Marcelo Silles
Rapper e Assistente Social
Os
debates acalorados a cerca da situação vigente em nosso país versado em cotidianos
conturbados envoltos em verdadeiros cataclismas temperamentais por parte dos
ideários conservadores, ainda permanecem firmes e rígidos. Trogloditas de bem,
cães raivosos defensores da polícia, da tortura e do assassinato de milhares de
inocentes das favelas e periferias, empunham com o máximo de louvor incrustados
em seus lábios decrépitos, salmos bíblicos balbuciados em suas teses defensoras
em seus modelos de família.
E mais
uma vez a história não muda e os capítulos são os mesmos. Todo o homem tem o
seu preço. Toda a mulher tem o seu preço. A periferia tem o seu preço e as consequências
são o rompante colapso do drama cotidiano, do mimimimi e chororô que se
estenderá por mais quatro anos.
Em épocas
remotas, seria até mesmo convincente de se convencer do altruísmo ideológico. Hoje
acabamos de crer que o que importa realmente para o povo é a sua empatia para
se matrimoniar pela canalhice. Exemplo claro e obscuro, a maior cidade do país,
São Paulo, ter sido eleito um autêntico descendente direto de escravocratas
assumido. Como isso se ver possível numa realidade tão dura e abissal que são
as periferias da cidade de São Paulo? A única resposta viável é simples: a
subserviência fiel ao capital elitizado. E por aqui em nossas cidades regionais
não é diferente o resultado.
Frases
de efeito, frases de impacto não surtem o resultado esperado. É bem mais fácil
e simples no período eleitoral, juntar quatro meses de conta de energia e
esmolar a um candidato, do que ouvir e ler propostas concretas viáveis que irá
melhorar a vida coletiva de todos. A tática estratégica e simples é empurrar
cachaça abaixo nos eleitores periféricos e deixá-los viver miguamente,
eternamente dependentes e escravizados por aqueles que se banqueteiam e saboreiam
com os sofrimentos dos periféricos e favelados.
Enfim, o trabalho foi
feito e muito bem feito, faltou algo? Não. O que faltou foi o devotamento
daqueles que se fazem de vitimistas e só sabem reclamar durante quatro anos. A ordem
agora é não abaixar a cabeça, manter-se erguido e partirmos para a luta. Deus no
controle sempre.
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