sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Alerta: Prostituição aumenta em Angola em todas as classes sociais

Muitas jovens angolanas vêem na  prostituição um meio para garantir o pão de cada dia da família. “Não faço isso por gosto, é a necessidade”, desabafa a jovem de 19 anos, mãe de uma criança de dois anos, com o rosto cabisbaixo. “Apenas conclui a 4.ª classe, nem bilhete de identidade tenho, os meus pais assim decidiram, tenho é que sustentar a minha filha”. As vítimas são em geral pessoas em situação de vulnerabilidade (condições socioeconômicas precárias, conflitos familiares e violência familiar).Na proliferação da prostituição em Angola estão mulheres de todo mundo com um grande número de brasileiras e chinesas. Cerca de 70.000 chineses trabalham em Angola, sobretudo na construção civil, e “como a maioria não traz as mulheres, a prostituição chinesa é muito procurada”, disse o jornal Global Times citando um cidadão chinês que trabalhou em Angola. Segundo a assessoria da Polícia Federal brasileira, as investigações encontraram provas de que brasileiras “do meio artístico” receberam até 100 mil dólares (72,9 mil euros) para se relacionarem sexualmente com um rico empresário e ex-parlamentar de Angola. Temos que repensar o tipo de País e sociedade, que queremos deixar aos nossos filhos e as gerações vindouras, e nesse aspecto temos todos que reagir e ninguém pode ficar indiferente, porque infelizmente casos como estes são o nosso dia dia… o aumento da prostituição é fruto da pobreza , miséria ,desemprego, politicas sociais injustas, os nossos governantes estão mais preocupados com as suas finanças e o seu bem estar do que a defesa do cidadão e do bem comum. Comentário CAI) 

A Polícia Federal acusa um parente do presidente de Angola de chefiar esquema internacional de tráfico de mulheres do Brasil para África do Sul, Portugal, Angola e Áustria. O jornal ‘O Estado de S.Paulo’ apurou que, na Operação Garina deflagrada nessa quinta-feira, 24, a PF pediu e a Justiça concedeu a prisão do general Bento dos Santos Kangamba, caso ele desembarque no Brasil, e incluiu seu nome e o de um comparsa na lista de procurados da Interpol.
Chamado de “tio Bento” ou “tio Chico” pelos integrantes da quadrilha, o general é casado com uma sobrinha do presidente de Angola, José Eduardo Santos, no cargo desde 1979. O general é dirigente do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), mesmo partido do presidente, e tem influência no governo por meio de sua mulher, uma filha de Avelino dos Santos, irmão do Presidente.
Presidente do grupo Kabuscorp, um complexo industrial com sede em Angola, o general também é influente no mundo dos negócios. Kangamba é o maior patrocinador do Vitória Sport Clube, da primeira divisão de Portugal, e tem, ainda, um time de futebol no país africano. Duas atividades usadas na lavagem de dinheiro do crime organizado.

O fenómeno “Prostituição Infantil” está a aumentar em Angola, as crianças alegam terem entrado para a prostituição devido à pobreza no lar, por obrigação de adultos e outras por serem abandonadas pelos próprios familiares. ” A maior parte das crianças dizem que entraram para a prostituição para ajudarem as mães a cuidar dos irmãos mais novos, porque o pai deixou o lar, outras alegam ser mandatadas por adultos, sob pena de serem agredidas fisicamente, assim como existem casos de menores que são abandonadas ou fogem de casa de familiares, por maus tratos
Rede de tráfico de mulheres brasileiras atuava também em Portugal – Polícia
Polícia Federal brasileira informou que a rede de tráfico internacional de mulheres desarticulada hoje pela corporação, que levava brasileiras para Angola, atuava também em Portugal, na África do Sul e na Áustria.
Os criminosos levavam as mulheres para fora do Brasil por uma semana, e ofereciam-nas a clientes de elevado poder económico, pagando entre 10 mil dólares (7.290 euros) e 100 mil dólares (72,9 mil euros), detalhou a polícia em conferência para a imprensa.
A maior parte do tráfico era feita para Angola, motivo pelo qual a operação foi batizada de “Garina” (menina, na gíria angolana). Cinco pessoas envolvidas no processo foram presas, entre elas o empresário, um administrador e três aliciadores da rede.
Outros onze mandados de busca e apreensão foram realizados nas cidades de São Paulo, São Bernardo do Campo, Cotia e Guarulhos, todas no estado de São Paulo, na região sudeste do Brasil. A rede também agia na região sul do país, segundo a polícia.
Dois estrangeiros, cujas nacionalidades não foram divulgadas, e que se encontram fora do Brasil, também tiveram a sua prisão decretada pela justiça brasileira e os seus nomes foram incluídos na lista mundial de procurados da Interpol.
As mulheres eram aliciadas em casas de diversão noturna de São Paulo e da região sul do Brasil pelos membros da rede, que ofereciam a partir de 10 mil dólares (7.290 euros) para que elas se prostituíssem durante uma semana.
Ainda segundo a assessoria da Polícia Federal brasileira, as investigações encontraram provas de que brasileiras “do meio artístico” receberam até 100 mil dólares (72,9 mil euros) para se relacionarem sexualmente com um rico empresário e ex-parlamentar de Angola.
“Há fortes indícios de que parte das vítimas foi privada temporariamente da sua liberdade no exterior e obrigada a manter relações sexuais sem preservativos com clientes estrangeiros”, diz o comunicado da Polícia brasileira, acrescentando que as vítimas recebiam, nesses casos, um falso tratamento de medicamentos anti-SIDA.
A investigação acredita que os criminosos movimentaram cerca de 45 milhões de dólares (14,7 milhões de euros) com o tráfico internacional destas mulheres, nos últimos seis anos.


Prostituição aumenta na Belavista
Oferecer o corpo em troca de dinheiro é das mais antigas práticas existentes no mundo. Algumas raparigas sentiram-se forçadas pelas circunstâncias da vida a optar por esta via na Belavista, município de Viana. Ao SOL declararam que aquilo que as motiva a ‘venderem-se’ é a falta de oportunidade de emprego e a difícil situação financeira em que se encontram.
Grande parte das meninas que têm aquele espaço como posto de trabalho são moradoras do município de Cacuaco e do bairro Benfica, sendo que escolheram Viana por ficar distante das residências onde vivem, o que diminui a possibilidade de se encontrarem com pessoas que lhes são próximas.
Madona é uma jovem de 19 anos, mãe de uma criança de dois anos, e por não apresentar aos familiares o pai da filha, foi “convidada” a abandonar a casa dos seus progenitores. Não tendo formação académica que lhe permita conseguir um emprego com salário condigno, viu na prostituição um meio para garantir o pão de cada dia da família. “Não faço isso por gosto, é a necessidade”, desabafa a jovem rapariga com o rosto cabisbaixo. “Apenas conclui a 4.ª classe, nem bilhete de identidade tenho, os meus pais assim decidiram, tenho é que sustentar a minha filha”.
Doze mil kwanzas por dia
Enquanto está a trabalhar, Madona deixa a filha com uma vizinha. “Vou à Belavista de quarta a domingo, que são os dias mais movimentados, a minha amiga sabe que trabalho de noite, por isso aceita ficar com a minha criança durante esses quatro dias”.
Em média, se o movimento for aceitável, envolve-se por dia com seis homens, sendo que por cada acto cobra dois mil kwanzas, levando para casa 12 mil.
Já Angélica Rodrigues é mãe de duas crianças, tem apenas 20 anos, e disse à nossa equipa de reportagem que depois de muito procurar por emprego sem sucesso, optou pela troca do corpo por dinheiro. No entanto, considera a prostituição como uma profissão como outra qualquer, onde as pessoas trabalham e, por isso, são remuneradas. “Não é fácil envolver-se com pessoas estranhas. Normalmente primeiro consumo bebidas alcoólicas. Há colegas que se drogam, porque há homens que mesmo sabendo que vão ‘embrulhar-se’ connosco nem da higiene tratam”, lamenta Angélica.
Maus tratos
De acordo com a jovem, alguns clientes tratam-nas como se fossem mercadoria sem valor, sobretudo aqueles que pagam o serviço quando estão sob o efeito do álcool: “Somos desrespeitadas e tratadas como se fôssemos um trapo por causa de dois mil kwanzas. Também somos humanas, se faço isso é por necessidade, senão não viria aqui”, esclareceu.
A jovem Flor, 25 anos, lembra que, algumas vezes, os clientes com viatura pedem para subir no automóvel deles, “arrancam com o carro e fazem o que bem entendem e depois deixam-nos em qualquer esquina, não pagam o serviço, e até há casos de espancamentos”.
Por essa razão, as nossas entrevistadas dizem que actualmente já não se deslocam para agradar ao cliente, “se ele quiser, faz aqui, caso contrário, procura outra pessoa, até porque tem crescido o número de jovens que aqui se prostituem”, diz Madona.
Preservativo é (quase) obrigatório
Segundo as ‘mulheres da vida’ da Belavista contactadas pelo SOL, para qualquer acto sexual exigem dos clientes o uso do preservativo, Apesar disso, há indivíduos que se predispõem a pagar mais para fazer sexo sem a ‘camisinha de Vénus’ e algumas jovens acabam mesmo por aceitar.
As jovens que falaram pediram para não serem identificadas pelos nomes próprios, por isso são usados nomes fictícios.

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