MARCELO SILLES
ASSISTENTE SOCIAL COM BACHAREL DA UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE-UFF CAMPOS DOS GOYTACAZES/RJ & RAPPER
Como ainda é notório os bom-jesuenses de “bem” praticarem a
superficialidade julgando o livro sempre pela capa, acharem no direito de
definirem através da superficialidade o caráter de um indivíduo. Quantas vezes
já escutei e ainda escuto de pessoas ditas do “bem” que o meu manifesto pode
ser usado contra mim. Aí eu me dirijo à determinada pessoa e pergunto: você ler
o que escrevo? E a pessoa sabiamente me responde: “não nunca cheguei a ler nada”.
Ser crucificado sem antes ser conhecido a fundo é praxe daqueles
que são de uma moral direita flertando suavemente com o esquerdismo humanista.
São adeptos do tipo deixa disso, “o que
você promove choca” ou o mais famoso e predileto das pessoas de “bem”, da
“moral” e dos “bons costumes” “você está
sendo racista”. Hó sempre a mesma desculpa.
Portanto, como uma pessoa pode querer definir e moldar o caráter de
uma pessoa sem antes conhecê-la ou se aprofundar em seus discursos, debates? Parece-me
ser um tanto boçal demais de tal parte. Pessoas que pregam uma sociedade justa,
mas ao menos conhece o que realmente a transformou injusta. Venhamos e convenhamos
que toda a mazela que existe no mundo é culpa estritamente do ocidente
civilizado, os livros reais de história afirmam isso. Conhecereis a verdade e a
verdade vos libertará. Os brancos europeus transformaram o mundo no mar de
desespero, injustiças e caos humano e social que vivenciamos hoje.
Os ativistas da tal consciência humana revelam-se verdadeiros
defensores do racismo a brasileira, um racismo cordial, sutil e aceitável pelas
“boas” pessoas. Diasporicamente falando se irritam pelo simples fato legitimo
de um preto viver o seu devir em harmonia consigo mesmo e seus próximos. Quando
os tambores ressoam começam a se incomodar, pois os cultos ordinários dos ritos
de bênçãos aos seus ancestrais e descendentes, passam uma visão de afronta a
sociedade dita do “bem” chocando o cotidiano branco e com isso evidência um
passado branco de crimes brutais que foram praticados contra seres humanos escravizados,
crimes esses sobre as bênçãos da tal consciência humana.
O RACISMO DA CONSCIÊNCIA HUMANA |
Aí o opressor quer se pagar de vitima, “há estão querendo discriminar, segregar os brancos os negros são
racistas”. O velho ranço do opressor acostumado a ter negros sempre
obedientes e em seu lugar. Coitados. Hoje podemos dizer que para nós em
Diáspora houve angus avanços significativos, podemos debater de igual para
igual e desmascarar as mentiras que nos eram contadas quando éramos crianças,
quando nos diziam que negro era feio, que cabelo de preto é ruim e muitas
outras coisas mais, quando aceitávamos as piadas que nos insultávamos e riamos
juntos éramos humanos, de bem. Mas agora o jogo muda, exaltamos a nossa
negritude e então somos racistas. Vejam só, nós pretos não criamos a definição
de raças nem os conceitos superiores e inferiores, foram os brancos europeus,
portanto o racista é aquele que detém o poder econômico em todas as suas
estruturas, sendo assim um negro brasileiro não pode ser racista pois não detém
o poder econômico visto que o racismo está ligado as bases de poder.
Portanto, querem injustitificar o óbvio incomodamos não ligamos,
somos pretos não importa o que haja. Conheçam antes de julgar, procurem saber a
verdade absoluta e verdadeira da escravização brasileira, da invasão e
exploração brasileira a verdade absoluta sobre a África, e aí sim tenha bagagem
para ter competência para debater e me desafiar.
“A Diáspora me fez um homem forte. Sou fruto de
uma seleção natural corroborada por toda sorte de opressão e exploração
experienciada por meus ancestrais.” Ley Silva
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