Herói ou bandido. Mocinho ou
vilão. A docilidade civilizada dos tais capitães-do-mato que seguem a risca com
fervor honra e dignidade a defesa do cidadão de bem independente de cor e
classe social, emociona. Não obstante a falácia corroborada da supressão de
elementos fatídicos que, deixam claros a desonra a qual esses indivíduos
fardados estão evidenciados em defender: a elite.
Está evidente o reflexo é nítido.
As classes abastadas sempre tiveram seus privilégios e cotas e atualmente
choramingam que estão sendo vitimas de exclusão, discriminação e racismo por
parte do governo pelos movimentos pró-cotas e pró-bolsas. Nada mais do que
ridículo.
Portanto é mais do que normal
nascerem guerreiros e guerreiras nas favelas e periferias do nosso Brasil.
Artistas que utilizam o microfone e através das rimas, denunciam de forma moderada
e contundente toda a repressão que sofrem pelos membros dos aparelhos
repressores do Estado. Muitos elementos compactuantes e simpatizantes desses
aparelhos não suportam e não aceitam tais reivindicações, atrelam essas
manifestações a criminalidade, a desordem social, a perturbação social e
desrespeito ao civismo. Dramaticidade
inócua misturada à perversão burguesa, aquém deleita com os muros invisíveis
que separam os abastados dos ditos bastardos anarquistas e inferiores, por
esses classificados.
Com o funk carioca não é
diferente. Com o advento da ostentação o funk deixa de ser carioca para tomar
outros Estados e com isso atraindo a indignação dos abastados conservadores. Seus
filhos e filhas se deliciam ao som do batidão, sendo que os mesmos odeiam os
negros e favelados, mas não dispensam o batidão e tamborzão. A facilidade
sexista promovida por alguns adeptos do funk faz com que atraia bastante filhotes
abastados e com isso fermentam cada vez mais a ira burguesa.
Da Leste foi mais um. Rimando a
criminalidade cotidiana e o sonho de consumo de qualquer ser humano, errou
apenas por está associado aos olhos dos que julgam, ao crime organizado. Errou por
simplesmente amar, viver e cantar o funk ostentação. Criou inimigos dentro do
próprio contexto num mundo onde a inveja reina e inimigos são de graça. Inimigos
de farda com certeza, pelo menos a representação neste vídeo é bem clara. Escuderia
Lecoq a moda paulista, a moda simbora Brasil. Democracia brasileira desevolução
prossegue.
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