Assistente Social com Bacharel da Universidade Federal Fluminense-Campos/RJ
Os tambores
desbravados rompem com fervor o corredor dos escárnios monopolistas, medíocres
conformistas. Todo silêncio é cúmplice. Os conformistas adeptos do seu eu,
silenciam-se diante do retrato cru e brutal. Todos os dias deparam-se com
figuras que incorporam o espaço físico da comunidade, para eles sem
simbologismo ou mera atração representativa. A conivência com o insensível é
intrínseca a natureza humana.
O ser humano foi
convertido em um objeto qualquer alheio a toda e qualquer sensibilidade social
e racial. Tornou-se algo a repudiar olhares e valores distintos que não assinem
a mesma rubrica. Esses bárbaros defensores da insanidade da massa imperativos
do “bem” julgam-se arautos da sociedade modelo, meritocrática, casta social e
ideal conservador.
Não conseguem
catalisar a lógica da diferença e seus prodígios. São insensatos em
retroalimentar ódios sociais e raciais que antes viviam encubados, escondidos
raivosos são esses seres que absorvem a cátedra em não aceitar a libertação e
conquista do outro, do diferente. Esses seres raivosos, hoje os identificamos a
olho nu, na sociedade do “bem”, esbarramos neles todos os dias.
Os indicadores da
realidade nua e crua são claros e objetivos. Apontam para uma sociedade
sombria, nefasta que jura piamente não ser racista, excludente,
discriminatória. Mas as evidências são perceptíveis e irrefutáveis.
Carrego o feeling
da negritude. Não vivo em África, mas África vive em mim. E com essa paixão pujante,
desvencilho e incomodo até mesmo os jabuticabas seres conformistas, servis,
subservientes aos ideais pseudo-brancos, são incapazes de identificar uma ação
sutil racista e excludente. Não querem enxergar, mas querem se beneficiar dos
louros conquistados por guerreiros e guerreiras afrocentrados (as) brasileiros
(as). E esses conformistas tentam de todos os setores a fórceps, contornando a
realidade, suavizar com uma docilidade tramada adestrar os demais inimigos
públicos de seus padrinhos e madrinhas.
Essa perspectiva
fatalista traz um recorte motu próprio com seus axiomas e hábitos discrepantes à
catarse nódoa da barbárie. Teoria e prática comungam-se no quotidiano
periférico em caminhos tortuosos. Sendo assim, nesse contexto nenhuma luta
periférica deve ser desmerecida mesmo quando apropriada pelos meios de
comunicação da massa conformista.
A figura do outro,
pelos normais, porta características bestiais. A história brasileira é farta em
dubialidades e neo-abstrações que incorporam a cultura popular de massa
mantendo a elite dominante no controle dos mecanismos e marginalizando o outro,
o diferente..
A epístola do dia
traz a sujeição, generosa, passiva maquiada num discurso filosófico neotomista
com paixões insaciáveis hipotéticas, brecando o fortalecimento de uma cultura
local e consciente. O senso comum aplaudi a aporia, a banana idílica surge como
símbolo do recalque anti-racismo dos sujeitados ao sistema conformista.
Portanto, quem não
segue a regra ditada pela cultura de massa corre o risco de ser banido,
apedrejado socialmente. Sofreu uma ofensa recolha-a pra si e a sofra calado, se
autofragele.
Hipocrisias a parte, imbecilidade e senso do
ridículo é querer que toda uma nação preta aceite esse ato insano e boçal de
protesto bananesco, não compactuo com tal atitude de sujeição e conformidade.
Se um grupo quer seguir por esses caminhos tortuosos de rejeição identitária
tudo bem, mas que os mesmos não venham querer diminuir e desmerecer uma luta
preta de séculos contra a opressão que ainda persisti. 4P, a luta continua.
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