terça-feira, 29 de março de 2016

A COR QUE REPRESENTA O MAU

Marcelo Silles
Assistente Social

O breu galanteador incomoda o chapisco esbranquiçado. Entre transversais e rupturas vivenciamos bem o nosso cotidiano maniqueísta e embuste a aurora turva e nebulosa, da pluma que paira entre os ventres marcados pelo apogeu apocalíptico branco instaurado na humanidade.

Torna-se reforçadamente atenuantes, o apontamento da culpa que recai sempre ao branco em seus desmandos que a história registrou oralmente, em papiros, alcalinos e celuloses. Oh glória hoje podemos livres expressar em palavras, gestos e movimentos a farisaica doutrina pseudomoralista da cor civilizada e monocórdia, a nossa supre e ancestral revolta e acusação criminal, assassinos, assassinos, assassinos.

Hoje em tons de breu, conjecturalmente materializamos tudo aquilo que nos foi tirado, negado, usurpado através da força, de assassínios, e algozes mesmo dos nossos que se prestavam em realizar em trocar de favores e benefícios espúrios seus serviços sujos. Durante séculos a cor que representava e simbolizava o e a paladina da moralidade e da ética, subterfugiou-se em mentiras e fabricou calúnias e infâmias sobre nós pretos e nossos ancestrais africanos escravizados.

Hoje externamos a nossa repulsa em ser o que sempre nos foram impostos por esses seres brancos sujos, tanto por fora quanto por dentro. Inexoravelmente tangível, a nossa cor e raiz se aflora a cada dia, a nossa ancestralidade a cada dia aumenta.

A história não nega, nunca negou e nunca negará que o mal no mundo tem cor, e é representado pela cor decadente branca.

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