ASSISTENTE SOCIAL COM BACHAREL DA UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE/RJ & RAPPER.
Desde quando os portugueses
aportaram com uma invasão essas terras indígenas, antes deles existem relatos
históricos que não mencionaremos aqui de outros povos europeus que por aqui
passaram, desde quando os negros foram trazidos para cá escravizados por esses
mesmos portugueses que a terra de Vera Cruz atual Brasil teve sua formação em
diferentes raças e povos. Surgiu então uma nação multicultural.
Dificilmente existe
uma nação com tão complexa e variada composição étnica de sua população. No
caso do Brasil, a formação populacional advém de basicamente cinco distintas
fontes migratórias, são elas:
- os nativos, que se
encontravam no território antes da chegada dos portugueses. Esses povos eram
descendentes de homens que chegaram às Américas através do Estreito de Bering;
- os portugueses, que
vieram para o Brasil a fim de explorar as riquezas da colônia;
- os negros africanos,
que foram trazidos pelos europeus para trabalhar nos engenhos na produção do
açúcar a partir do século XVI;
- a intensa imigração europeia no Brasil, sobretudo no sul do país;
- a entrada de imigrantes oriundos de várias origens, especialmente vindos da Ásia e Oriente Médio. (FREITAS, Eduardo. Site da Geografia Humana do Brasil)
- a intensa imigração europeia no Brasil, sobretudo no sul do país;
- a entrada de imigrantes oriundos de várias origens, especialmente vindos da Ásia e Oriente Médio. (FREITAS, Eduardo. Site da Geografia Humana do Brasil)
Em sua obra Casa Grande & Senzala, considerado por muitos como o pais da
miscigenação brasileira Gilberto Freire (2005) relata com maestria como
originou-se a formação do povo brasileiro. Apesar de está ser uma obra um tanto
racista, tese defendida por alguns historiadores, pois o autor trata os
não-brancos de uma forma pejorativa criando estereótipos raciais com vínculos a
inferioridade. Ex: a mulher negra sempre sendo referida a mulata com nuances a
sexualidade e ao erotismo.
Perdoe-nos
Gilberto Freire, mas o que vemos e assistimos é uma total degeneração e
desvalorização da vida humana, tanto no âmbito coletivo quanto individual. A
partir do momento em que culturas antes marginalizadas, satanizadas passam a
ser sacralizadas por uma classe abastada que prega e sempre pregou o
individualismo e a meritocracia como modos de vidas vigentes, o resultado é a
total perda da sensibilidade, da solidariedade e do coletivo. (ALVES, Marcelo Siles. Santa
Teresinha: Descoberta de um conflito racial, de identidade e cultural. Trabalho
de Conclusão de Curso, 2013, Universidade Federal Fluminense. P.28. 2013)
A
miscigenação é tida como uma solução para um país de diversas raças e culturas.
Portanto ao longo de sua formação o Brasil teve várias influências indígenas,
africanas e européias essa mistura foi fundamental para a formação de
identidade e cultura do nosso povo brasileiro.
Dos cantos e danças seja para uma
festa ou reverencia ancestral, dos batuques dos terreiros de Angola, das rodas
de jongo, dos repiques do samba ao cantarolar das serenatas italianas o
brasileiro seguiu sua formação cultural e identidade de um povo. As regiões
cada qual com o seu perfil regional marcando sua territorialidade através das
verbalizações, vestuários, comidas típicas, danças, folclores e a cordialidade
de um povo abrasador receptivo com o próximo.
Para constituir o país
como nação, o Brasil iniciou um processo de construção da identidade no início
do século XX. Isso porque até o final do século XIX, muitas pessoas não eram
consideradas oficialmente brasileiras. Principalmente a partir de 1930, o
governo brasileiro implantou, ou selecionou diversas tradições e costumes, para
estabelecer uma associação entre o país e a cultura, para tentar caracterizar
alguns itens como “marca” nacional, dentre essas se destaca feijoada, carnaval,
a mulher mulata, futebol, entre outros.
A atração pelo futebol por todos brasileiros está associada à identidade do país, como característica do típico cidadão brasileiro.
Um brasileiro típico apresenta aspectos de cordialidade, contraria a violência, é muito bem humorado, gosta de festas, por isso o carnaval tem destaque como identidade cultural, a mulher mulata é reconhecida como a típica mulher brasileira e essa é uma confirmação de ideais não-racistas.
Essas características foram divulgadas para o mundo pelo governo, com se fossem uma espécie de “exportação cultural”. (FREITAS, Eduardo. Site da Geografia Humana do Brasil)
A atração pelo futebol por todos brasileiros está associada à identidade do país, como característica do típico cidadão brasileiro.
Um brasileiro típico apresenta aspectos de cordialidade, contraria a violência, é muito bem humorado, gosta de festas, por isso o carnaval tem destaque como identidade cultural, a mulher mulata é reconhecida como a típica mulher brasileira e essa é uma confirmação de ideais não-racistas.
Essas características foram divulgadas para o mundo pelo governo, com se fossem uma espécie de “exportação cultural”. (FREITAS, Eduardo. Site da Geografia Humana do Brasil)
A
formação complexa do povo brasileiro através dos séculos, não impediu que os
contrastes e diferenças regionais, construíssem uma nação multicultural de uma
diversidade riquíssima onde até mesmo a nossa culinária, exemplo a feijoada é
considerada identidade nacional. O
futebol arte trazido das terras anglicanas passou a representar o povo
brasileiro, como um povo alegre, festeiro assim como o nosso carnaval
multicolorido que abrange diversas etnias. Onde tem futebol e samba tem um
pouco do Brasil.
Assim
sendo a identidade brasileira em suas várias dimensões raciais, étnicas,
territoriais e regionais define o que realmente é o brasileiro, o que ele
representa nesse universo de múltiplas facetas, sendo assim um povo único.
Falar de
identidade implica, em um certo sentido, uma dimensão interpretativa e outra
normativa, já que “identidade designa algo como uma compreensão de quem somos, nossas
características definitórias fundamentais como seres humanos.”Trata-se de uma reflexão
que lida com um problema relativo à auto-percepção de um grupo acerca de si mesmo,
de sua história, de seu destino e de suas possibilidades, enraizada
necessariamente num certo horizonte valorativo, e referida a uma determinada
forma de vida. A identidade
cultural caracteriza as pessoas pelo modo de agir, de falar, é como se as
“rotulasse” a partir dos modos específicos de sua cultura. ( MAIA, Antonio
Cavalcanti. P. 3.2005)
O território, sua
linguagem e cultura é a representação de sua identidade e formação. A cultura
moderna traz consigo jargões contemporâneos típicos de jovens urbanos e suas
representações. Muita das vezes as culturas entram em choque evidenciando novos
paradigmas que surgem para enriquecer ou denunciar uma identidade cultural, ou
seja, mascarar ou desmascarar preconceitos.
Quando essas manifestações remetem a sinais
de retorno a um passado glorioso, mas encoberto e contado de forma a agradar
uma minoria no poder, fazem vir à tona feridas que para a maioria, oprimida,
nunca existiram. Faz com que emersa um outro Brasil, uma outra história
brasileira que nunca apareceu nos livros didáticos dos bancos escolares.
(ALVES, Marcelo Siles. Santa Teresinha:
Descoberta de um conflito racial, de identidade e cultural. Trabalho de
Conclusão de Curso, 2013, Universidade Federal Fluminense. P.32. 2013)
Mas independente das transformações identitárias e
culturais brasileiras, é digno de se afirmar que todas as três raças indígena,
negra e branca de diferentes etnias compõem uma só nação, portanto a formação
de um só povo, um povo que brilha e luta.
A cultura é fruto da miscigenação de
diferentes povos que introduziram seus hábitos e costumes, com o contato de uma
cultura e outra, pode gerar uma cultura ainda mais diferente. A identidade
cultural move os sentimentos, os valores, o folclore e uma infinidade de itens
impregnados nas mais variadas sociedades do mundo, e apresenta o reflexo da convivência
humana. (Alunos
Online)
REFERÊNCIA
BIBLIOGRÁFICA:
FREITAS,
Eduardo. Geografia Humana do Brasil. http://www.mundoeducacao.com/geografia/identidade-brasileira.htm
MAIA,
Antonio Cavalcanti Maia. Diversidade
Cultural, identidade nacional brasileira e patriotismo constitucional. PUC-RJ. Link:
(ALVES, Marcelo Siles. Santa Teresinha: Descoberta de um conflito racial, de identidade e
cultural. Trabalho de Conclusão de Curso, 2013, Universidade Federal
Fluminense. P.28-32. 2013)
FREYRE, Gilberto. Casa Grande e Senzala. 2006.
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