segunda-feira, 10 de junho de 2013

DIRETAMENTE DA FAIXA DE GAZA, PALESTINA - Fazendo rap na faixa

DIOGO BERCITO
DE JERUSALÉM


O estudante palestino Ibrahim Ghunaim, 21, esbarrou na reportagem da Folha enquanto cruzava pela primeira vez a fronteira com Israel. Ansioso, falava sobre suas apresentações de rap e sobre a vida estreita na faixa de Gaza. Após o concerto, conversou ao telefone sobre os desafios de fazer música em tempos de Hamas --segundo ele, o grupo extremista que domina a área não vê seus shows com bons olhos.

Sou rapper desde 2006. Era tão jovem quando comecei! Mas as pessoas dizem que sou o número um de Gaza.
Escrevo sobre o que vejo e sobre o que quero ver. Falo de mim, do meu povo, da situação, da causa palestina.
Tenho muitos problemas por causa da música. Fui preso várias vezes por fazer shows sem permissão do Hamas. Mas por que preciso de permissão? Não é um país livre?

O Hamas não aceita nenhum show em Gaza. Temos de procurar oportunidades fora daqui. O governo não nos deixa fazer música.

Em 2011, eu vendia mil ingressos para um show. Venderia mais hoje, mas não me apresento sozinho há dois anos porque o Hamas não permite. O último concerto só fiz por ter apoio de uma grande empresa em Gaza.

Acabei de voltar de Jerusalém. Fui convidado pelo consulado francês para uma apresentação. Meu show foi ótimo. Foi minha primeira visita a Jerusalém. Os convidados disseram que esse foi o melhor concerto da noite.

Só consigo fazer shows quando tenho apoio de entidades estrangeiras. O Hamas não diz "não" aos europeus. Só aos moradores de Gaza.

Não fui pago. Eles me levaram da fronteira até Jerusalém e me trouxeram de volta. Fiquei na casa de amigos, em Jerusalém e na Cisjordânia.

Estudo relações públicas e marketing na Universidade Palestina. Meu pai paga o curso. Não tenho emprego. Se achasse um trabalho, ainda assim não conseguiria me alimentar com o salário. Quando ouviu minhas músicas, minha família me deu liberdade para fazer o que quiser.

Estou trabalhando no meu primeiro projeto. Vão ser dez vídeos, vou traduzir para sete línguas. É difícil ter recursos; pago tudo do meu bolso. Ninguém apoia essa música, qualquer música, em Gaza.
Escolhi fazer rap porque posso dizer o que quiser. Talvez em outros gêneros de música eu não pudesse cantar sobre esses assuntos. O Hamas diz que o rap não é parte da nossa cultura, que é uma coisa que pegamos do Ocidente. Querem que a gente cante só orações em árabe.

Tento fazer eles ouvirem nossas canções, mas eles não nos dão uma chance. Eu posso ser uma pessoa importante em Gaza. Posso fazer muito dinheiro, se deixarem.
O nome da minha canção "Min Aja" significa "quem está vindo". Estou falando sobre mim mesmo e sobre os rappers que me criticam.
Os árabes não têm uma causa em comum: só a língua nos une. Cada um tem a própria causa. A minha é a palestina. Estamos morrendo aqui, mas continuamos de pé para conquistar nosso país.

MÃE DE TUPAC SHAKUR REVELA QUE QUER LANÇAR INÉDITAS DO FILHO

A quantidade de canções inéditas que Tupac Shakur deixou ao mundo é grande e inclusive muitas delas já foram lançadas desde sua morte em 1996. Mas a mãe do rapper Afeni Shakur, revelou que novos lançamentos ainda vão acontecer.
“Acredito que seja nossa responsabilidade garantir que todo o trabalho deixado por Tupac esteja disponível aos fãs”, disse ela em depoimento publicado pelo site da revista Billboard. “Meu filho deixou muitos pedaços incompletos e muitas ideias inacabadas. Usando os modelos que ele deixou, estou comprometida a cumprir este dever.”
Afeni é hoje responsável pelo espólio do filho ao lado da empresa Jampol Artist Management. As vendas de disco de Tupac cresceram consideravelmente após o assassinato do rapper e desde então cinco discos póstumos já foram lançados. Além disto, a sua imagem continua recorrente em eventos diversos – um holograma, por exemplo, “se apresentou” no Coachella do ano passado e versos seus integraram a trilha sonora de Django Livre.
“É nossa responsabilidade – e privilégio – garantir que as novas gerações de fãs possam experimentar o poder da música de Tupac, de suas ideias e suas histórias”, disse Jeffrey Jampol, presidente da empresa responsável pelo espólio do rapper assim como de diversos outros artistas como Janis Joplin e Otis Redding.

CONHEÇA A ‘VOVÓ DO RAP’

De cabelos brancos, ela coloca o boné de aba reta e ajeita o bermudão com a palavra ‘hip hop’. A grossa corrente de prata também não pode faltar no figurino da ‘Vovó do Rap’ durante as apresentações. Aos 63 anos, Ludimar Gomes Molina descobriu o talento de transformar suas poesias em rap, e assim, levar uma mensagem de conscientização para os jovens de Praia Grande, no litoral de São Paulo.
Após a morte do marido, Ludimar tirou todas as antigas poesias do fundo do armário. O que antes era motivo de brigas entre o casal passou a se tornar o maior hobby dela. Para voltar a escrever e não cair na solidão, ela resolveu terminar os estudos. Durante o casamento, tentava aprender com os próprios filhos um pouco da língua portuguesa, já que o pai só deixou ela estudar até a 4ª serie e, mesmo após o casamento, o marido também não permitia os estudos. Por isso, aos 50 anos, Ludimar voltou para a 5ª série.
Pouco tempo depois, ela passou a fazer parte do grupos de poetas de Santos e Praia Grande e, finalmente, entrou na faculdade de pedagogia. Para vivenciar a profissão, começou a fazer trabalho voluntário nas escolas de Praia Grande. Na sala de aula, ela descobriu sua vocação: incentivar a poesia e transformá-las em rap. Assim, encontrou uma forma de usar suas rimas para se aproximar da sociedade e, principalmente, dos jovens.
Ludimar descobriu esse talento por acaso. “Os meus amigos estavam fazendo umas poesias tipo Castro Alves, com um linguajar culto e eu era a quarta a falar. Mas a criançada não estava nem aí. Até a gente não entende direito algumas palavras. E como eu gosto de interagir e estava vendo um desinteresse muito grande, pensei que deveria inovar. Começou a vir uma poesia na minha cabeça, e que vinha com uma batida diferente”, conta ela. Quando foi a vez de Ludimar, ela cantou poesia mais ritmada e o rap se formou. A plateia de alunos pediu bis e ela continuou. Daí em diante, Ludimar voltou a escrever poesias todos os dias e declamá-las em forma de raps. Ela se juntou ao Sarau das Ostras, um grupo de rap e hip hop de Praia Grande, e passou a fazer apresentações com os rappers, que a acolheram e passaram a chamá-la carinhosamente de ‘Vovó do Rap’. Para entrar no clima, ela aprendeu a usar boné, bermudão e camiseta larga para ‘combinar’ com os outros integrantes. “Onde tem evento eu vou com eles. Eles gostam de mim”, afirma ela.
Confira a reportagem completa via: g1

TURNÊ “DESISTIR, JAMAIS!” ATITUDE FEMININA EM CABO VERDE 2013

Lançamento da turnê do Atitude Feminina em 4 Ilhas em Cabo Verde agosto de 2013

CLIQUE AQUI E CONFIRA A TEASER DE LANÇAMENTO



O FUTURO DO HIP HOP







FONTE: http://ofuturodohiphop.blogspot.com.br/p/mixtapes.html