheres da periferia: Qual a mensagem que você gostaria de passar para as meninas e crianças todas com suas canções?

MC Soffia: ” Que elas [as meninas] aceitem seu cabelo, sua cor. Fazem a cabeça da criança falando para elas alisarem o cabelo, falam que são feias porque são negras, zoam elas. Elas não precisam aceitar isso, aceitem o que são, que a mãe delas as levem em eventos de Hip Hop que também há muitas mulheres negras, samba-rock, então, há muitas mulheres. Ah, e não ter vergonha de ser da periferia também”.

Nós, mulheres da periferia: Quais são seus planos para quando crescer?

MC Soffia: Quando eu crescer eu vou ser médica, cantora, atriz, jogadora de futebol, vôlei. Tudo isso. Mas o que quero mesmo é ser  medica, atriz e cantora, mas eu também posso jogar em alguns lugares.

Nós, mulheres da periferia: quais são seus livros ou leituras favoritas?

Mc Soffia: Já li coisas sobre a Anastácia,  Dandara, Carolina Maria de Jesus.

Nós, mulheres da periferia: você brinca bastante?

Mc Soffia: Antes dos shows eu brinco na rua, ou brinco em todo lugar, e antes do show sempre tenho que brincar, senão eu não consigo cantar direito. Antes do show, dou umas piruetas, fico pulando, quando tem brinquedo, eu brinco. Na minha escola eu brinco bastante, tem pista de skate, quadra, tem um monte de coisas, pista, tem natação, lá eu brinco bastante.


FONTE:http://www.geledes.org.br/mc-soffia-11-anos-aceitem-seu-cabelo-sua-cor/#gs.L_fIl7o

sábado, 17 de outubro de 2015

"Osvaldão" narra a história do líder negro da Guerrilha do Araguaia, temido pelos militares

O projeto
LEVE O "OSVALDÃO" PARA OS CINEMAS - RIO DE JANEIRO

O QUE É O PROJETO?
Longa-documentário dirigido por quatro diretores que compõem o Coletivo Gameleira: Vandré Fernandes, Ana Petta, Fábio Bardella e André Michiles. Narra a trajetória de Osvaldão, campeão de boxe, comandante da Guerrilha do Araguaia. Seu nome virou lenda na região. O “guerrilheiro invisível”, capaz de se transformar em vento, era adorado pela população local e temido pela ditadura militar. Quem dá voz a Osvaldão é o MC, cantor e compositor Criolo, que resgata o papel desse grande líder negro na história e na memória do país. Os artistas Leci Brandão, Antônio Pitanga, Flávio Renegado e Fernando Szegeri também emprestam suas vozes ao longa.
Acompanhe as notícias sobre o filme “Osvaldão” em nossa página do Facebook:https://www.facebook.com/ondeestaosvaldao?
POR QUE ESCOLHEMOS O CROWDFUNDING?

“Osvaldão” é uma produção independente, que levou dois anos para ser realizada. Após os processos de pesquisa, filmagem, montagem e finalização, com gravações no Rio de Janeiro, Pará, Tocantins e Minas Gerais, o filme foi lançado na Mostra de Cinema de São Paulo.
Nosso objetivo agora é que o documentário entre em cartaz nas salas de cinema de sete cidades do país: Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife e Fortaleza. Queremos espalhar a história do Osvaldão pelo país!
Para isso, precisamos ter recursos para lançar o filme no circuito comercial, fazer a divulgação, produzir as cópias para exibição e o material gráfico, além de produzir as pré-estreias em cada uma destas cidades, que contarão com debates com a presença dos diretores. Passagens aéreas, hospedagem, alimentação e transporte estão inclusos no orçamento.
Abaixo, imagens de making of das gravações no Araguaia.


EXIBIÇÕES EM RJ
O nosso objetivo é exibir o filme nas salas de uma grande rede de cinema da capital fluminense com previsão para estrear no final de Novembro. A pré-estreia contará com a presença dos diretores e outras pessoas envolvidas na produção do filme. Depois, a depender da presença do público, o filme pode ficar em cartaz por duas semanas ou mais.
QUAL É O VALOR PEDIDO?
O valor que estamos pedindo é de R$ 10.458. Com esses recursos arrecadados, conseguiremos garantir que o filme seja distribuído nas salas de cinema do Rio de Janeiro.
Nós estamos realizado simultaneamente sete arrecadações nas sete cidades que desejamos distribuir o filme: Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife e Fortaleza. Em cada um destes municípios, estamos pedindo R$ 10.458 — alcançando um valor global de R$ 73.204.
Veja abaixo como o dinheiro será utilizado e o que você ganha colaborando com o nosso projeto.
Assista ao teaser do filme:

+ SOBRE O FILME
O longa-documentário “Osvaldão”, produzido por Renata Petta e dirigido por Vandré Fernandes, Ana Petta, Fabio Bardella e André Michiles está em fase de distribuição. A realização é da Fundação Mauricio Grabois, Clementina Filmes e Estrangeira Filmes. O filme foi gravado em Passa Quatro (MG), Araguaia (PA) e Rio de Janeiro (RJ), além de conter imagens exclusivas de um documentário do Praga Filme Pujikovna, em 1961, com a participação do próprio Osvaldão.
Na imagem abaixo, o músico Criolo empresta sua voz ao guerrilheiro Osvaldão.

O rapper mineiro Flávio Renegado.

QUEM SOMOS
O Coletivo cinematográfico Gameleira é formado por diretores e produtores apaixonados pelo Brasil e interessados em um cinema colaborativo construído com arte, política e memória. Abaixo, os diretores Vandré Fernandes, Andre Michiles, Ana Petta e Fabio Bardella.

FICHA TÉCNICA
Direção Vandré Fernandes, Ana Petta, Fabio Bardella e André Michiles
Roteiro Vandré Fernandes
Fotografia e Montagem André Michiles e Fabio Bardella
Trilha Original Daniel Altman
Vocais Especiais Criolo, Antonio Pitanga, Leci Brandão, Renegado e Fernando Szegeri
Produção Executiva Renata Petta, Ana Petta, Adalberto Monteiro e Leocir Costa Rosa
Realização Fundação Maurício Grabois
Produção Clementina Filmes
Coprodutora Estrangeira Filmes 
Osvaldão na Thecoslovaquia, durante intercâmbio estudantil

Osvaldão durante a Guerrilha do Araguaia


FAC – PERGUNTAS FREQUENTES
Por que vocês precisam de $?
Uma coisa que talvez todos não saibam é que um filme gasta muito para chegar às salas de cinema de todo Brasil. No nosso caso, conseguimos captar com apoiadores o suficiente para finalizar o filme, mas não para distribuí-lo, e é por isso que precisamos da ajuda de vocês: para que o filme possa chegar ao maior número de salas de cinema do país e que os brasileiros conheçam a história deste nosso herói nacional, Osvaldão.
Como funcionam os créditos no final do filme?
Sabe quando você fica no cinema até o final do filme e começam a subir os letreiros com os nomes de toda a equipe que trabalhou duro pra esse filme acontecer? Então, é aí que seu nome entra se você colaborar com R$25,00 ou mais. Como um colaborador do filme “Osvaldão”, esse é mais um motivo pra você levar amigos, família e cachorro na noite de estreia!
Quando eu recebo minhas recompensas?
Quando tudo der certo e o projeto for financiado vamos produzir as recompensas e enviá-las a você assim que ficarem prontas. Cada fornecedor tem um tempo de produção, mas nossa estimativa é que tudo seja enviado gratuitamente pelos Correios até 60 dias após o término de captação aqui no Catarse. De qualquer forma, vamos atualizando vocês!
Se tiver qualquer outra dúvida, mande pra gente que vamos responder assim que possível, ok?
RECOMPENSAS
Além de ajudar a distribuir o filme "Osvaldão" por todo o país, ao doar você terá o seu nome eternizado nos agradecimentos dos créditos finais do filme e também nas nossas redes sociais.
Você também será o nosso convidado para a pré-estreia ou a estreia. O seu nome constará na lista de convidados do evento.
Além disso, você recebe adesivo, cartaz exclusivo, camiseta personalizada e livro sobre a Guerrilha do Araguaia. Todas estas recompensas serão enviadas gratuitamente pelos Correios para a sua casa.
Doação acima de mil reais inclui a sua marca em todos os materiais gráficos do Osvaldão, enquanto aqueles que doarem 2,5 mil reais verão o seu logotipo nos créditos finais do filme.
Confira abaixo as recompensas:
Camiseta personalizada com a arte do filme

Adesivo do "Osvaldão" em 10x15 cm
Cartaz exclusivo impresso em serigrafia com a arte do filme desenvolvida pelo coletivo de artistas da casadalapa
O livro + pôster "Lutas que Construíram o Brasil: da Coluna Prestes a Guerrilha do Araguaia"
Orçamento

FONTE:https://osvaldao.catarse.me/pt/osvaldaorj?ref=profile_crehttps://osvaldao.catarse.me/pt/osvaldaorj?ref=profile_created_projectsated_projects

IRMÃS, ELAS ARRASTARAM E VENDERAM SUAS CRIANÇAS PRA QUE VOCÊS CRIASSEM AS DELAS

O reconhecimento das diferenças de classe social não era divisão suficiente; as mulheres brancas queriam que seu status racial fosse afirmado. Criaram estratégias manifestas e ocultas para reforçar a diferença racial e afirma sua posição de superioridade. Isso acontecia especialmente nos lares onde mulheres brancas permaneciam em casa o dia inteiro enquanto as negras trabalhavam... No decorrer da história, o esforço das mulheres brancas para manter a dominação racial esteve diretamente ligado à política de heterossexismo dentro de um patriarcado da supremacia branca…" (Bell Hooks em Ensinado a transgredir, página 130)
A mulher branca era maior praticante de tortura contra a mulher preta no Brasil. Mutilações, como arrancar os mamilos, perfurar os olhos, arrancar dentes, queimar com ferro quente, extrações de seios e olhos, amputações de membros, desfigurações de face e as sinhás prostituiam as pretas, nessa conjuntura toda não vemos como a ideologia do algoz pode ser sufrágio para a vítima. 
Em toda a AmériKKKa, tanto mulheres negras, quanto mulheres indígenas, viram a profunda inimizade da mulher branca.

Se a mulher escravizada fosse considerada “bonita", ela seria comprada pelo dono da plantação e receberia um tratamento diferenciado (mesmo com todas as violações possíveis) na casa, e muitas vezes submetidas a crueldade horrível da esposa do senhor, que, ao invés de se voltar contra seu marido, essa se voltava a praticar crueldades contra a mulher (negra) escravizada, isso incluindo, até mesmo, a decapitação de uma criança, porque ela teria sido produto do caso entre uma escravizada e seu “senhor".
Mas porque elas não estavam falando de “liberdade” (de todas as mulheres, como elas hoje gostam de falar) e de “sororidade” na época em que ajudavam a dizimar as indígenas? Na época em que escravizavam e mutilavam mulheres negras?
Mais: as mulheres brancas sempre foram vistas como nada mais que depósito de esperma com a finalidade reprodutora pelos homens brancos, isso por pelo menos 100.000 anos, do período da era glacial que castigou o norte europeu, até praticamente menos de três séculos atrás. A luz para as mulheres brancas foi a subjugação de outros povos (povos inteiros, incluindo suas mulheres e crianças). 100.000 anos sob o julgo agressivo dos homens brancos tornou as mulheres brancas no que passaram a chamar de “sexo frágil” (e é apenas sobre elas, e não nenhuma outra mulher de outra etnia que se fala quando se invoca essa expressão). Uma sociedade patriarcal é uma disfunção da natureza humana, ela vai contra tudo aquilo que é natural, sadio. No matriarcado, a sociedade age exatamente oposta ao patriarcalismo, como nos aponta Diop: "Os arianos desenvolveram um sistema patriarcal caracterizado pela supressão das mulheres a pela propensão à guerra. Também associado a suas sociedades são as religiões materialistas, o pecado e a culpa, xenofobia, a tragédia dramática, as cidades-estados, individualismo e o pessimismo. Os povos do Sul do hemisfério, por outro lado, são matriarcais. As mulheres são livres e os povos pacíficos; há uma aproximação dionisíaca com a vida, um idealismo religioso, e nenhuma concepção de pecado. Com uma sociedade matriarcal vem a xenofilia, os contos de forma literária, o estado territorial, coletivismo social e otimismo.", Cheikh Anta Diop, "As Origens Africanas da Civilização: Mito ou Realidade.”
O homem branco evoluiu odiando as mulheres, criaram um sistema falocêntrico, e totalmente baseado na masculinidade. Contrário a isso, em muitos outros locais onde o desenvolvimento natural é saudável, a Mulher é reverenciada em seu papel como a mãe, quem é a portadora da vida, a condutora para a regeneração espiritual dos antepassados, a portadora da cultura, e o centro da organização social. Tanto a mulher e o homem trabalham juntos em todas as áreas de organização social:
“Quando visto como uma entidade espiritual, valores matriarcais são um componente importante na relação entre estrutura social e o mundo espiritual. A investigação de Stone (1976) na desvalorização das mulheres na sociedade ocidental centra-se na religião como um instrumento de opressão. Ela buscou descobrir como e por que a antiga adoração da, ou melhor, reverência à deusa do sexo feminino e divindades eram subjugadas, ou mesmo destruídas e substituídas pela adoração a Deus como um homem. […] Stone (1976) vê a conquista indo-européia do Oriente Médio, particularmente da antiga Palestina, como a do patriarcado sobre o matriarcado ou o processo de dominação masculina sobre o poder feminino. Com referência à história bíblica judaico-cristã da criação, Stone observa como a depreciação da mulher é mitificado através da estória de Eva, a mãe da criação. Eva é responsável pela queda da humanidade a partir da graça de Deus e do Jardim do Éden. É ela quem trabalha contra Deus e tenta o homem, Adão, a comer do fruto proibido. Desta forma, a humanidade nasce no pecado perpétuo. De acordo com Stone, esta estória é uma parte integrante do sistema de crença europeia contemporâneo. Tal como acontece com o Cristianismo, o Islamismo, na tentativa de destruir a reverência à deusa, viu este sistema espiritual como pagão. Ela cita o Corão: “‘Allah não irá tolerar a idolatria.... Os pagãos rezam para mulheres’” (p. xviii). A esta luz, a dominação das mulheres pelos homens pode ser vista como moralmente essencial.” Dra. Nah Dove, Universidade Temple.
Entender a história evolutiva de cada sociedade, é crucial pra entender o porque dessas ditas sociedades estarem como estão hoje. Entender os papéis de homens e mulheres em cada sociedade, é crucial pra entender como e porque estão como estão hoje. 

Fonte: https://www.facebook.com/1507067619542921/photos/a.1524776257772057.1073741829.1507067619542921/1621970144719334/?type=3

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

New Album: "B.B. & The Underground Kingz" (B.B. King + UGK) by Amerigo Gazaway




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O Topo da Montanha e a afirmação da humanidade negra

Notas a partir do lugar de público negro



Longe de ser uma crítica de arte, escrevo a partir tão somente do lugar de público. Mas não apenas público, substantivo carente de materialidade. Falo como integrante do público negro, um conjunto de espectadores/as comumente subestimado ou até muito sonhado, porém tido como distanciado das salas de teatro, cinema, galerias, etc., por razões que dialogam com as violentas e sofisticadas práticas de exclusão sociorracial.

Faço isso porque acredito sinceramente que, afora autoras/es, obras e críticos/as especializados/as, o público é também fundamental para que a arte exista. E nós, público negro, não só existimos, mas também, tal como aconteceu na noite do último sábado (10), podemos nos fazer presentes em quantidade e qualidade!

Estou me referindo à experiência de assistir à peça O Topo da Montanha, uma adaptação do texto de Katori Hall, dirigida por Lázaro Ramos, produzida e protagonizada por ele e Taís Araújo, que estreou no Teatro Faap, São Paulo, em 9 de outubro e fica em cartaz até 20 de dezembro.

Eu e um casal de amigos nos dirigimos a essa casa localizada no elegante bairro de Higienópolis bem achando que seríamos a famigerada limitada cota negra entre uma maioria de espectadores brancos. Diferentemente do previsto e como chegamos cedo, pudemos nos deliciar ao ver a entrada de seguidos pequenos grupos de amigos, famílias, casais e homens e mulheres solitárias de pele escura, cabelo crespo e com umas caras de contentamento indisfarçável! As pessoas estavam gostando de se ver ocupando aquele lugar!

De todo modo, é preciso dizer que essa não foi a primeira vez que vi isso acontecer. Na verdade, observo esse fenômeno se repetir cada vez com mais frequência e intensidade nos últimos anos. Considero que eu mesma sou prova disso. Ouso até especular se a incorporação das cotas raciais ao debate público já não está servindo para catalisar a expansão dos limites da participação negra em outros espaços... É, pode ser, mas isso é assunto para outro texto.

Por ora, é melhor continuar no Topo da Montanha. Aliás, a escolha desse texto é, por si, um grande presente, sobretudo para nós, público negro. Em tempos de marchas em defesa da vida da população negra no Brasil ‑, o que inclui aproximações e conflitos de natureza variada ‑, recuperar a trajetória de Martin Luther King a partir do registro de múltiplas dimensões da vida humana serve como uma boa oportunidade para se refletir como temos encaminhado nossas práticas de resistência ao que nos oprime. O reconhecimento da confluência entre medo e esperança, egoísmo e altruísmo, vaidade e humildade num sujeito emblemático como King é, de fato, uma das várias qualidades da escrita de Katori Hall.

Natural de Memphis, Tennessee, ela é uma jovem escritora negra, de 34 anos, formada em instituições de renome como Columbia e Harvard, tendo sido a primeira mulher negra a receber o prêmio Laurence Olivier de melhor peça estreante, em março de 2010, por The Mountaintop, título original em inglês. Para além dos títulos acadêmicos e prêmios, vale mesmo a pena acompanhar a trajetória de Katori por sua capacidade criativa. Atualmente, ela está trabalhando em seu primeiro filme de curta metragem, Arkabutla, que fala sobre relações familiares e racismo.

Outras escolhas feitas para o espetáculo também nos convidam a reconhecer e destacar mais um punhado de talentos negros do teatro. A consultoria dramática e cênica é assinada por Ângelo Flávio. Ator, dramaturgo e diretor, ele é um dos expoentes do teatro negro brasileiro, fundador da Cia Teatral Abdias Nascimento (CAN) na UFBA, em 2002, e responsável, entre outras, pela montagem da peça A casa dos espectros (2006), a partir da obra Funnyhouse of a Negro (1964), de Adrienne Kennedy, outra escritora afro-estadunidense.

O figurino é de Tereza Nabuco, artista que há anos atua em produções da Rede Globo.

O desenho de luz, recurso fundamental para a garantia da dramaticidade do espetáculo, está sob os cuidados do experiente iluminador cênico Valmyr Ferreira. Afora diversos trabalhos no teatro, Ferreira assinou a iluminação da exposição “Abdias Nascimentos 90 anos ‑ Memória Viva”, no Arquivo Nacional do Rio de Janeiro, 2004.Por sua vez, o cantor, ator, pianista, compositor e arranjador Wladimir Pinheiro assina a Trilha Original. Até bem recentemente, Wladimir esteve em cartaz com a peça Ataulfo Alves – O Bom Crioulo, dirigida por Luiz Antonio Pilar, no Teatro Dulcina do Rio. Bem que essa também poderia circular por outras cidades.

Somado a tudo isso, a interpretação da dupla Taís Araújo e Lázaro Ramos é capaz de emocionar ainda mais. Além de sustentarem muito bem o dinamismo das falas e do encaminhamento dado ao toque de inusitado fantástico da narrativa (tem que ir para entender!), os atores são capazes de garantir muito sentido até para os momentos de silêncio.

A performance de Taís, em especial, está digna de todos os aplausos de pé ao final. Vendo a maturidade de sua interpretação, foi impossível não lembrar do discurso de Viola Davis ao receber o Emmy 2015 de Melhor Atriz: “A única coisa que separa mulheres de cor de qualquer outra pessoa é oportunidade. Você não pode vencer o Emmy por papeis que não existem”. E mais uma vez livre de sabotagens, Taís Araújo se mostra uma gigante no palco. A atuação de Lázaro Ramos não deixa por menos. O brinde extra é perceber que o homem está jogando tão bem em tantas áreas!

Apagam-se as luzes, vem aquela sensação de quero mais! E, assim, ir ao teatro firma-se como algo que faz muito sentido para a vida, mesmo que isso implique reorganizar as finanças da semana ou do mês! É isso, o teatro também é nosso lugar, público negro! 

FONTE: http://porfalaremliberdade.blogspot.com.br/2015/10/o-topo-da-montanha-e-afirmacao-da.html?spref=fb