sexta-feira, 17 de maio de 2013

TÁ VALENDO - SILLES

Gravação caseira. Divulgando esse single que será gravado em outro beat. O que acharam?

1001 UTILIDADES.




É pixain, é bom. Natural, fenomenal, sem igual. É o meu cabelo crespo que quando cresce, se amontoa nasce uma coroa vira Black, Black Power, 4P. Sem desmerecer o seu liso, até que é bunitinho, engraçadinho bem sedoso, mas não chega ao ponto de ser maravilhoso igual ao meu Black Power, ao meu pixain. Orgulho? De monte tenho sim, por mais que os plin, plin tentem transformá-lo em objeto comercializável, a sua história remonta a pré-história da África. Portanto está nos livros, nos contos, na cultura nunca um cabelo foi tão exaltado como o meu, dos meus irmãos pixain, natural, fenomenal, sem igual e 4P.
Preto seja louvado, sinto-me agraciado pela natureza que me presenteou com rara tamanha beleza, e ao meu Deus todo poderoso que fez nascer em África o início de tudo, o mundo. Em África as mulheres pretas as mais belas, belas não, verdadeiras Deusas, Deusas de Ébano, indiscreto sou elogios as pretas sempre faço não meço palavras, nem letras, nem parágrafos são rainhas, autênticas Candaces. A humanidade em África surgiu e pelo mundo se multiplicou, transformaram-se de onde derivaram-se.
E o crespo, como é rei, é rainha mesmo longe de seu habitat, onde habitou adequou-se para melhor viver e sobreviver. Volumoso, charmoso, sexy, belo mais belo mesmo não é “o belo” sinônimo de feio não, é BELO como sempre há de ser. Gerações e mais gerações hão de exaltá-lo, pois muitos sempre criticarão e perguntarão “porque você não alisa esse cabelo?”, os incomodados há os incomodados que nunca hão de entender o esplendor de tamanha beleza e representatividade cultural e identidade. E meu crespo pixain, natural, fenomenal, sem igual, Black Power, 4P está aí mesmo para incomodar, pois tudo que incomoda é lindo, maravilhoso. Portanto, dêem licença para o meu rei Crespo, curvem-se diante de tamanha beleza e realeza. Curvem-se para o crespo, pixain, natural, fenomenal, sem igual, Black Power, 4P.

Texto:
Rapper Marcelo Silles