segunda-feira, 3 de outubro de 2016

É DE SE ESMOLAR AO PERFIL CANALHICE: O CANDIDATO PERFEITO QUE O ELEITORADO AMA

Marcelo Silles
Rapper e Assistente Social


Os debates acalorados a cerca da situação vigente em nosso país versado em cotidianos conturbados envoltos em verdadeiros cataclismas temperamentais por parte dos ideários conservadores, ainda permanecem firmes e rígidos. Trogloditas de bem, cães raivosos defensores da polícia, da tortura e do assassinato de milhares de inocentes das favelas e periferias, empunham com o máximo de louvor incrustados em seus lábios decrépitos, salmos bíblicos balbuciados em suas teses defensoras em seus modelos de família.

E mais uma vez a história não muda e os capítulos são os mesmos. Todo o homem tem o seu preço. Toda a mulher tem o seu preço. A periferia tem o seu preço e as consequências são o rompante colapso do drama cotidiano, do mimimimi e chororô que se estenderá por mais quatro anos.

Em épocas remotas, seria até mesmo convincente de se convencer do altruísmo ideológico. Hoje acabamos de crer que o que importa realmente para o povo é a sua empatia para se matrimoniar pela canalhice. Exemplo claro e obscuro, a maior cidade do país, São Paulo, ter sido eleito um autêntico descendente direto de escravocratas assumido. Como isso se ver possível numa realidade tão dura e abissal que são as periferias da cidade de São Paulo? A única resposta viável é simples: a subserviência fiel ao capital elitizado. E por aqui em nossas cidades regionais não é diferente o resultado.

Frases de efeito, frases de impacto não surtem o resultado esperado. É bem mais fácil e simples no período eleitoral, juntar quatro meses de conta de energia e esmolar a um candidato, do que ouvir e ler propostas concretas viáveis que irá melhorar a vida coletiva de todos. A tática estratégica e simples é empurrar cachaça abaixo nos eleitores periféricos e deixá-los viver miguamente, eternamente dependentes e escravizados por aqueles que se banqueteiam e saboreiam com os sofrimentos dos periféricos e favelados.

Enfim, o trabalho foi feito e muito bem feito, faltou algo? Não. O que faltou foi o devotamento daqueles que se fazem de vitimistas e só sabem reclamar durante quatro anos. A ordem agora é não abaixar a cabeça, manter-se erguido e partirmos para a luta. Deus no controle sempre.

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