sexta-feira, 14 de outubro de 2016

MC Soffia: sabedoria juvenil

Na semana do Dia da Criança, o Estação Plural conversa MC Soffia, menina que faz sucesso como cantora e usa música para falar de respeito e de racismo.
Aos 12 anos de idade, MC Soffia entende de coisa séria, mas também gosta de brincar. Brincadeira de criança, empoderamento infantil e bullying são os temas do programa.
“Pra mim é tudo uma brincadeira, mas eu sei também que é um papo sério e eu vejo que o meu trabalho está sendo mostrado pras pessoas que já sofreram racismo, podem estar se inspirando em mim”, relata Soffia.
No quadro Pajubá, o desafio é descobrir o que quer dizer “bizu”. Será que MC Soffia acerta essa?
Produção: Vitor Chambon, Priscila Cestari, Renato Fanti, Patrícia Lima
Roteiro: Ana Ribeiro
Direção: Cássia Dian

FONTE:http://www.ceert.org.br/noticias/crianca-adolescente/13804/mc-soffia-sabedoria-juvenil

Jovem sofre racismo em seu trabalho e internautas mostram apoio

Uma funcionária de uma cafeteria foi vítima de racismo durante seu trabalho e recebeu diversas mensagens de apoio nas redes sociais. Josie Ajak estava atrás do caixa do Gloria Jean's Coffee em Cairns, na Austrália, quando uma senhora se recusou a ser atendida por ela.
A jovem, que se mudou do Sudão para a Austrália com oito anos de idade, cumprimentou a cliente assim que ela se aproximou e, então, se surpreendeu com a resposta.
Em entrevista à ABC, Josie explicou que a mulher olhou para ela e disse: "Eu me recuso a ser servida por uma pessoa negra, você pode chamar uma branca?". A funcionária pediu para a senhora se afastar antes de informar sua colega de trabalho sobre o ocorrido e que ela não iria ser atendida. A cliente esperou por cinco minutos e foi embora da loja.
Depois do episódio, Jade Arevalo, amiga de Josie, compartilhou um relato em suas redes sociais e iniciou a campanha de apoio #buyacoffeefromjosie (#compreumcafédajosie, em inglês). A publicação recebeu mais de 13 mil curtidas e repercutiu, inclusive, na página da cafeteria Gloria Jean's Coffees Cairns Central e em suas lojas.

Uma das lojas da cafeteria participando da campanha
"Josie é uma das pessoas mais gentis e amigáveis que você poderia conhecer, mas independente de sua personalidade, ela não merecia ser excluída dessa maneira. O que deixa tudo pior é que a mulher nojenta que pediu para ser atendida por outra funcionária se locomove em uma cadeira de rodas e possivelmente deve entender as dificuldades de uma vida em que os outros esperam menos dela.", escreveu Jade.
Diante da viralização do caso, a vítima de racismo se manifestou em suas redes sociais. "Para aqueles que já tiveram seu serviço recusado por causa da cor de sua pele, isso é para vocês. Não há absolutamente nenhum espaço para racismo em lugar algum do mundo."
FONTE:http://www.ceert.org.br/noticias/genero-mulher/13838/jovem-sofre-racismo-em-seu-trabalho-e-internautas-mostram-apoio

Mãe desabafa sobre racismo sofrido por filha: 'Corta a minha alma'

Há aqueles que acreditam que o racismo no Brasil já foi superado.
Mas são histórias como esta que nos fazem lembrar - e com um tapa na cara - que o racismo existe não só nas estruturas do Estado, na falta de representatividade, na violência seletiva, mas também nos detalhes e na cultura do brasileiro.
Sandri Sá é mãe de uma garotinha de cinco anos. Na última quarta-feira (6), a criança chegou aos prantos em casa porque Júlia, sua amiga, não gostava do "cabelo para cima" que ela usava.
No mesmo dia, Sandri fez um post no Facebook filmando a garota. No vídeo, ela reforçava em cada frase: "O seu cabelo é lindo. Você é linda."
A angústia da menina logo foi diminuindo ao ouvir as palavras da mãe. No final, ela enxugou as lágrimas e parece ter compreendido que ninguém, nem mesmo uma amiguinha, pode desvalorizar quem ela é.
Além do vídeo, a mulher escreveu um texto emocionante sobre ser negra e ter que lidar com o racismo todos os dias.
"Um pouco da experiência de ser preta e ter filhos pretos que, por mais que falamos, exaltamos a autoestima deles, tem horas que eles simplesmente desabam e isso corta a minha alma. Estou com meus olhos cheios de lágrimas de ver e ouvir o sofrimento da minha filha. Eu tenho que me manter forte para protegê-los de uma sociedade preconceituosa em que uma criança de 5 anos chora por ser preta e sua mãe a ensina a se aceitar.A Júlia não tem culpa, talvez seja o que ouve ou aprende. Por favor, não deixem que seus filhos sejam esse tipo de criança que não respeita a raça e mais tarde não vão respeitar o homossexual, espírita, evangélico, preto e assim por diante".
FONTE:http://www.ceert.org.br/noticias/crianca-adolescente/13821/mae-desabafa-sobre-racismo-sofrido-por-filha-corta-a-minha-alma

Tripulação quase deixa passageiro morrer por não acreditar que mulher negra pudesse ser médica

Quando viu que um passageiro duas fileiras à sua frente havia perdido a consciência e precisava de atendimento imediato, a obstetra e ginecologista americana Tamika Cross fez o que se espera de qualquer médico: imediatamente se prontificou a atende-lo.
O que ela não esperava era esbarrar em uma doença mais difícil de curar do qualquer mal súbito: o preconceito. Tamika é negra, e aparentemente não se encaixa na imagem que se imagina de um médico.

Em um post no Facebook ela contou todo o ocorrido, em um vôo da companhia aérea Delta. Diante de um pedido de socorro da mulher do homem desacordado, Tamika se ofereceu para atende-lo imediatamente. Uma comissária de bordo, no entanto, primeiramente sequer considerou a oferta e, quando enfim compreendeu que se tratava de uma profissional para atende-lo, iniciou um verdadeiro interrogatório, como que para comprovar que se tratava de fato de uma médica.
Eu levantei minha mão para lhe chamar a atenção. Ela me disse: ‘ah, não, querida, abaixe sua mão, estamos procurando por um médico ou uma enfermeira ou alguém que possa atende-lo, não temos tempo de falar com você. Eu tentei lhe informar que eu sou médica, mas continuei a ser cortada com comentários condescendentes”, conta Tamika em seu post.

A cena continuou, enquanto o passageiro seguia necessitando de atendimento urgente. “Ela disse: ‘ah, você é de fato médica?’”. Eu respondi que sim. Ela disse: “Deixa eu ver suas credenciais. Que tipo de médica você é? Onde você trabalha? Onde estava em Detroit? (Por favor, lembrem-se que o homem seguia precisando de ajuda e ela estava bloqueando o corredor impedindo que eu sequer ficasse em pé enquanto me bombardeava com perguntas”.

Outro médico ofereceu ajuda, que foi imediatamente aceita, sob a justificativa de que “ele tinha credenciais” – que evidentemente não foram mostradas em momento algum. Aparentemente o homem simplesmente “parecia” um médico, mais do que uma mulher negra. O paciente melhorou e ficou fora de perigo, e a comissária não só pediu imensas desculpas à médica como ofereceu milhas como uma indenização por seu lamentável comportamento.
Todo tipo de preconceito de fato torna-se responsável, direta ou indiretamente, por maus tratos e mortes em contextos diversos. Esse caso ilustra não só a absoluta ignorância mas também o perigo de se discriminar alguém por qualquer que seja o motivo – as consequências podem ser fatais.
FONTE:http://www.ceert.org.br/noticias/genero-mulher/13871/tripulacao-quase-deixa-passageiro-morrer-por-nao-acreditar-que-mulher-negra-pudesse-ser-medica

IRIE - Drxnk


Atletas do Projeto Godoy garantidos no pelotão de elite da Meia Maratona Internacional


Os atletas Wilson da Silva (Exército/Projeto Godoy) e Alessandro Marinho (Exército/Projeto Godoi) estão garantidos na 20ª Meia Maratona Internacional do Rio de Janeiro. O evento será realizado neste domingo (16). Pela primeira vez os jovens estarão disputando com a elite da modal idade. Professor Godoi acredita que os dois estão bem preparados e prontos para a prova. “Tanto o Wilson quanto o Alessandro devem imprimir um ritmo forte desde o início. Eles estarão competindo com atletas de todo mundo, o que dará mais bagagem e oportunidades de melhorarem suas marcas. Acredito que os dois cheguem entre os 15 primeiros colocados”, prevê.

A prova

 No dia 16 de outubro será realizada a melhor e mais bela meia maratona do país. A 20ª Meia Maratona Internacional do Rio de Janeiro contará com a presença de alguns dos melhores nomes de corridas de rua do Brasil, além de destaques do exterior, percorrendo os 21.097 metros por toda a orla da Cidade Maravilhosa. Tratasse de um percurso bastante interessante, de uma beleza única e bastante rápido e técnico, sendo interessante para os que brigam pelo topo do pódio e também para aqueles que querem se divertir em uma das principais provas do país.

A largada será na Praia de São Conrado, e mais cedo, a partir das 8h15 (sequência completa de largadas disponível no site oficial), com chegada no Aterro do Flamengo, onde serão conhecidos os melhores de 2016. A programação oficial ainda terá a disputa de 5K, destinada aos atletas que buscam um desafio não tão forte como a meia maratona, com largada e chegada no Aterro do Flamengo. Será o primeiro grande evento do Rio de Janeiro depois dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos.

FONTE:http://odiariodonoroeste.com.br/atletas-do-projeto-godoy-garantidos-no-pelotao-de-elite-da-meia-maratona-internacional/

Coleção da Maria Filó com estampa de escravos causa revolta em consumidores.


Uma estampa de roupa que retrata a escravidão de negros e faz parte da coleção da rede de lojas Maria Filó está causando constrangimento em lojas de todo o Brasil e bastante revolta na internet. A polêmica veio à tona com a postagem de uma consumidora numa rede social. Tâmara Isaac, de 29 anos, decidiu se manifestar depois de se deparar com a imagem de mulheres negras servindo brancas durante uma visita à loja de Niterói, na região metropolitana no Rio de Janeiro.

— Fiquei chocada. Não é possível que esse seja o tema de uma campanha. Eu perguntei para a vendedora se tinha algum sentido naquilo ou se era apenas uma estampa racista. Ela só me disse que era a coleção sobre o Brasil — contou Tâmara, que é servidora pública.


A consumidora afirma ter ficado transtornada também com o fato de as pessoas da marca acharem normal o uso da imagem que, para ela, é um clara apologia ao racismo. Tâmara fez uma publicação de desabafo no Facebook, onde milhares de pessoas concordaram com ela. A página da Maria Filó também recebeu uma enxurrada de comentários contra a estampa. “Uma marca de roupa em pleno 2016 fazer uma estampa fazendo apologia à escravidão e racismo é tão absurdo que eu nem sei por onde começar a expressar minha indignação”, escreveu uma consumidora.



Marca pede desculpas e diz que vai retirar estampa das lojas

Procurada pelo EXTRA, a Maria Filó enviou uma nota afirmando que a estampa será retirada das lojas. "A Maria Filó esclarece que a estampa em questão buscou inspiração na obra de Debret. Em nenhum momento houve a intenção de ofender. A marca pede desculpas e informa que já está tomando providências para que a estampa seja retirada das lojas", afirmou a empresa.

No site da empresa não é possível ver nenhuma explicação sobre a estampa, que faz parte da coleção chamada pindorama. Tâmara também não encontrou respostas para o uso de escravos em peças como blusas e calças. “Quando cheguei em casa entrei no site da marca, com a esperança de que houvesse algum sentido naquilo, mas só encontrei uma marca que não satisfeita em representar somente mulheres brancas achou que esse toile de jouy (estampa francesa) de escravas seria de muito bom gosto”, escreveu no Facebook.


Lamentavelmente, Tâmara afirma estar acostumada ao racismo, mas se surpreendeu pela naturalidade.
— As pessoas não acham que é um problema . E não veem como isso é danoso e agressivo. Sendo uma pessoa negra, a gente encontra racismo todo dia, mas esse (da estampa) é muito evidente. O que me deixou mais chocada é pensar em quantas pessoas acharam normal essa estampa — afirmou.



 Advogado não vê racismo em estampa


Presidente da Comissão Nacional da Verdade da Escravidão Negra da OAB, o advogado Humberto Adami, não viu a estampa como racista ou ofensiva, mas acredita que é importante debater a história do Brasil.

— Uma roupa com uma estampa alusiva a questão afrodescendente na época da escravidão pode ser uma pintura que retratou em muitos momentos a história do brasil. E só pelas pinturas é que nós temos notícia de como foi. Como a estampa traz uma uma mulher negra com uma bandeja, ela poderia ser uma imagem das quituteiras e escravas de ganho que vendiam seus quitutes na rua, o equivalente às baianas de hoje em dia — afirmou.

Para o advogado a história da escravidão é deixada de lado na história do Brasil e os resquícios que permanecem até hoje.

— O mais importante é discutir a escravidão. Não sei qual a intenção da loja ao fazer essa linha, mas poderia ser uma oportunidade. O registro de uma denúncia de tortura de escravos numa forma de arte— afirmou, acrescentando que enquanto o Brasil não olhar para seu passado escravocrata, terá negros sendo tratados como cidadão de segunda categoria.

FONTE:http://extra.globo.com/noticias/rio/colecao-da-maria-filo-com-estampa-de-escravos-causa-revolta-em-consumidores-20288235.html