Bom
Jesus do Itabapoana-RJ no Noroeste-Fluminense e Bom Jesus do Norte-ES na região
sul capixaba, são cidades com formações estruturais e culturais baseadas na
ideologia racista e segregacionista que se acompanhou o desenvolvimento do
racismo estrutural brasileiro.
Nessas
publicações, Será que realmente não existe racismo, preconceito e discriminaçãoem Bom Jesus do Itabapoana-RJ?, Funk carioca em Bom Jesus parte 2: cultura derua, cultura marginal, Santa Teresinha: Descoberta de um conflito racial, deidentidade e cultural, nas quais vocês podem conferir nos respectivos nome dos
títulos marcados em destaques, vocês poderão conferir em algumas referências
bibliográficas tiradas do livro de Ana Maria Teixeira (História de Bom Jesus do
Itabapoana-RJ 3ª edição ampliada), como é nítida os resquícios de segregação,
racismo e discriminação, numa interpretação e leitura minuciosa na história bonjesuense,
nos termos citados na referida obra que serviu de referência para a construção
dos textos.
Casa
Grande & Senzala de Gilberto Freyre, também é um dos alicerces de
construção da sociedade bonjesuense concernente ao tratamento dado ao negro
desde o alicerce dessa sociedade. Casa Grande & Senzala é a bíblia desses
grupos tradicionais e conservadores bonjesuenses, onde seus homens e mulheres
se fartam de utilizarem os termos que classificam pejorativamente os negros,
nesse livro. Grupos que reivindicam o saudosismo deixam claro suas posturas
conservadoras e tradicionalistas que sabemos bem são a base edificante de todo
um projeto de segregação racial e discriminação, pois trazem viés fortes de um
programa hegemônico de eugenia social.
E as
madames brancas desse grupo social conservador e tradicionalista, não ficam
para trás nesse quesito. Muitas dessas madames carregam consigo a doença social
e racista e podem ser referenciadas como as Day McCarthy bonjesuenses. Não é
raro encontrar mulheres brancas da dita sociedade dos bonjesuenses ausentes e
presentes, saudosistas, conservadores e tradicionalistas, que tenham o mesmo
pensamento da socialite. É só reparar em seus comportamentos e olhares que
evidenciam e condenam suas posturas e pensamentos.
Salvo
em as crianças catarrentas, duas do atual grupo político ‘ai aquelas crianças
com as pernas russas parecendo urubus’, ‘ela é negra mas tem alma branca’ e por
aí vai....... O fato é que, essa doença social e racial está impregnada, ou
melhor, sempre esteve impregnada na sociedade de bem, dos saudosistas e nas
famílias bonjesuenses que reivindicam os pioneiros da cidade. Suas madames
McCarthy que o digam, pois são elas com seus olhares e comportamentos que
denunciam o racismo estrutural e velado que permeia a sociedade.
Madames
que sempre se dirigiam e dirigem aos negros com ares de coitadismo, pena,
superioridade como se tudo que fizesse em detrimento ao subsídio do mesmo, em
se tratando de trabalho, como se fosse uma salvadora, a Princesa Isabel do
momento. Sempre viram e ainda veem os negros como subalternos, inferiores,
madames e patroas que subjugam as mulheres negras com salários ínfimos e uma
carga horária de trabalho pesada.
As Day
McCarthy bonjesuenses existem, e são tão piores quanto a original.
MARCELO SILLES
Assistente Social & Rapper.
Nenhum comentário:
Postar um comentário