quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Hoje completa 1 anos de mais um fruto do genocídio contra o povo preto. Um ataque promovido por incompetentes policiais da Polícia militar RJ.

Wilton Esteves Domingos Júnior, de 20 anos
Wesley Castro Rodrigues, de 25 anos
Cleiton Corrêa de Souza, de 18 anos
Carlos Eduardo da Silva de Souza, de 16 anos Roberto de Souza Penha, de 16 anos
5 jovens pretos que tiveram seus direitos de viver retirado pelas mãos de estúpidos monstros... Os mesmos que deveriam zelar pelas nossas vidas, não remove las!
Assim seguimos, sendo estatísticas e brinquedos de um sistema cruel, racista e exterminador.
"Foram 111 tiros, 5 inocentes n carro
5 pretos que a polícia fuzilou em Costa Barros"
Por Snoopy Crioulo.
Curta: Partido dos Panteras Negras Brasil🇧🇷
FONTE:https://www.facebook.com/Panterasnegrasbr/photos/a.1087682997973167.1073741829.1087635797977887/1276762275731904/?type=3&theater


Exclusivo! Pastor Kleber Lucas rompe o silêncio e fala pela primeira vez sobre polêmica visita à Terreiro de Candomblé

Um dos maiores nomes da música gospel, falou com exclusividade ao Curta Mais News sobre o episódio que rendeu polêmica no meio evangélico brasileiro em entrevista reveladora


São 25 anos de carreira, centenas de clássicos da música gospel como “Deus Cuida de Mim”, “Aos Pés da Cruz”, “Jeová é o Teu Cavaleiro”, numa trajetória consagrada com um Grammy Latino de Melhor Álbum de Música Cristã - maior premiação da música. O carioca Kleber Lucas é um dos maiores hitmakers da música gospel no país, uma espécie de “Roberto Carlos” do meio evangélico, devido ao enorme repertório de sucessos que são cantados de norte a sul do Brasil dentro e fora das igrejas. Sua página no Facebook conta com mais de 3,6 milhões de seguidores e no Instagram outros quase 500 mil. Kleber também é pastor da Igreja Batista Soul, na Barra da Tijuca (RJ), e um dos artistas mais requisitados em eventos em todo país.
Ele foi uma das primeiras figuras do meio evangélico que conseguiu romper a barreira denominacional e alcançar também o público fora dos templos. Já recebeu em sua igreja o padre Fábio de Melo e costuma cantar, lá no mesmo púlpito, músicas como “Lanterna dos Afogados”, dos Paralamas do Sucesso e “Epitáfio”, dos Titãs. Ecletismo impensável para evangélicos mais conservadores.
Kleber hoje transita bem entre protestantes, católicos, artistas, e não pensa duas vezes se o programa for visitar um Terreiro de Candomblé para combater a intolerância religiosa. Foi isso que ele fez na última quinta-feira (23) ao se juntar com outros pastores evangélicos e levar uma quantia de R$ 11 mil para ajudar a reconstruir o Centro de Candomblé Kwe Cejá Gbé de Nação Djeje Mahin, em Duque de Caxias (RJ).
O culto ecumênico colocou lado a lado, pastores protestantes e líderes da religião afro, com o objetivo de mostrar que o respeito e amor ao próximo - independentemente de credo, cor ou opções divergentes - podem ser as maiores armas contra a intolerância.
Além de aderir à causa, Kleber Lucas cantou a canção "Maria, Maria" - de Milton Nascimento, que fala da luta de uma mulher batalhadora - junto com os músicos da comunidade local - muitos formados lá mesmo no Centro.
Depois do episódio que virou rapidamente um dos assuntos mais comentados no segmento evangélico em todo o país, o pastor e cantor preferiu o silêncio. A visita em um Centro de Candomblé dividiu opiniões. Os contrários são, na maioria, pessoas do próprio meio evangélico.
Em entrevista exclusiva ao Curta Mais, Kleber Lucas decidiu quebrar o silêncio e falar pela primeira sobre o caso. Para ele, o amor é o maior caminho contra todo e qualquer tipo de intolerância. "Infelizmente algumas pessoas ainda pensam que Deus é uma exclusividade delas, eu não acredito nisso. Eu acredito numa fé que comunica com outras confessionalidades. Eu prego isso, eu vivo isso, eu estou pela justiça", disse em entrevista reveladora ao Curta Mais.
"Estão me ferindo muito e me fazendo repensar minha caminhada", diz em tom de desabafo. Confira a conversa na íntegra:

Por que o senhor decidiu participar do encontro mesmo sabendo da repercussão que poderia gerar um pastor num Centro de Candomblé?
Minha decisão se baseou na causa. Um espaço considerado sagrado para um segmento foi violado pela violência, fruto da intolerância religiosa.
A atitude de alguns líderes de outra confessionalidade no sentido solidário é a melhor resposta a esse ambiente de ódio e intolerância que está varrendo nosso país num momento que precisamos estar mais unidos.

O senhor esperava tantas críticas vindas principalmente do meio evangélico?
Eu esperava uma reação de hostilidade sim. Existem muitas pessoas para as quais a fé é um instrumento belicoso. Gente que não consegue conviver com quem pensa diferente delas.

Como o senhor tem recebido os ataques?
A negatividade nunca é agradável. Estão me ferindo muito e me fazendo repensar minha caminhada. O que posso afirmar com toda certeza é que essas pessoas não entenderam a mensagem do Cristo. Nós ainda estamos falando de tolerância quando deveríamos falar de respeito.

As críticas vem principalmente de onde?
O preconceito é de ambas as partes. No entanto preciso afirmar como pastor negro e que já sofreu preconceito por ser preto e recasado diversas vezes que o preconceito contra as religiões de matizes africanas são as que mais sofrem.
O Cristo que veio da Europa e dos Estados Unidos pelos missionários era branco. A religião europeia e americana eram as únicas que religavam. Do lado dos pretos, índios e outros, só os perdidos. A teologia que veio para o Brasil em sua grande maioria é racista e de segregação.

O senhor entende que tem uma missão para combater o preconceito e a intolerância?
Essa luta pela igualdade não é minha e nem é recente. Desde os anos 1960, Martin Luther King já trazia o discurso pela igualdade de classes e pela tolerância, dedicando sua vida a esta causa.

O senhor tem recebido apoio?
Claro! Domingo quando eu cheguei no culto da Soul, a igreja toda ficou de pé, aplaudiu e disse que eu não fui lá sozinho, que estão todos comigo. A melhor parte é saber que a Igreja Batista Soul não está sozinha nessa mensagem da grande irmandade e que podemos sim fazer um Brasil melhor. Tem muita gente do bem.
Tenho grandes amigos verdadeiro de outras confissões e até amigos que não acreditam em Deus e, eventualmente, são dessas pessoas que me chegam as melhores respostas, orações, gestos solidários.

Há muito preconceito dentro das próprias igrejas?
Muito! Infelizmente algumas pessoas ainda pensam que Deus é uma exclusividade delas, eu não acredito nisso. Eu acredito numa fé que comunica com outras confessionalidades. Eu prego isso, eu vivo isso, eu estou pela justiça.
Precisamos aprender que cada ser humano é um, que o Pai é nosso, e que o Pai tem muitos filhos, diferentes, com pecados diferentes e que não podemos julgar nosso irmão por seu pecado ser diferente do meu.
A diferença é o que mais nos aproxima da Trindade , que é a família de Deus. Podemos dialogar com todos.

Qual o caminho para vivermos melhor em sociedade independentemente de credo, cor e opções diferentes?
Respeito, consciência cidadã, amor, amor e amor. O amor é o melhor caminho.

Em seu Instagram, Kleber resumiu sua história neste post comovente:
COISA DE PRETO EU convivo com o racísmo dentro e fora do meio evangélico. Quando eu saí de Goiânia em 1997, ouvi de um pastor : " você é um PRETO safado, seu lugar é na Favela. SE você acha que vai ter lugar no Brasil, esquece, você não tem onde cair MORTO." Uma vez fui cercado de policiais num shopping aqui da BARRA da Tijuca, como suspeito e a situação só mudou quando as pessoas foram chegando e ME reconheceram. Entrei numa agência de automóveis e perguntei pra atendente qual o preço do carro que eu estava interessado e ,ela respondeu de forma irônica : CARO. A fala do jornalísta é sintomática. Ainda representamos a escória social pra muita gente que são ignorantes quanto a NÓS. Minha intenção não é ostentação e sim uma breve apresentação de mais UM PRETO E FAVELADO. MUITO PRAZER ,KLEBER LUCAS Discografia 1996: Rendei Graças 1997: Meu Maior Prazer 1999: Deus Cuida de Mim 2001: Aos Pés da Cruz 2003: Pra Valer a Pena 2005: Casa de Davi, Casa de Oração 2006: Propósito 2007: Comunhão: Para Aqueles que Te Amam 2009: Meu Alvo 2011: O Nosso Deus é Fiel 2012: Profeta da Esperança 2014: O Filho de Deus 2016: Pela Fé 2017: Live Session 4 DVS GRAMMY LATINO - em LAS VEGAS 2010 Melhor Álbum - Meu Alvo INDICADO 2013 Melhor Álbum - Profeta da Esperança INDICADO E VENCEDOR FORMAÇÃO •TEÓLOGO: Formado na Ftsa •PÓS GRADUANDO EM MISSÃO INTEGRAL NO CONTEXTO URBANO •Recentemente convidado a participar de uma MESA de diálogo interreligioso na MIDRASH DO LEBLON,realizado pela fundação Palmares. Na ocasião falei sobre intolerância religiosa e a fé trinitária que dialóga com o monoteísmo e o politeísmo. •No dia 31 de outubro de 2017,por ocasião das comemorações de 500 anos da Reforma Protestante foi convidado a falar NUMA mesa de Doutores da PUC. Na ocasião abordei o tema A REFORMA PROTESTANTE E O GRITO DOS EXCLUÍDOS, uma perspectiva da NEGRITUDE. • COMPOSITOR E POETA • CANTOR, MULTINSTRUMENTISTA , PRODUDOR, DIRETOR MUSICAL • PASTOR DA IGREJA BATISTA SOUL,Na Barra •EMBAIXADOR DA VISÃO MUNDIAL: •Orq. BELA OESTE RJ
Uma publicação compartilhada por Kleber Lucas (@kleberlucas) em
FONTE:http://www.curtamais.com.br/goiania/exclusivo-pastor-kleber-lucas-rompe-o-silencio-e-fala-pela-primeira-vez-sobre-polemica-visita-a-terreiro-de-candomble


A “socialite” racista e as “novas doenças da alma” Comportamento da suposta “socialite” (é uma ocupação?) que resolveu proferir uma série de comentários racistas sobre uma criança de 4 anos faz parte do que a filósofa Julia Kristeva chama de “novas doenças da alma”

A "socialite" racista Day McCarthy

O crescimento da participação em redes sociais está trazendo consigo algo que não se vislumbrava tão nitidamente quando elas surgiram: assistimos à explosão de manifestações neuróticas e até psicóticas em busca de alguns minutos de atenção.
O caso mais recente é o de uma suposta “socialite” (é uma ocupação?) que, dos EUA, resolveu proferir uma série de comentários racistas sobre uma criança de 4 anos, a filha do casal de atores Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso.
Contente com o destaque das suas ofensas, ela ainda encontrou tempo para falar mal de uma atriz e de uma cantora e suas supostas relações com drogas ilícitas.
Um tipo de comportamento que faz parte do que a filósofa Julia Kristeva chama de “novas doenças da alma”.
Kristeva não chega a teorizar sobre os impactos das novas tecnologias da comunicação e da informação na saúde psíquica humana, mas, partindo dessa sua ideia (de que a pós-modernidade produziu novas doenças da alma), eu digo que as novas tecnologias detonaram uma nova expressão do narcisismo ou o “narcisismo à beira do fim”, que corresponde, em se tratando do mito, ao momento quando Narciso não se contém, lança-se nas águas profundas, cansado de apenas se admirar, querendo devorar a si mesmo de tanto fascínio por si, e morre.
As pessoas já não se importam com a morte real ou simbólica que podem ter em função de sua performance na internet, desde que elas tenham likes, comentários e seguidores.
Por isso, há tantos exibindo, com fascínio por si mesmos, seu racismo e sua burrice. Da homofobia não vou nem falar, porque esta sempre foi expressa até por quem se considera saudável psiquicamente.
FONTE:https://www.pragmatismopolitico.com.br/2017/11/socialite-racista-e-as-novas-doencas-da-alma.html


Os relatos de quem sofre com o racismo: dor que machuca na pele e no coração. Vítimas de racismo relatam o preconceito que dói na pele (e coração). Ivan levou batida de policias militares e Elizabeth foi seguida por segurança de supermercado. O que eles têm em comum? São negros

Polícia Militar caçava um homem acusado de assaltar uma loja no bairro Laranjeiras, na Serra, quando viram Ivan sentado na calçada em frente a uma escola. Logo imaginaram que ali estaria o suspeito do roubo. Mas o que indicou essa suspeita dos policiais? O armador Ivan dos Santos Costa, de 46 anos, é negro e ele acredita que a cor da sua pele motivou a abordagem da polícia.
Ivan diz que sentou para descansar após almoço em uma praça próximo a uma escola. No local algumas crianças brincavam, e, em poucos minutos que estava ali, dois policiais apareceram, cada um em uma moto. Revistaram sua bolsa, fizeram revista e nada encontraram.
Naquela hora perguntei por que eles estavam fazendo isso, já que eu estava sentado. Eles disseram que tinha acontecido um assalto e estavam abordando. Pediram para abrir a mochila que só tinha panfletos do curso do Senai”, afirmou Ivan.
A situação aconteceu há dois anos, e até hoje Ivan não sabe se o verdadeiro assaltante era realmente negro como ele e se os policiais abordariam todos os negros que estavam na rua naquela hora ou, se o bandido era uma pessoa branca, se todas as pessoas brancas também seriam abordadas no ambiente público.

Preconceito velado

O preconceito velado também aconteceu com a jovem Elizabeth Santana Santos, de 19 anos. Infelizmente ela compartilha diversas situações que percebeu atitudes de terceiros por ser negra. Em uma loja foi confundida com a vendedora e chegou a ser seguida por um segurança ao entrar no supermercado.
Bate aquele sentimento de tristeza. Você consegue compreender que aquilo só está acontecendo porque existe todo um racismo estrutural. Se eu fosse uma pessoa não preta talvez isso não acontecesse. Sou chamada de várias coisas por ser quem eu sou”, desabafa a jovem.
Ela não se cala, e acredita que de diálogo a denúncia de casos de racismo e injúria racial são os melhores caminhos para mudança de mentalidade. “Será que o resultado mais fácil é combater a intolerância com a intolerância? Talvez o melhor caminho não seja esse. É preciso parar para dialogar e tomar as medidas cabíveis”, diz Elizabeth.
FONTE:https://www.pragmatismopolitico.com.br/2017/11/relatos-sofre-com-o-racismo-machuca-coracao.html

Supermercado Extra vai pagar quase meio milhão por humilhar criança negra

Supermercado Extra é condenado a pagar R$ 458 mil por constranger e humilhar criança negra de 10 anos. A empresa recorreu da decisão judicial, mas Tribunal de Justiça manteve a penalidade

Extra foi condenado a pagar uma multa de 458.240 reais por constrangimento a uma criança negra de 10 anos, que foi obrigada a comprovar o pagamento de suas compras na unidade do hipermercado na Marginal Tietê, em São Paulo.
A empresa recorria de uma decisão judicial anterior, mas o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ/SP) decidiu manter a penalidade.
O caso aconteceu em 13 de janeiro de 2011, quando um funcionário conduziu o menino, desacompanhado de um responsável, ao interior de uma sala para prestar esclarecimentos sobre um suposto furto.
A criança foi mantida confinada no local, onde foi questionada por empregados da loja, mesmo após a apresentação da nota fiscal.
O Procon-SP foi responsável por mover a ação contra o supermercado. No auto de infração da época, o órgão de defesa do consumidor alegou que o Extra teria se aproveitado da inexperiência do menor de idade, cerceando sua liberdade.
O supermercado argumentou não ser responsável pela administração da loja, que era operada pela Novasoc Comercial Ltda.
Segundo o Extra, eles teriam apenas um depósito no local. Entretanto, para a relatora do processo, Flora Maria Nesi Tossi Silva, ambas empresas são parceiras de negócio “não se pode, portanto, pretender isentar de responsabilidade, sob argumento de quem seria o administrador da sede onde ocorreram os fatos”.
Neste mesmo caso, o Extra também foi acusado pelo crime de racismo e segregação da pessoa negra. Durante a investigação, a empresa alegou que não poderia ser julgada duas vezes pelo mesmo fato.
Mas no entendimento da relatora “ensejar eventuais penalidades administrativas a serem aplicadas pela prática de atos de discriminação racial não retira a legitimidade da Fundação Procon para apurar e sancionar as condutas que violam o Código de Defesa do Consumidor, considerando a esfera de atuação distinta de ambas as frentes”.
Em sua defesa, o Extra também apontou inconsistências nas provas que serviram de base para aplicação da penalidade. Para a varejista, os depoimentos das testemunhas eram contraditórios.
“A impugnação da empresa autora, limita-se, basicamente, a afirmar que as crianças estariam mentindo e que seus funcionários estariam falando a verdade. Ocorre, no entanto, que a materialidade e autoria do crime de constrangimento ilegal, cárcere privado e injúria, foram devidamente apurados em inquérito policial”, escreveu a relatora do processo.
FONTE:https://www.pragmatismopolitico.com.br/2017/11/supermercado-extra-vai-pagar-quase-meio-milhao-por-humilhar-crianca-negra.html