Marcelo Silles
Assistente Social
É factível hoje a demanda por uma independência laboral. Com
direitos protetivos claramente ameaçados pelos representantes e defensores do
grande capital, fica óbvio que o trabalhador terá que se auto-subsidiar em seus
direitos trabalhistas.
Nas câmaras e senados defensores do grande capital e
defensores dos trabalhadores, gladiam-se adiando sem nenhum remorso o desespero
de pessoas que contam ao final de suas jornadas, com os benefícios conquistados
e garantidos por lei. Um jogo cruel e desumano, vidas de cidadãos simples, são
avaliadas em custos e benefícios em prol de um capital que explora, escraviza,
massacra, humilha.
Em decorrência de fatores liberais e neos, carregado com
discursos suaves talhados em sedas, palavras lascivas mascaradas com toques de
méritos individualistas, falácias engodas encontraram um momento oportuno
aproveitam-se da espetacularização de uma crise criada por eles, para lançarem
mão de projetos, emendas e leis que atacam diretamente a vida do trabalhador.
Objetivados no firme propósito de transformar o
trabalhador em seus reféns e eternos dependentes, esses cães da guerra na
câmara e no senado, ensaiam sem cessar o Macbeth brasileiro em suas
masturbações regicidas. Fica evidenciado o querer lastrear desses infames
usurpadores que utilizam de duas casas que pertencem ao povo, para atenderem suas
luxúrias e privilégios.
O mal vem a galope e com argumentos muito questionáveis. Sob
a égide de um moralismo impregnado de opressão, esses cães da guerra exaltam
sem esconder e sem medo de represálias, torturadores e assassinos militares
como se fossem deuses.
Inventam um comunismo abrasileirado que só existem em
suas mentes. No dia 17 de abril de 2016, foi um dia fatídico para todo o povo
brasileiro, uma câmara comandada por bandidos, marginais escrúpulos da pior
espécie, machistas, que incitam ao estupro, a tortura e o genocídio deram o seu
sim para derrubar através do golpe o que não conquistaram democraticamente nas
urnas. Foi uma verdadeira atração circense, dos mais horrendos seres, bestiais
com total ferocidade para devorarem o garboso banquete.
Diante desse fenômeno episódico o sadismo a mostra, o
povo brasileiro mais uma vez saiu perdendo. O verdadeiro povo, que defende a
democracia, uma sociedade justa assistiu da geral de uma apoteose, presenças
fantasmáticas histéricas, os sins em homenagens e sendo oferecidos para pais,
mães, filhos, filhas, maridos, esposas, amantes, pelos fundamentos do
cristianismo, pelo cachorrinho e a cachorrinha, tudo se disse mais o
fundamental do espetáculo não foi em nenhum momento mencionado. Pobre trabalhador
brasileiro. Eufemisticamente redatando valeu-se tudo neste dia 17 de abril de
2016, menos o respeito pelo povo brasileiro.
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