terça-feira, 19 de abril de 2016

E AGORA TRABALHADOR? E AGORA POVO BRASILEIRO?

Marcelo Silles
Assistente Social


É factível hoje a demanda por uma independência laboral. Com direitos protetivos claramente ameaçados pelos representantes e defensores do grande capital, fica óbvio que o trabalhador terá que se auto-subsidiar em seus direitos trabalhistas.

Nas câmaras e senados defensores do grande capital e defensores dos trabalhadores, gladiam-se adiando sem nenhum remorso o desespero de pessoas que contam ao final de suas jornadas, com os benefícios conquistados e garantidos por lei. Um jogo cruel e desumano, vidas de cidadãos simples, são avaliadas em custos e benefícios em prol de um capital que explora, escraviza, massacra, humilha.

Em decorrência de fatores liberais e neos, carregado com discursos suaves talhados em sedas, palavras lascivas mascaradas com toques de méritos individualistas, falácias engodas encontraram um momento oportuno aproveitam-se da espetacularização de uma crise criada por eles, para lançarem mão de projetos, emendas e leis que atacam diretamente a vida do trabalhador.

Objetivados no firme propósito de transformar o trabalhador em seus reféns e eternos dependentes, esses cães da guerra na câmara e no senado, ensaiam sem cessar o Macbeth brasileiro em suas masturbações regicidas. Fica evidenciado o querer lastrear desses infames usurpadores que utilizam de duas casas que pertencem ao povo, para atenderem suas luxúrias e privilégios.

O mal vem a galope e com argumentos muito questionáveis. Sob a égide de um moralismo impregnado de opressão, esses cães da guerra exaltam sem esconder e sem medo de represálias, torturadores e assassinos militares como se fossem deuses.

Inventam um comunismo abrasileirado que só existem em suas mentes. No dia 17 de abril de 2016, foi um dia fatídico para todo o povo brasileiro, uma câmara comandada por bandidos, marginais escrúpulos da pior espécie, machistas, que incitam ao estupro, a tortura e o genocídio deram o seu sim para derrubar através do golpe o que não conquistaram democraticamente nas urnas. Foi uma verdadeira atração circense, dos mais horrendos seres, bestiais com total ferocidade para devorarem o garboso banquete.


Diante desse fenômeno episódico o sadismo a mostra, o povo brasileiro mais uma vez saiu perdendo. O verdadeiro povo, que defende a democracia, uma sociedade justa assistiu da geral de uma apoteose, presenças fantasmáticas histéricas, os sins em homenagens e sendo oferecidos para pais, mães, filhos, filhas, maridos, esposas, amantes, pelos fundamentos do cristianismo, pelo cachorrinho e a cachorrinha, tudo se disse mais o fundamental do espetáculo não foi em nenhum momento mencionado. Pobre trabalhador brasileiro. Eufemisticamente redatando valeu-se tudo neste dia 17 de abril de 2016, menos o respeito pelo povo brasileiro. 

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