A produtora 1Kilo continua soltando um som atrás do outro. Dessa vez, os cariocas, que estão na preparação de um projeto acústico, lançaram o single “Tipo Agora“.
A música conta com as participações de Pablo Martins, Pedro Qualy e Lenzi. A produção instrumental é assinada por Felipe RastaBeats (1Kilo) e Iaasen Pol (1Kilo).
Lançado junto com um vídeo, o single ainda contou com a mixagem e masterização de Dj Grego e a fotografia/edição de Bruno Veronezi.
Gustavo Black Alien há muito tempo não lança material nas ruas, desde seu último single “Homem de Família”, lançado no ano de 2016, o lendário MC não apresenta material novo aos fãs e admiradores do seu trabalho.
Mas essa semana, em suas redes sociais o Mister Niterói anunciou que música boa estar por vir, mas precisamente na sexta-feira dia 25/08 o novo single intitulado “Sangue de Free” chegará a todas as plataformas digitais.
E ai? O que será que vem por ai? Seguimos no aguardo e na ansiedade.
Para quem não sabe, Rafael Braga Vieira, de 29 anos, foi preso em julho de 2013 e condenado a 4 anos e 8 meses por estar exercendo seu direito de livre expressão. Com ele, havia uma “perigosa” garrafa de pinho do sol. Em outubro de 2014 progrediu ao semi aberto, porém, foi condenado a 11 anos de prisão por SUPOSTAMENTE portar 0,6g de maconha, 9,3g de cocaína e um morteiro, em janeiro de 2016.
Curiosamente no dia 6 de Janeiro de 2017, um ano após o crime cometido contra Rafael, o ilegitimo “governo” Temer anuncia plano nacional em meio a crise penitenciaria. Em dezembro de 2016 o mesmo grupo golpista liberou R$: 1.200.000.000 (1,2 bilhão de reais) para resolver a grave situação do sistema penitenciário Brasileiro, que parece não ter sido suficiente para manter o minimo.
Rafael está medicado e segue em estado de atenção, nos resta enviar boas energias não só para o mesmo, a todos os injustiçados, oprimidos por esse sistema fajuto.
Florence é um produtor e MC gaúcho, que vem causando bastante impacto na cena Trap, tanto pelas produções, quanto pela característica própria de compor os sons em inglês.
Depois de lançar sua MixtapeLil Flowers, o Trap star gaúcho atacou novamente, dessa vez com um clipe pesadíssimo para o hit “Get Rich“.
Tendo contato com o Rap pela primeira vez através do Planet Hemp, Florence percorreu durante algum tempo o caminho da música através do Rock e do Metal.
Apaixonado pelos synth waves, o MC e produtor vem ganhando destaque pelo refinamento nas produções e pelo ótimo uso de recursos e efeitos marcantes no Trap.
O material audiovisual de “Get Rich“, parece fortemente inspirado na “Blake Sale“, com uma atmosfera neon bastante moderna e uma construção de composição realmente próxima de suas referências gringas, sem deixar de preservar sua originalidade.
Artista da DOPE lab. e integrante do coletivo Indigo, Florence tem amplo material produzido e vem consolidando seu espaço na cena Trap, com parcerias nacionais e até mesmo com colaborações com produtores europeus.
Trabalho bastante característico, que demonstra toda a potência do Trap gaúcho, cada vez mais consolidado.
Nessa última sexta-feira (18), após o lançamento de seu primeiro EP “Transgressão”, Clara Lima, que veio afiada, atirando pra caralho, elevou o level do game e mostrou, mais uma vez, a potência do rap feminino. Escancarando realidade explícita em suas letras, a MC gritou para os quatro cantos que seu trabalho veio para romper barreiras e padrões dentro do rap e da sociedade.
”Sou mulher, negra, lésbica, periférica e quero viver de música”.
Após o videoclipe de ”Mente Criminosa” do álbum ”Coligações expressivas”, que leva produção do Dj Caique e participação de Cris SNJ e Tati Botelho, vem aí mais um feat pesado entre duas gerações do rap. Com Beat de Carlus Avonts e gravação pela ”Comboio Records”, Clara Lima e Cris SNJ se uniram na música intitulada: ”Estilo Negona”. Ainda sem previsão de lançamento, mas com um ar de curiosidade, o som pode ser liberado a qualquer momento. Bom, o que nos resta é aguardar, porque essa junção promete surpreender de fato.
Confira um pedacinho da letra:
“Tem muito preto que é capitão do mato / trata a gente feito escravo / Se pá quer chicotear / Sem tolerância aqui nós corre pelo certo / quem quis pagar de esperto passou pro lado de lá / Já corri de tiro de polícia de racista / de fascista pra poder fazer o Rap engatar”.
O mais novo selo de Goiânia, Fraternidade, se propôs a lançar um novo som por semana, sempre nas terças-feiras, assim tornando elas as ‘fraterças’. A música dessa semana levou o nome de ‘Brisa da Noite’.
Lançada com um lyric video simples, conta com participação de diversos membros do selo, sendo estes : Linhas Férteis, Mahatma, KBÇV, Elvis Mendes, e Iago DZ. Conta ainda com participação especial de DaviDee e Chinez, da Sintonia Marginal. O trap melódico fala sobre uma noite, uma brisa e aquela companhia especial. A produção foi assinada por Yanz, produtor da banca.
O coletivo Rimanação, de Aparecida de Goiânia, conhecido por promover diversas batalhas e manter a cultura hip-hop viva na região metropolitana de Goiânia, em seu terceiro ano, realiza o 1º Festival Rimanação. Sediado no maior símbolo da cultura underground do centro-oeste, o Martim Cererê, o festival intercalará batalhas e shows.
Todos os oito participantes das batalhas foram selecionados através de votação nas redes sociais. A batalha terá premiação de Mil reais para o vencedor, assim como, Quinhentos reais para o vice-campeão. Os palcos serão liderados por artistas goianos, sendo esses : JAN (integrante da Juminai), o grupo Trecho, Jimy, Soulcrims, 2Sunz, DJ Pako, DoBeco, o grupo Clann, assim como o old-school, Gasper. A atração principal da noite é o carioca BK em sua primeira apresentação na capital goiana.
Um grande marco para a cena do rap do cerrado, o evento evidencia a união entre as variadas partes da cultura hip-hop da região. O evento acontece no próximo sábado (26) e conta com cobertura do RND.
E já que o assunto é o velho mundo, nesta quarta-feira (23) o paulistano publicou um vídeo em sua página oficial no Facebook em que aparece soltando suas rimas pra lá de pesadas na França. Isso mesmo!
Na batida do samba de João Nogueira, Rincon mostrou que domina (e muito bem) a arte das palavras. Se liga só:
A Budweiser sempre surpreende com suas propagandas por quebrar muitos tabus. Em sua mais recente campanha publicitária, a empresa decidiu chamar ninguém menos que RinconSapiência.
O rapper aparece em uma foto divulgada no Facebook oficial da marca que tem o texto “Deixe que digam” e, em menos de uma hora, já tem mais de 16 mil curtidas.
Esse ano, com certeza, é um ano marcante para Rincon! Além de lançar seu primeiro álbum, “Galanga Livre“, o rapper também anunciou sua tour pela Europa. Sucesso mais que merecido!
Com participação de Criolo, DjamilaRibeiro, MC Soffia, entre outras personalidades, a rapper e ativista Preta-Rara, traz um importante registro audiovisual intitulado “Nossa Voz Ecoa”.
Joyce Fernandes, mais conhecida como Preta Rara, também é responsável pelo sucesso dos projetos “Eu Empregada Doméstica”, Ocupação GGG e Hip Hop Resiste. Ela, então, resolveu criar uma web série para o youtube. “Nossa Voz Ecoa”, dividida em em 10 episódios, irá abordar temas e iniciativas relacionadas à cultura, estética negra, racismo, machismo, gordofobia, hip hop, entre outros.
“A Nossa Voz Ecoa é uma web série que foi pensada para internet, um espaço semi democrático, onde o negro poderá ser protagonista de sua própria história. Ela terá 90% de representatividade negra e esta provocação é proposital, em um país cuja população representa 53% de negros e pardos não podemos ter um numero tão pequeno de negros nos principais canais de comunicação e entretenimento. Por isto, a Nossa Voz Ecoa será o contrário, se na TV nós não vemos muitos negros disputando narrativas aqui vocês poderão ver, começando pela apresentadora que será eu”, diz Preta-Rara.
Os lançamentos ocorrem nos dias 25 e 29 de agosto, nas cidades de Santos e SãoPaulo. No dia 25 será no MISS (Museu de Imagem e Som Santos), localizado na Av. Senador Pinheiro Machado, 48 – Vila Matias, às 20h, com valor da entrada a R$ 2. Já no dia 29 será na Matilha Cultural, às 20h, e a entrada custa R$ 5. Todo o valor arrecadado na entrada será revertido para ONG Munganzi, que cuida de crianças refugiadas.
No dia 25 acontecerá uma abertura com a mestra de cerimônia Carla Zulu e em seguida a exibição de dois dos 10 episódios. Ao final, haverá um bate papo com mediação da assessora de imprensa Nerie Bento, que irá conversar com Preta-Rara sobre a construção do projeto.
“Eu não estou de volta, eu nunca fui embora. Tava no background esperando minha hora!”
Sim, é isso mesmo que você está pensando e com a frase do hit “Quem éh o boss”, inicio esta matéria falando que o Duo Africano que lotou casas do Norte ao Sul do Brasil está de volta e mais irreverente do que nunca.
Sevenlox, é formado por Len e Diima, Africanos radicados em Porto Alegre (RS) desde 2002. Entretanto e devido ao sucesso que durou mais de quatro anos, conquistaram os baladeiros das principais capitais do país, com seus beats dançantes e performances avançadas no palco, por isso são considerados cidadãos do mundo. Quem os vê pela primeira vez se impressiona pela interpretação autêntica da língua inglesa e os dialetos crioulos que compõe suas músicas.
O Duo tem musicas lançadas com diversos gêneros musicais incluindo Nego Joe (Floripa), Banda Cine (SP), Da Guedes, Claus e Vanessa e com Cabal, esse ultimo super popular entre os leitores deste site. Além disso Diima e Len dividiram palco com: Racionais MC’s, BossAC e até CrhisBrown!
Depois de um pequeno hiato de três anos, onde ambos procuraram amadurecimento pessoal e profissional em suas raízes, a dupla resolveu retomar os trabalhos do Sevenlox e já esta em estúdio terminando o álbum que será lançado em breve, os rappers fazem mistério sobre o nome do novo trabalho, mas garantem que uniram seu estilo já conhecido com os novos objetivos de ambos. Quanto as participações, foram anunciados os músicos Tonho Crocco da Ultraman e o guitarrista ErickEndres, e no ultimo dia 17 de julho eles disponibilizaram a “BadBatch” que tem participações de Sacha, WJ, CotcheT e produção em parceria com Dj Wall, todos de Guiné-bissau.
Para finalizar e entender um pouquinho do que esta por vir, curte a “Bad Batch”, duvido você ficar parado!
Carregando o nome da clássica canção dos Beatles, “Helter Skelter” foi lançada ontem por Lucas Felix no canal do RAP TV, no YouTube.
A produção da track é de Wendeus, que também deixa seus versos no single. O integrante do grupo A.L.M.A caprichou no beat dando uma boa sincronia em conjunto com Félix. Wendeus também cuidou da mixagem, masterização e a gravação aconteceu no Estúdio Coisa Simples.
“A intenção é puxar o ouvinte para a história que contamos. O refrão fala sobre o lance do mal nascer dentro de nós mesmos, o lance do ‘inferno são os outros’, do Sartre, o famoso ditado ‘mente vazia é oficina do inimigo’ e por aí vai”, explica Lucas.
Meteórica. Essa com certeza é uma das palavras que pode definir a chegada de Renato Froid, o primo do Guilherme, dentro da cena do rap nacional.
Para entendermos como o menino de Brasília ganhou tanto destaque dentro do jogo, é preciso voltar ao fim de 2015, quando ele, Sampa, Yank e o produtor Disstino formavam o grupo “Um Barril de Rap” e lançaram o álbum “2° Via”, com bastante sucesso de público e crítica.
Recheado com boas camadas de autenticidade, o grupo brasiliense rapidamente formou uma grande fanbase e começou a escalar a montanha do reconhecimento. O UBR, infelizmente, acabou em fevereiro deste ano deixando milhões de fãs órfãos (inclusive esse, que vos escreve), porém, os projetos solos dos seus integrantes continuam a todo vapor, como o EP Sincero, do Sampa.
Mas e o tal do Froid? O que andava fazendo o rapaz dessa entrevista? Dono de um talento inegável, Froid estava fazendo seu nome. Com participações e singles solos, antes mesmo do fim do grupo, Renato aumentava seu repertório progressivamente e – de forma até involuntária – crescia mais do que os seus companheiros de UBR.
Hoje, o artista da família cheia de artistas, prepara para lançar “O Pior Disco do Ano”, seu álbum de 12 faixas, produzido pelo Luan LK (3030) e gravado na Novo Egito – gravadora e selo de Froid, 3030 e Rodrigo Cartier. Esse e muito mais assuntos (como uma possível volta do Um Barril de RAP no ano que vem) você pode conferir no bate-papo aqui embaixo. Pega a visão!
Os fãs estão bastante ansiosos para o lançamento do álbum. Fala um pouco sobre “O Pior Disco do Ano”, se ele atrasou mesmo, e o que está faltando para ele ser lançado.
– O álbum tomou forma de álbum pela primeira vez em março, por isso digo que ele é ariano. Eu entrei em agosto para fazer a primeira sessão de estúdio, que foi o momento da gestação, quando todas as músicas e todos instrumentais estavam praticamente prontos.
A produção é toda do Luan LK. Eu produzi apenas uma faixa, a música com o BK, onde eu usei o sample de “Vida Loka”, o mesmo do “Atletas do Ano”. Outra tem a produção do Mestre Xim, que é a faixa com o Qualy. Além dos dois, o disco ainda terá participação do Makalister, Nissin, 3030, Rodrigo Cartier, Cynthia Luz (em uma faixa que se chamará Lamentável Part 2 com Prod. do M Lima) e mais uma com o Luccas Carlos. A do Luccas ainda não sei se entrará no disco porque a gente não terminou de produzir.
Nós temos quatro clipes gravados e pretendo lançar o primeiro deles em setembro. Daí soltamos os outros três e depois disponibilizamos o álbum para download em todas as plataformas. Esse disco registra um período muito louco da minha vida. Escolhi esse nome (Pior Disco Do Ano) por causa da intensidade. É um disco sobre pressão. Ao mesmo tempo em que é o melhor momento da minha vida é o pior também. Um registro que pode parecer meio confuso, mas é de coração.
E como você trabalha a questão da promoção do disco, o chamado hype?
– Eu ainda não tinha pensado em nada tão comercial até porque eu nunca trabalhei em comercializar minha arte. O UBR era totalmente underground e a gente trabalhava mais o lado artístico do que a promoção. Eu pretendo lançar meu som com bastante conceito e espero que isso sirva para promover o álbum.
Makalister Renton e BK serão algumas das participações do “Pior Disco do Ano”
Como se dá o seu processo criativo na hora de compor? Costuma escrever “de cara” (sóbrio)?
– As minhas piores músicas foram as que eu escrevi “de cara”. Tem umas três que já escrevi e que eu não gosto. O processo criativo é uma entidade, um Deus, que a gente não sabe explicar. É um acontecimento, um nirvana, espontâneo, um acidente. Qualquer outra coisa é forçar a barra.
Você é um cara muito conhecido pelo seu flow e pela sua escrita carregada de metáforas. Considerando que o ideal é sempre unir os dois, já ocorreu de você abrir mão de um para valorizar o outro?
– O flow é a dor da minha voz. Ele não é uma coisa tão mecânica como as pessoas usam. Ele é uma consequência, é o jeito que eu sinto os instrumentos da base, tentando fazer minha voz mais um dos instrumentos. Então eu acho que o flow é o sentimento que acaba sendo a consequência da escrita.
“Antissocial” é um dos últimos lançamentos de Froid onde ele mostra todo seu repertório e une uma escrita espiritual ao lado de um flow “cheio de dor”
Na sua turnê você tem se apresentado ao lado do Disstinto e do Menestrel, certo? Como tem sido a repercussão das apresentações e como é a participação deles no show?
– O Disstino está comigo desde o UBR, é o DJ que eu confio. O Menestrel foi porque ele sabia todas as letras. Depois tomou outra proporção porque eles criaram o seus próprios públicos. É muito interessante porque cada um tem sua fanbase. Também levo a Cynthia Luz, que tem seu público. Acaba que eu trago mais gente pro meu show e deixo ele mais interativo e performático, o que deixa a apresentação bem mais interessante.
Froid se apresentando em turnê ao lado do DJ Disstino e o rapper Menestrel.
Como você vê o rap daqui a 15 anos, e o que você pretende alcançar nesse tempo?
– É impossível mensurar o que vai acontecer com o rap daqui a 15 anos. Há cinco anos atrás, quando eu fiz parte do rap, eu vi uma evolução descomunal, então não consigo mensurar. O que eu espero é que a indústria não use o RAP de forma negativa. Não corrompa do jeito que já está acontecendo, que as pessoas consigam manter os pés nos chão, não se iludam com mulher e droga e ataquem as pessoas que a gente precisa atacar, porque o rap não é uma música igual as outras, ela tem um cunho social importante. E não é aquele papo de “rap de mensagem”, só em você estar falando com uma linguagem diferente, você já é um ativista. No mais, eu espero conquistar o mínimo: conforto pra minha família e liberdade pra mim e quem escuta meu rap.
Na mesma linha de pensamento, qual é a principal diferença pra você entre o público do rap da velha escola e o atual?
– A diferença é que o público da velha escola enfrentou muito mais problema por gostar de rap do que o da nova escola. Antigamente as pessoas eram vistas com outros olhos quando se falava de rap. Essas pessoas da velha escolha que eram fãs de rap com certeza enfrentaram a questão do preconceito (no sentido de ser visto como bandido e tudo mais). O público da nova escola pode gostar de rap porque a sociedade evoluiu muito. Hoje a gente tem uma cabeça muito mais aberta. Então, não é sobre o rap, é sobre ter a cabeça aberta. As pessoas conseguem se respeitar mais, por isso hoje é mais simples gostar de rap.
O UBR deixou um legado de fãs órfãos. Seu entrosamento com Yank e Sampa no mic criou algumas das tracks mais criativas e envolventes dos últimos tempos. Existe a possibilidade de novas músicas com participação deles?
– O UBR foi um grande acidente. A gente criou uma coisa que só agora conseguimos ver o tamanho. Meus melhores amigos ainda são o Sampa, Yank, Disstino, Caique e o Nardin (técnico de som). Eu tenho plena certeza que a qualquer momento vai ter uma coisa nova nossa. Não agora que está todo mundo fazendo seus projetos solos, mas mais pra frente, talvez ano que vem, com certeza vai ter sim uma coisa nossa. A gente ficou muito afastado, mas nos últimos meses nos reaproximamos como eu nunca tinha visto antes. Então possivelmente tenha coisa nova do “Barril” aí. Nunca se sabe.
Froid deixou os fãs sonharem com uma possível volta no ano que vem do já marcante grupo Um Barril de Rap
Tanto no Brasil quanto na gringa existem rappers e grupos que quando alcançam um certo nível de popularidade deixam cair a qualidade musical por passarem a entregar músicas “mastigadas”. Você também enxerga essa queda e acha que esse é o real motivo?
– Isso é uma coisa que eu venho falando há anos. Eu não gosto de músicas mastigadas, que a mensagem é muito clara, mas isso também não quer dizer que ela tenha que ter uma linguagem rebuscada, que inibe as pessoas de conhecer você. Minha maior referência sobre isso é o Bob Marley, que tem letras simples e ao mesmo tempo carrega uma questão espiritual muito forte. Quando o grupo quer ser comercial ele vai ser comercial e você vai perceber que ele está ali se esforçando para vender a popularidade. Eu não tenho nada contra, nem nada favor, só como gosto pessoal eu prefiro a linguagem espiritual, que cativa a minha mente e me força a ter um pensamento sobre um ângulo que eu não tive ainda.
Qual foi o show mais foda que você já fez?
– Eu não sei qual foi o show que o público mais gostou, mas o que eu mais curti foi um em São Paulo, um acústico com a banda Medulla, porque eu gosto dos instrumentos, da banda, do entrosamento. Foi o melhor show por causa do felling, da vibe. Inclusive, quero investir mais nisso. A minha meta é trabalhar com banda e só, fazer um som mais orgânico.
Realmente, Froid demonstra gostar bastante do lado orgânico da parada. Enquanto o filho ariano, digo, álbum ariano dele não sai, confira um dos trampos recentes do rapper, um belo acústico ao lado de Pedro Qualy e da banda Medulla pra deixar qualquer fã de música boa com água na boca.
DaLua não para!!! Na madrugada de hoje, o rapper antecipou o lançamento da mixtape “Fre$h Prince”, que conta com sete faixas, produção de $UPREMOS e Fahel e ainda a participação de RaffaMoreira.
Segundo ele, essa trabalho marca uma nova fase em sua carreira e, por causa disso, decidiu trabalhar em uma mixtape só de plug, até mesmo para que pudesse estudar e entender melhor sobre.
“Não foi fácil, tive vários resultados ruins antes de chegar nessa tracklist. O plug é muito animado, bem alto, uma parada beeeeeem feliz, totalmente diferente do que estou acostumado a lidar. Então, foi um processo bem delicado. Tenho um lado muito dark no meu trampo, talvez por isso tenha sido um pouco mais difícil fazer esse do que os outros trampos que já fiz”, afirmou.
Ouça “Fre$h Prince”. O cover art foi feito por Fuky Nery.
Conhecidos desde 2009 por estudarem no mesmo colégio, em Salvador-BA, Rodolfo Guimarães (Borr) e Rodolfo Cajaíba (Palestrante) formam o grupo Janus, que carrega o selo Balostrada Records.
Em meados de 2017, com a saída de Borr da Pináculo – outro grupo de rap soteropolitano – e o convite feito pelo beatmaker Gabrat para a produção de uma faixa, nasce a ideia da criação de um novo projeto, a Janus (nome baseado no Deus latino dos inícios e dos fins).
Em seu single de estreia, batizado de Refratário, os rappers Borr e Palestrante abordam as questões sociais de dominante e dominado em cima do instrumental de Gabrat. A captação da faixa foi feita na Balostrada Records com a mixagem por DJ Marcelo.
A Janus é mais um grupo que integra o selo local Balostrada Records, que conta também com Interplanetários, Bonde do Descarrego, Pináculo, Raro Efeito e 2Kike.
Hoje os leitores do Portal Rap Nacional vão conhecer um grande talento carioca que chega com um RAP inovador e cheio de musicalidade nas 18 faixas do álbum Arabesco. Grande maioria das músicas foram produzidas por ele mesmo, a auto-produção na minha opinião ajuda com o casamento perfeito do instrumental à levada calma e bem feita de Diego Thekking, que também chega no backvocal em alguns refrões, provando que tem domínio em cada etapa de seu trabalho.
Caminhando na contramão do RAP comercial, Thekking mostra na faixa “A Real” que o discurso de sua música é um dos seus principais fatores e o mesmo deve prevalecer intacto desde as origens. Esta música ainda conta com participação especial de Dom Negrone e Old Dirty Bacon.
Mas Arabesco não se prender a um único tema, muito pelo contrario, um disco com assuntos bem variados, como por exemplo a faixa “Papo Bandido”, que narra um romance vagabundo e tem participação da rapper Taz Mureb. Na mesma pegada, só que mais romântico, Thekking chega na faixa “Só nós Dois”, uma homenagem para a esposa dele.
Destaque também para as faixas “Walter White”, “Deitem-se”, “Na Rua” e “Marola Maior”, que trazem a essência do RAP de rua e narrações de seus caminhos.
Com um flow diferenciado, letra de conteúdo e variedade na temática, Diego Thekking estreia com chave de ouro com álbum Arabesco que você pode ouvir apertando o play logo acima ou nas plataformas digitais: Spotify,iTunes, Google Play ou Deezer.
Diego Thekking também é responsável pela D-Unit Music, um selo de entretenimento criado e comandado por ele mesmo e que vem desenvolvendo um trabalho na cena carioca.
E Bom Jesus, segue fabricando suas rimas através de seus rapper´s da nova Geração. E dessa fez a casa é em Bom Jesus do Norte-ES. Quem faz parte da nova safra da cena, é Matheus Henrique, o Rapper MTMC, que vai caminhando e aos poucos abrindo caminhos para conquistar o seu espaço na cena underground.
Clique e confira o trampo desse mano que é uma das futuras promessas da região Noroeste-Fluminense.
Alessandro Barbosa da Silva, batizado pelas ruas como Rappek, é um rapper da zona leste de São Paulo, que caminha a passos largos para ser uma das maiores promessas do rap nacional.
Integrante do coletivo 1VIDA e antes apadrinhado pelo lendário grupo de Hip-Hop nacional Black Juniors, o rapper segue ganhando aos poucos, grande notoriedade na cena com apenas 22 anos de idade.
Depois de ter lançado seu EP em 2015, ele disponibilizou uma mixtape compilada com 17 faixas não-oficiais gravadas entre 2012 e 2015 e lançou o single “Anos Dourados” que você pode ouvir com exclusividade no nosso canal.
Hoje (4) fazem nove anos que Kamau lançou seu segundo trampo solo, o “Non Ducor Duco”, frase em latim que signfica “Não sou conduzido, conduzo”, se encontra escrita também na bandeira paulistana. Lançado pela gravadora independente Plano Audio,foi considerado pela Revista Rolling Stone do Brasil como um dos 25 melhores discos nacionais de 2008.
Além de Kamau, esse álbum conta com um time pesado na produção das batidas como Parteum, Munhoz, Nave, DJ Suissac, FiliphNeo e DJ Primo. E as participações são as melhores possíveis: Emicida, Rashid, RinconSapiência, Parteum, Rael, Stefanie, Jeffe, DJ Will, KL Jay. “Non Ducor Duco” é um clássico, daqueles que deve ser ouvido e apreciado por todos. Faz jus a sigla RAP, é ritmo e poesia do começo ao fim.
A primeira música que eu ouvi desse disco foi “Vida“, que o Rael canta o refrão, até hoje quando ouço ainda me emociono. Nesse som Kamau fala, no primeiro verso, de um amigo que tirou a própria vida, no segundo verso de um primo que faleceu e no último de um filho/filha que ele ainda terá.
Em “Porque eu Rimo“, o destaque fica para o verso do Rincon Sapiência, verso este que não estaria na faixa se dependesse do Rincon, que queria outra rima, Kamau e outros MC’s que participam da faixa que o convenceram.
“Evolução sim, renovação sim / Tenho obrigação com a tradição mesmo assim / Sigo, com mente aberta, mas sempre alerta / Ninguém se vende até que seja feita a oferta”. É com essa tipo de rima que Kamau dá um choque de realidade na rapaziada em “Resistência”, que tem participação de KL Jay e Carlos Avonts.
Como eu já falei, é um clássico esse álbum e músicas como “Amar é”, “Equilíbrio”, “A Quem Posa Interessar”, “Sabadão”, “Parte de Mim”, “Só”, são canções que se você não conhece, procure saber.
Ouça:
Se quiser saber mais sobre “Non Ducor Duco” veja também: