quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

O negro e a negra não querem saber.

Assisnte Social, Bacharel UFF/Campos-RJ
O negro pagodeiro e a negra pagodeira não querem saber desse assunto de racismo, de exclusão, segregação, de lutas por direitos iguais, igualdade, o negro pagodeiro e a negra pagodeira querem ser felizes pagodeando rodopiando sendo os indivíduos pejorativos animadores da festa. O negro pagodeiro e a negra pagodeira não se importam de não serem representados nos dvd´s dos maiores nomes do pagode brasileiro, onde nas primeiras, segundas, terceiras, quartas fileiras estão os brancos bem apanhados, as loiras e morenas gostosas e charmosas, não se importam de estarem bem escondidos lá no fundo, bem no fundão para não serem capturados pelas câmeras que só prezam pela beleza da mulata mestiça, da loira passista e da morena símbolo do pagodear.
O negro evangélico e a negra evangélica não querem saber desse assunto de racismo, de exclusão, segregação, de lutas por direitos iguais, igualdade, se entregaram a Jesus no pentecostalismo carismaticamente louvando a prosperidade individual ou grupal. Eles são os absolutos certos e corretos, estão acima de qualquer verdade social, coletiva e humanitária se não aceita as suas doutrinas não merece o reino dos céus e será eternamente o inimigo de todo o povo de Deus. Valorizam o materialismo e a aparência, menosprezam o caráter, mas adoram cantar que morreram para o mundo e que o dinheiro compra a alma.
O negro funkeiro da ostentação e a negra funkeira da ostentação não querem saber desse assunto de racismo, de exclusão, segregação, de lutas por direitos iguais, igualdade, querem ostentar o que não tem e nunca terão, mas preferem fingir que possuem, queriam ter nascido branco, de preferência numa mansão, terem berços de iates, mamadeiras a lá shandon, fraldas revestidas de dólares e euros, chupetas banhadas a ouro, carrinhos estilo Ferrari, Camaro. O negro funkeiro ostentação quer ter a loira, a morena pra exibir como troféu e colocar uma aliança em seu dedo. A negra funkeira ostentação coitada, chupa o dedo, o máximo que conseguirá no futuro será um varão em sua conversão.
O negro jabuticaba e a negra jabuticaba, assim como o negão no futebol não querem saber desse assunto de racismo, de exclusão, segregação, de lutas por direitos iguais, igualdade, querem paz e amor, no sertanejo e forró brancos, no rock in roll dos descendentes de Elvis, serem a atração humorística do social party onde todos os brancos os chamam pelos seus apelidos carinhosos Bombril, macaco, coé negão, pinche, pneu, urubu e por aí vai. O negro jogador de futebol ostenta as suas esposas fiéis loiras e morenas, são artigos de luxos diferentes daquela neguinha mal vestida pobre que ele conhecia e que se matava para realizar o seu sonho de ir jogar num time grande.

Mas todos os esses negros e negras têm algo em comum, quando conhecem o outro lado sentem na pele a opressão, o racismo, partem para o choro de que é triste ver ainda racismo no Brasil. Que nós negros deveríamos nos unir para acabar com o racismo, lutar por direitos iguais etc, etc, etc, mas a única resposta que tenho para dar para esses tipos de indivíduos é somente uma: VOCÊS ESCOLHERAM O LADO DO OPRESSOR ARQUEM COM AS CONSEQUENCIAS.


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