segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Texto racista em prova na UFF mobiliza estudantes



Faço pausa na minha escrita principal, a dissertação de mestrado e na escrita acessória irreprimível no Facebook. Aqui no blog acabo escrevendo com maior pausa e reflexão pelo estilo de escrita que me impus, o que limita meu ímpeto de escrever sobre tanta coisa que não cabe no Atabaqueblog. O que nem é o caso dessa postagem pelos motivos apontados, mas que comento como registro de não ter podido escrever com maior reflexão como gostaria. 

Recebi por email uma nota sobre uma prova no IACS (Instituto de Artes e Comunicação Social da UFF), na disciplina Ação Cultural em Unidades de Informação ministrado pela Professora Renata Gouvea Barbalho.


 Uma reunião está marcada para a próxima quinta-feira, 5/9/2013, às 19h, na Rua Aurelino Leal, 31, no centro de Niterói. Fica perto das Barcas.

O grupo de repúdio que se mobiliza contra essa prova apresentada aos alunos sem qualquer nota crítica que introduzisse ou justificasse o tema o que sugere que se trata de uma má pedagogia e expõe a desavisada (?) professora a uma reprimenda pública e a sanções administrativas que serão exigidas da Universidade.

Segue o texto apresentado pela Professora Renata Gouvea

O texto da prova foi retirado de um blog racista, xenófobo, homofóbioco e machista de nome


Veja abaixo o texto da prova apresentada aos alunos:

Prova da UFF que a aluna se recusou a fazer:

Estudo provando que o negro é inferior [...] Os primeiros exploradores da África Oriental foram os árabes muçulmanos, eles escreveram como ficaram chocados com a nudez, o paganismo, o canibalismo e a pobreza dos nativos. Um deles afirmou que os negros possuíam a natureza de animais selvagens. Outro se espantou ao descobrir que as crianças não sabiam quem era o pai. Centenas de anos mais tarde, os exploradores europeus tiveram as mesmas impressões. Eles relataram que os africanos pareciam ter pouca inteligência e poucos vocábulos para expressar pensamentos complexos, também reclamaram da falta de hábitos de higiene. Todos os relatos seriam fruto do etnocentrismo?
Certamente que não, pois a história está repleta de narrativas sobre visitantes de culturas bem diferentes que mesmo assim elogiaram as qualidades dos outros povos. Os brancos que participaram das viagens de exploração à China eram tão racistas quanto aqueles que exploraram a África, mas suas descrições eram diferentes das que, tanto eles quanto os árabes, escreveram sobre os africanos. Marco Polo descobriu que os chineses tinham construído boas estradas, pontes, cidades ligadas por canais, um sistema de recenseamento, mercados, padrões de pesos e medidas, e não apenas moedas, mas também dinheiro de papel. Mesmo estando consciente da grandeza da Antiga Roma, o italiano Marco Polo escreveu: "Não existe raça mais inteligente na Terra do que os chineses". Para explicar tanta disparidade, os sociólogos defendem que não é possível comparar culturas, porque todas são igualmente evoluídas, cada uma da sua maneira.
Ignoram que fatores objetivos, entre eles: expectativa de vida, saneamento básico e tratamento médico são usados até hoje na comparação de cidades, estados e países. Pena que poucos defensores dessa posição estejam dispostos a abandonar definitivamente a civilização para moraremem tribos. As diferenças também se manifestam quando as duas raças convivem em sociedade. Nos EUA, os pretos representam menos de 13% do total da população, no entanto, são responsáveis por 50% das detenções por homicídio e roubo, 67% dos detidos por furto são pretos. 50% das vítimas de todos os crimes combinados reportam que o agressor era negro, o que afasta a possibilidade das estatísticas policiais serem tendenciosas. Além disso, os pretos são responsáveis por grande parte dos crimes ditos de "colarinho branco". Assim, são negras 33% das pessoas presas por: fraude, falsificação, contrafacção e recepção de objetos roubados, bem como representam 25% dos presos por desvio e apropriação indébita.
Os crioulos só estão sub-representados nos delitos fiscais e financeiros, os quais são praticados por pessoas de elevada posição social. Os resultados não só se repetiram em estudos feitos na Europa, mas também no Anuário da Interpol, mostrando que esse padrão racial é consistente numa escala global. Outro traço comum nos pretos é a promiscuidade, conseqüentemente, a maioria dos portadores de doenças sexualmente transmissíveis são da raça negra. A Organização Mundial de Saúde acompanha a ocorrência das doenças sexuais, tais como: sífilis, gonorréia, herpes e clamídia. Ela reporta baixos níveis dessas doenças na China e no Japão e altos níveis na África. Estudos feitos nos Estados Unidos, em 1997, constataram que a sífilis nos negros era 24 vezes maior que nos brancos. Enquanto nos brancos a taxa de sífilis era de 0,5 casos por 100.000 pessoas, nos negros era de 22 casos por 100.000.
Um recente relatório concluiu que 22% das jovens moradoras de bairros problemáticos das cidades americanas (na maioria negras) sofriam de clamídia. Basta visitar um baile funk para comprovar o que estamos dizendo. As maiores diferenças estão no quesito inteligência, apesar do teste de QI não ser perfeito, ele tem se mostrado capaz de prever o sucesso acadêmico e profissional. Baixo QI prediz: abuso infantil, crime, delinquência, má saúde, propensão para acidentes, geração de crianças fora do casamento, divórcio antes de decorridos cinco anos e, até mesmo, o ato de fumar durante a gravidez. A média de QI nos orientais é de 106, nos brancos por volta de 100 e nos negros cerca de 85.
Usando o teste das Matrizes Progressivas de Raven, que mede o raciocínio sem considerar informação cultural específica, Kenneth Owen obteve o QI de 70 para africanos negros de 13 anos que frequentavam o sistema escolar sul africano, a mais baixa até hoje registrada, vale ressaltar que QI de 70 é considerado deficiência. O QI dos mestiços aumenta de acordo com a quantidade de ancestrais brancos, os mestiços da África do Sul têm um QI de 85, o mesmo que os negros nos Estados Unidos, Grã-Bretanha e Caraíbas. Diversos testes foram realizados e obtiveram resultados semelhantes, inclusive aqueles conduzidos por psicólogos negros, o que fez o Nobel de Fisiologia/Medicina James Watson declarar, em artigo publicado no Sunday Times Magazine de outubro de 2007, que estava "inerentemente pessimista quanto às perspectivas da África" porque "todas as nossas políticas sociais estão baseadas no fato de que a inteligência deles é a mesma que a nossa, enquanto que todos os testes dizem que não é assim",
o que custou seu emprego. Você, mulher branca, ao ler isso, ainda quer engravidar de um macaco? Ao contrário do que a maioria pensa, a raça vai muito além da cor da pele.[...] Autor: Oswaldo Melchior (filósofo e teólogo) (pouco me importa se é 'fake' ou não) Disponível em: http://aurorabrasilis.blogspot.com.br/2012/04/estudo-provando-que-o-negro-e-inferior.htmlAcesso em: 14 de jan. de 2013.

Prova
Regras para elaboração da prova:
- A prova poderá ser feita individualmente ou em dupla;
- Não poderá haver citações diretas com mais de três (3) linhas; - Leia o texto (em anexo) antes de responder as questões. Após a leitura do artigo de Oswaldo Melchior, “Estudo provando que o negro é inferior”, responda as questões:
1- Quais conceitos e concepções de cultura podem ser relacionados à reportagem extraída do site?
2 – Explique o significa dos conceitos de “determinismo biológico” e “determinismo geográfico”:
3 – Porque o conceito de endoculturação diverge da visão apresentada pelo autor do artigo?
4 – Para o autor do artigo a cultura é inata ou empírica? Justifique:
5- Qual a importância de Edward Tylor, no debate sobre cultura?
6 – Relacione a atual conceito de cultura, na antropologia, com uma ação cultural:
7 – Como as ações culturais, em uma unidade de informação, podem influenciar na vida dos cidadãos?
FONTE: http://atabaqueblog.blogspot.com.br/2013/08/texto-racista-em-prova-na-uff-mobiliza.html

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