segunda-feira, 26 de novembro de 2012

DJ BETINHO, NÓS POR NÓS.


     Foi desse jeito, o evento Noite Jovem, com a presença do DJ da Nós Por Nós Betinho, foram 30 minutos de black onde rolou muito rap, hip hop, funk/soul. Marcou o início da Nós Por Nós em Bom Jesus do Itabapoana-RJ, apesar de ter acontecido fora da data realmente prevista 20 de novembro de 2012 dia da Consciência Negra, a presença foi um marco histórico, onde pela primeira vez desde o início da década de 90, um DJ se propôs a quebrar barreiras, tabus e tocou o que há de melhor na Rua no estilo underground.
     No repertório constou nomes como Blahka Tao, Madimbu A.K.A Hood Niga, Valentim V8, Biggie Êni,     Dizzy Ragga, Sativamente, Felipe Alem, Refem, Vanonne e outros só fechamento porque é desse jeito. E com certeza, Deus assim permitindo, a Nós Por Nós do noroeste-fluminense-RJ fará um encontrão para deixar a sua marca registrada. É Nós Por Nós, Crias da Rua.

Por Rapper Silles

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

DIZZY RAGGA



Após lançar dois singles: EQUALIZANDO e POR AÍ, é com imenso prazer que trago para vocês o meu novo som, “NÃO SE AMASSE”, a letra e a melodia são criações minhas, o beat produzido por Biggie Êni e a mixagem ficou por conta do engenheiro de som Luiz Café.conta do engenheiro de som Luiz Café.
Definitivamente, estou ampliando as fronteiras do que já fiz antes...
No primeiro cd, “De Repente”, passei por diversos ritmos da cultura brasileira mesclando com hip hop e raggamuffin 
. Agora estou renovando meus horizontes, "equalizando" todas essas referências que fazem parte da minha história, e como as fontes são muitas podem esperar grandes novidades.

No começo do ano impressionei meus fãs abrindo o verão com o hit POR AÍ… Um electro hop e na seqüência a versão dubstep da faixa EQUALIZANDO em parceria com o produtor Cavalaska.
Agora chegou à vez de NÃO SE AMASSE.
Curta a fanpage www.facebook.com/dizzyragga.
E lembre-se aconteça o que acontecer em sua vida, NÃO SE AMASSE!"
Dizzy
Esperar em Serviço

Por Dizzy Ragga

domingo, 4 de novembro de 2012

BlahkaTao - Chocolate com pimenta e taça de vinho

    A correria não para, e quem é rua mesmo sabe muito bem disso. Blahka Tao, joga na pista mais um single CHOCOLATE COM PIMENTA E TAÇA DE VINHO. O som é puro luxo. Recomendamos que escute e faça download desse som que representa a rua.




Por Rapper Silles


sexta-feira, 2 de novembro de 2012

A MULHER NEGRA NA SOCIEDADE BONJESUENSE: UMA VISÃO HISTÓRICA NACIONAL NUM CONTRASTE ATUAL. PARTE 2

Marcelo Silles

A rejeição por parte dos homens pretos brasileiros as mulheres pretas brasileiras, é algo que intriga e manifesta um sentimento repulsivo a tudo que representa a cultura do clareamento.
Os negros brasileiros das cenas do pagode-futebol com seus rígidos corpos torneados esbeltamente, com a pele negra bem tratada e lisa, a qual os mesmos as esculpem para atraírem as fêmeas brancas e, de preferência tom de neve, desfilam pelas ruas como se fossem reis, imperadores da sexualidade prontos para expelirem suas sementes da procriação.  Não é raro vê em Bom Jesus do Itabapoana-RJ, os homens negros com suas parceiras pretas as tratando de forma machista e vil. As mulheres pretas, na atual conjuntura familiar continua como a maioria de mães solteiras em nossa sociedade. E ainda como a maioria com mais filhos.
Em tempos em que, muitos por aí ficam latindo que somos apenas uma raça, humana, porque a mulher negra brasileira ainda ocupa a pior posição na pirâmide social?
Desde que, os homens preferem as loiras, um preto afirmar que prefere as pretas corre o sério risco de ser tachado de racista e que tal comportamento é um racismo às avessas. Isso ocorre freqüentemente comigo em Bom Jesus do Itabapoana-RJ. Mas pérai, porque pode-se dizer de peito estufado e com sorriso largo que os homens em geral preferem as loiras, morenas e quando um preto diz que prefere as pretas é classificado de racista?
Particularmente por algumas pessoas, sou chamado de radical, isso é bom porque significa que tenho raízes, e que quero dividir o país em raças. Como dividir o que sempre esteve dividido?
Onde se materializa a idéia de uno, cortando assim o cordão umbilical da identidade ancestral de cada ser, o buraco é muito embaixo, lá no fundão mesmo. Se somos apenas um, pra que tenho que vasculhar o meu passado? O engraçado que para os descendentes europeus, os seus passados sempre são presentes e futuro. Quando um preto começa a esmiuçar suas origens, chegando a lógica de sua existência, rapidamente a sua voz é calada, sua boca é amordaçada e seu discurso amputado junto as suas raízes. A cronologia preta é negada até a morte por aqueles que têm medo e pelos interessados em não remoer feridas, trazer a tona crimes, brutalidades, genocídios.
“Durante quase cem anos, os estudos que analisaram o negro no Brasil, se não o viam como destituído de tudo, viam no como mercadoria, que no limite é quase a mesma coisa.  Em outras palavras, o olhar era externo, mais do que isso, era sob a ótica do colonizador, sobre tudo do traficante e do senhor. “(BERNARDO, Teresinha Bernardo. As Deusas na diáspora negra. 2010. p.64)
É nesse terreno vertiginoso de disputas de iguais e não-iguais, que paira sobre nós a nuvem da intolerância atrelada à alienação, o descompromisso e o não querer saber de alguns irmãos pretos, que para serem aceitos ou simplesmente pregam que todos temos o mesmo sangue, firmam pactos de agressão contra seus próprios irmãos, pois de fato é muito mais conveniente está do lado dominante financeiramente, do que do lado da verdade. Outrora não se discute aqui o comportamento de nossos irmãos em aceitar a miscigenação e nem os culpar para tal contribuição, mas sim a construção histórica de uma exclusão perpetrada quando já não se vinha mais necessária a mão-de-obra escrava. Para criar o tal apartheid brasileiro e controlado, foi necessário criar estereótipos negros, batizar com nomes portugueses, criar novas vidas.
A crítica aqui feita, não se trata de julgar e fazer semelhanças com a realidade cotidiana generalizada de alguns indivíduos, mas resgatar e fazer com que esses indivíduos entendam as circunstâncias simbólicas que causaram o efeito colateral nas relações humanas-afetivas brasileiras. Tal efeito provoca no presente momento, um desejo incansável de busca pela verdade do preto e da preta, de sua árvore genealógica: quem eu sou de onde vim, meus ancestrais, antepassados. De que lugar da África vim? Sendo descendente de pretos escravizados, onde aportaram, de que senzalas? Porque os negros não tem participação na histórica fundação da cidade de Bom Jesus do Itabapoana-RJ?
São muitas as perguntas que ficarão sem resposta, se não houver um embate que cause desconforto entre os cidadãos bonjesuenses que logo rebaterão que são assuntos que não mais vêem a se preocupar no momento.  Agora se comemora a tal Feira da Providência. Porque celebramos então e lembramos da cultura libanesa, italiana, portuguesa se no dia 20 de novembro no distrito de Rosal na festa da Consciência Negra, não podemos celebrar da nossa forma a nossa cultura afro, relembrar e homenagear os nossos ancestrais, a nossa culinária corretamente como deve ser feita, nossos ritos etc. sem sermos tratados de radicais? Muito de nossa cultura foi abstraída sem indenização. E isso incomoda.
Bom de volta ao título-tema de nosso texto, data venia ao Sr. Gilberto Freire, novamente discordo de sua obra Casa Grande e Senzala a qual classifico novamente, como uma obra machista, sexista e a culpo por ser uma das obras responsáveis pela criação dos estereótipos feministas da mulher preta na qual a coloca na condição de objeto e não de ser humano. Bem esse autor pode ser de renome para alguns, para mim não. Um amigo da cidade confessou a mim que é louco para ter um caso com uma negona, pois disseram a ele que, as mulheres negras são quentes, bem quentinhas. O mesmo tem um relacionamento a mais de dez anos com uma mulher branca. Vejam bem, disseram a ele. Então se disseram, não foi apenas um e sim vários homens que apontam a mulher negra como foguenta, boa de cama, quentes, nunca apontam-nas como mulheres dedicadas, inteligentes, lindas, esposas, valorosas nunca com qualidades que realmente rainhas merecem ter, mais sim com adjetivos exdrulos, machistas e racistas criados pelo homem branco durante os séculos.
Nós homens pretos, temos que saber respeitar, valorizar e saber a verdadeira história da mulher preta, embrear-nos mais na diáspora, fortalecer ainda mais os nossos conhecimentos e saberes, sairmos do comodismo da limitação e desbravar o universo preto e da mulher preta.

Referências bibliográficas:
BERNARDO, Teresinha Bernardo. As Deusas na diáspora negra. 2010.
CAMPOS, Maria Consuelo Cunha. A representação da mulher negra na literatura brasileira. UERJ/PEN Clube do Brasil. 2007.
ARAÚJO, Clarice Fortunato. Porque as mulheres negras são minorias no mercado matrimonial.  XI CONLAB. 2011
EUCLIDES, Maria Simone; FIÚZA, Ana Louise de Carvalho; PINTO, Neide Maria de Almeida; DOULA, Sheila Maria. O sentido da liberdade para as mulheres negras: Discussão necessária. XI CONLAB. 2011

JASMINE "SERIZZY" DAVIS

     Pensando que é somente os rapper´s brasileiros, os rapper´s bonjesuenses que passam perrengue nos corres com cultura rap/hip hop? Geral engana-se. Diretamente das terras do Tio Sam, minha parceira a rapper Jasmine, de New Jersey. A mina faz uma correria loka que merece respeito, apesar das dificuldades mantem-se firme nas ruas mandando suas rimas. Apresento a vocês JASMINE "SERIZZY" DAVIS. Cliquem no link abaixo e confiram os sons dessa rapper, que faz um corre loko como todos nós do perrengue.



Por Rapper Silles