sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Eleição e a omissão da justiça.


MARCELO SILLES
Estudante do curso de Serviço Social UFF/Campos-RJ
Rapper e Membro do PSOL (Partido Socialismo e Liberdade) de Bom Jesus do Itabapoana-RJ



Defere ou indefere? Eis a questão. Observamos calmamente esse desenrolar do vai ou não vai. Assistimos mais uma vez, esse espetáculo circense asqueroso e mundano da indemocracia brasileira. A conduta politiqueira, as amarras eleitorais de interesses escusos, provam mais uma vez que o Brasil está longe, muito longe de ser uma nação democrática e perfeita. Democracia e justiças são palavras que saem das bocas desses vermes e soam como música nos ouvidos daqueles inocentes, que ficam hipnotizados e sensibilizados com tamanha santidade e benditas sabiamente pelos salmodiadores do templo do foro privilegiado ao qual vivem deliciosamente custeados pelas sandices de suas plebes "imaculadas" e puras.
     A justiça imunda e perdida, mostrou-se mais uma vez para que veio e foi criada: para servir fielmente ao capital. Num Brasil multicolorido, as penalidades mais barbaras e desumanas são aplicadas àqueles que se voltam e querem dignidade no atendimento aos seus direitos. Direitos esses que até o momento, desde de quando Portugal invadiu essas terras e a povo-ou com 90% de sua ralé podre, está sendo desfrutada por apenas 8% da população brasileira. Que merda de país é esse, que bate no peito que somos uma nação livre e igual? Que merda de país é esse onde a riqueza está nas mãos de muitos? 
     Esse país que se chama Brasil, é o país da corrupção, da injustiça, dos piores bandidos de toga e terno e gravata politiqueiros, paraíso dos políticos mais caros do mundo, país da intolerância religiosa, país da bandidagem partidária, país dos oportunistas etc.
     Nessa eleição de 2012, não vemos nada de diferente. Se a tal justiça existe, ela é burra, muito mais do que burra, pois vemos sua decisão sendo debochada aos montes, em frente a sua casa, de frente ao seu portão. Talvez também, tenha rolado algum agrado em espécie, os imortais não são tão imortais assim, tem suas fraquezas e Mortícia que não é nada boba, sabe onde fica o ponto fraco. 
     O povo, há o povo, mais uma vez assistiremos sentados ou em pé, o povo na sua farra carnavalesca, brindando, dançando, transando, e tudo que o circo de Baco e sua turma os puder oferecer e comprar. E mais uma vez, o povo se vende fácil.