quinta-feira, 7 de abril de 2016

Preto cuidado! Não pode usar vermelho.

Marcelo Silles
Assistente Social

Diante do cenário nacional caótico, planejado, escrito e sendo encenado por indivíduos com almas e mentes perturbadas, duas cores passam a ser o alvo mortal e sanguinário dos revoltosos com os seus cotidianos sistêmicos. E essas cores são: o preto e o vermelho. O vermelho porque simboliza o comunismo sendo assim, de acordo com a tese dos revoltosos direitistas, a cor que simboliza tudo de ruim que assola o Brasil e o mundo. E o preto? Ah, o preto é a uma rixa antiga dos caras-pálidas tupiniquins. Preto tem que está em seu lugar, não pode almejar mais do que lhe é oferecido. E quando isso acontece, quando um preto ou uma preta ultrapassa esse limite, os caras-pálidas tupiniquins piram a mente. Agora eles são as vitimas.

O ódio aos petralhas, como assim são classificados os partidários do PT e os petistas pelas pessoas de bem, é a desculpa perfeita para que esses seres doentios e fétidos que vomitam seus engôdos direitistas partam para uma violência ideológica e sistêmica contra o negro, o pobre e o índio. De uma forma constante e exaurível invocam um justiçamento seletivo na sociedade, e sobre esse impacto perverso os penalizados são os pobres, o negro e o índio.
Esses seres externalizam suas culpas para justificarem seus atos abusivos e segregatórios. A real intenção dos caras-pálidas tupiniquins direitistas é a centralização das mazelas as margens de seus convívios, eles não querem melhorar o Brasil, querem manter pura e simplesmente seus privilégios.

Sendo assim, existem diversas divergências e discrepâncias nessas vozes facciosas dissonantes no que diz respeito por um Brasil melhor e sem corrupção.  Chega a ser desnorteante e incognoscível e, de certeza absoluta nem de bom alvitre, a tática ante-vermelha atribuída a todos que são contrários a seus ideais de cunho ideológico nazi-fascista. Assistimos pelos canais das redes sociais e lemos aterrorizados os ataques violentos, bárbaros a simples cidadãos que utilizavam de simples indumentárias vermelhas pelas ruas. Crianças sendo agredidas por adultos e outras crianças, simplesmente por vestirem algo de cor vermelha.

Contra os negros aos berros, nos atacam de vitimistas, inferiores e nos culpa por querer separar a nação através das cotas. Utilizam do discurso “tomou o meu lugar” como se o lugar já fossem deles e seus nomes ali há anos estivessem os esperando. Sobra espaço para aberrações difundirem seus auto-egos vitimistas descortinando um Brasil da qual já conhecíamos muito bem de vários Brasis, racista, intolerante, preconceituoso. Onde o branco invadiu e reivindica somente para si, depois de ter invadido, destruído, explorado, o direito de gozar e ter o privilégio ao sabor pretérito da casa grande e a seus pés e bel-prazer a senzala. A serviço do patriarcado impõe o terror e exaltam a tortura e a violência símiles a seus compatriotas do nacional-socialismo cantam louvores aos seus messiânicos.

Mas por mais que seja árdua a luta, o coro dos que são a favor da democracia não a de se postergar. Sobre o apreço da paz, da solidariedade e de uma nação mais justa onde estancaremos essa sangria, a verdade e a paz prevalecerão.

Mas até lá meus irmãos e irmãs, pretos e pretas, não usem nada que seja da cor vermelha. Vigiemos.

Clandestinas - 28 dias para a vida das mulheres


O vídeo "Clandestinas", dirigido por Fádhia Salomão, conta histórias de mulheres que abortaram ilegalmente no Brasil. Com depoimentos que contam suas próprias experiências e interpretam relatos de anônimas, o vídeo mostra como a criminalização da interrupção voluntária da gravidez penaliza todas as mulheres.