Tássia Reis é diferenciada! Isso ficou claro desde seu single “Meu Rap Jazz” (2013). Em 2014 chegou com seu CD de estreia homonimo, fazendo um disco excelente naquele momento, até hoje é muito bom ouvir suas composições, são atuais e de uma sensibilidade singular.
Em “Outra Esfera“, Tássia trata de assuntos variados mas pertinentes, bate com a maestria que só uma mulher pode ter em particulariedades sobre relacionamento, faz um som dançante com mensagem transcedental e ainda dispara jabs inteligentes contra o machismo, pobreza e racismo, ao mesmo tempo que sua doce voz constrói um disco extremamente musical — ouça na integra:
O disco reúne participação apenas de Sefanie e produções de Dia, Grou, Tuchê e Renan Samam. Seguindo os passos de seu último CD, o projeto está disponível para download gratuito:
Jefferson XR é mais uma cria da cultura hip-hop presente em São Jose dos Campos, cidade paulista da região do Vale do Paraíba. O rapper que teve seu primeiro contato com a cultura através de oficinas de break e graffiti, é fundador do grupo FLCe tá no corre desde 2007.
O EP “Parte de Nós” carrega um duplo significado no nome, especificamente na palavra “Parte” que pode significar a ação “partir”, ir ao encontro dos sonhos, do próximo; e também pode significar a fração “Partir”, ou seja, partilhar experiências com o próximo estreitando laços.
O projeto conta com 6 faixas e participações especiais de músicos do Vale do Paraíba:Meire D’Origem, Rdee Infantaria Nato, Andersom Samaritano e Ton são algumas das vozes do projeto junto a Jefferson — ouça na íntegra:
“Parte de Nós” tem produções de Rodolfo Uzan (Ressoart Artistic Studio) e Thiago(TJ Beats) e mostra-se uma EP para todos os gostos, desde trap e boombap ao rap mais musical com violão. O trabalho é um lançamento do selo Ressoart Artistic Studio.
Em agosto o rapper mineiro Mestiço divulgou seu novo álbum chamado “Abençoado Seja o Que Acredita e Vai à Luta“. Mestiço é da região do Triângulo Mineiro e traz um discurso engajado no seu rap, suas referências vão desde Machado de Assis à RZO, Nietzche à Mano Brown.
Com 11 faixas e baseado nos anos de vivência dentro da selva de concreto, “Abençoado Seja o Que Acredita e Vai à Luta” é o passo chave na caminhada rumo a libertação da Matrix. O disco é sucessor do “Abençoado Seja o Que Acredita em Si Mesmo“, o novo trabalho exalta a maturidade da consciência do rapper, primando por uma mensagem concisa, mas sem perder sua habitual dialética poética.
Iniciando sua profetização pelas tecnologias que nos privam do convívio real em “Sem Sinal de Vida“, o rapper encosta em seguida na filosofia nietzschiana na “Vixe Nietzsche“, onde traça um paralelo com o atual cenário politico brasileiro; continuando pela decadência dos anos atuais em relação a racionalidade do ser na “Anos 2000 DC“; atravessa o “Baile de Máscaras” com uma auto crítica sobre as frivolidades da aparência e suas armadilhas; seguindo por “As Sete Colinas” onde romantiza um amor proibido com o aglomerado urbano e seus aspectos negativos; perpassando logo após pela mente da Geração Y na “Colômbia” em uma paródia ácida do novo modus operandi que é ser militante desconstruído; trazendo à tona o clamor revolucionário em “Gatilho da Revolução” faz reflexões precisas do atual contexto das elevações de ânimos em torno dos direitos das classes menos abastadas; o rapper segue em “A Tese” desenvolvendo sua ideia sobre as minorias de direitos e o dever que o estado ou governo tem; em seguida faz um chamando a juventude em “Salve a Juventude” alertando a necessidade de o pensamento jovem ir á luta pela suas crenças; o MC se aproxima do fim então com “Pensante e Avante” uma ode a poesia marginal marcada pela técnica e estilística poética referenciando de Mano Brown à Camões; finalizando então com um recado de alerta sobre o amor romântico e seus mitos na “Amor Livre“.
O nome do trabalho já explana o que há de vir, em “Bem Vinda“, Lurdez da Luzcanaliza a sensibilidade e inspiração que uma gravidez é capaz de conceder à mulher para dar boas-vindas a sua filha recém nascida.
“A gente se aproxima muito da fonte de toda criação quando está gerando uma nova vida, e se a mulher ficar atenta vai perceber uma conexão enorme com os canais para inspiração.” declara Lurdez da Luz sobre o porquê de produzir durante a gravidez.
O EP “Bem Vinda” foi lançado há três dias. Em paralelo, o Brasil vive um período conturbado desde o processo de impeachment. O projeto de Lurdez chega em um momento instável e celebra a esperança, graças às perspectivas positivas e sensibilidade musical da rapper e a produção do duo PParalelo, que capitaram muito bem o momento.
O PParalelo é formado por Esteves e Heder Vicente. Os produtores levaram um fantástico estúdio móvel até a residência de Lurdez e assim e criaram o conceito do EP. O plano de fundo de música pop dos produtores com a vivência de uma mc que nasceu na cena underground paulistana resultou num som bastante original.
“Eu a uns 15 anos venho fazendo músicas onde procuro mesclar o hip hop com a música brasileira e outras sonoridades atuais de todo o mundo, e esse trabalho é um registro precioso dessa busca”, sintetiza Lurdez.
Amiri entra no top 5 rimadores brasileiros fácil, dono de uma métrica e um vocabulário potente, o rapper paulista já lançou duas mxitapes (“Êta, Porra!” e “Antes Depois“) e dois EP’s (“Trinca” e “Capítulo 4 – A Caminho da Origem“), e prepara agora o lançamento de duas novas músicas que tem tudo pra balançar mais um pouco a cena do rap brasileiro.
Talvez isso você já sabe, mas, e sobre a depressão? É a doença do século, o número de pessoas no mundo sofrendo de depressão ou de ansiedade subiu quase 50% entre 1990 e 2013 — inclusive, Marcello Gugu descreveu bem essa enfermidade em seu novo single “New Orlerans“.
Em uma espécie de carta divulgada aos fãsatravés do Facebook, Amiri revelou que vinha passando desde 2013 por problemas com ansiedade que resultaram num quadro de depressão. “Em 2013, algumas tragédias pessoais transformaram minha ansiedade na doença do século. Em depressão, considerei o suicídio várias vezes. Parecia que meu plano de esperar a vida acabar, estando doente daquele jeito, seria uma eternidade umbralina“, conta.
O rapper dono de um flow único informou que estava prestes a largar o rap em 2014, após o lançamento da mix “Antes, Depois”. “Sugeri uma reunião com a equipe que éramos, entristeci amigos, baguncei sonhos… Triste. Mas estava decidido. Lucas, Marcílio, Léo, tenho amor por vocês! Um dia tudo faria sentido“, escreveu, na sequência disse que já estava com uma carta de despedida do rap que sairia depois da mix. “‘Eu Saí’ seria meu último registro. Eu iria embora do Brasil, ia me dedicar ao meu inglês arriscando uma outra vida, tentando fugir de mim mesmo. Cansado de existir.”
Amiri conta que sua mãe sempre esteve presente naquele momento extremamente difícil e fala sobre uma conversa que teve com um grande amigo, que a gente conhece bem. “Nessa conversa, o Parteum me disse: ‘Amiri, não importa se você vai fazer um disco inteiro falando de Deus, só não pare de fazer.’ Era aquilo. Senti que eu precisava existir, de algum jeito digno, reconsiderar a oportunidade de estar respirando, também fazer jus a tal oportunidade.”
“A extensão do Espírito iluminou meu entendimento, onde vim a perceber que não desistir de mim mesmo era O CAMINHO rumo a mim mesmo. Sabe qual que é a fita? Amadurecer minha sensibilidade. É minha responsabilidade kármica” completou Amiri, que na sequência passa uma visão motivadora pra quem lê. “Não desista de você. Eu sinto o mesmo amor. Ainda estou aqui. Perdão é Deus em nós. Oxalá que eu toque vidas, honrando cada, toda consciência e coração que acessar o que expresso. Gratidão a quem não desistiu de mim, me mostrando como olhar o próximo e dizer: Não desista de você. Quando a existência cansar, não desista de você.”
Agora o Amiri está voltando a cena de lançamentos após soltar o EP “Capítulo 4 – A Caminho da Origem” no início 2015, que é um trabalho de cura, que tem o poder de fazer qualquer pessoa que ouvi-lo na íntegra sentir-se melhor, de verdade, baixe.
CARTA DE AMIRI NA ÍNTEGRA
Vou compartilhar uma história por aqui.
Em 2013, algumas tragédias pessoais transformaram minha ansiedade na doença do século. Em depressão, considerei o suicídio várias vezes. Parecia que meu plano de esperar a vida acabar, estando doente daquele jeito, seria uma eternidade umbralina.
Escrevi “Um Mic”, escrevi “Menino Kirikou”, “Cura”, minha própria bula de antidepressivo, deitava e dormia torcendo pra não acordar. Minha mente estava conseguindo asfixiar o coração.
Em janeiro de 2014 eu já tinha decidido abandonar a música. Sugeri uma reunião com a equipe que éramos, entristeci amigos, baguncei sonhos… Triste. Mas estava decidido. Lucas, Marcílio, Léo, tenho amor por vocês! Um dia tudo faria sentido.
Escrevi uma carta de despedida do Rap e postaria assim que lançássemos a mixtape “Antes, Depois”. “Eu Saí” seria meu último registro. Eu iria embora do Brasil, ia me dedicar ao meu inglês arriscando uma outra vida, tentando fugir de mim mesmo. Cansado de existir.
Minha mãe estava ali, comigo, em todos os sentidos e óticas, meu porto…
Recebi uma ligação de uma pessoa a qual prezo muito, sugeriu de nos trombarmos, conversar sobre o que ele sentiu estar acontecendo. Nessa conversa, o Parteum me disse: “Amiri, não importa se você vai fazer um disco inteiro falando de Deus, só não pare de fazer.” Era aquilo. Senti que eu precisava existir, de algum jeito digno, reconsiderar a oportunidade de estar respirando, também fazer jus a tal oportunidade.
A extensão do Espírito iluminou meu entendimento, onde vim a perceber que não desistir de mim mesmo era O CAMINHO rumo a mim mesmo.
Sabe qual que é a fita? Amadurecer minha sensibilidade. É minha responsabilidade kármica.
Não desista de você. Eu sinto o mesmo amor. Ainda estou aqui. Perdão é Deus em nós. Oxalá que eu toque vidas, honrando cada, toda consciência e coração que acessar o que expresso.
Gratidão a quem não desistiu de mim, me mostrando como olhar o próximo e dizer: Não desista de você. Quando a existência cansar, não desista de você.
O Cacife Clandestino divulgou seu novo clipe na última sexta-feira (9), “Pólvora e Fogo” chegou com direção de Halex Marinho e produção do selo próprio do Cacife,Medellin Records.
Apesar de pontuações sobre b.o’s da vida, o som é sobre comemoração, o clipe se passa todo num rolê e conta com presença do bonde que fecha com o Cacife Clandestino, e tem presenças ilustres de músicos como Sain e Luccas Carlos.
“Pólvora e Fogo” é o segundo single do disco “Conteúdo Explicito Parte 2” (parte 1 disponível aqui), a produção musical foi feita em conjunto com TerrorDosBeats e NeoBeats.
