Finalmente! Esperamos anos para ouvir um som inédito do Sabotage, espera que se findou com o som “Alto do Zé Pinho”, mas convenhamos, a curta faixa nos deixou mesmo foi um gosto de ‘lança logo o CD do Sabotage‘. E para nossa alegria acaba de sair , na noite desta sexta (27), a música inédita “Respeito é Lei” do mestreSabotage. — ainda não é o CD.
O som é faixa integrante da trilha sonora do filme “Tudo Que Aprendemos Juntos” — que tem Criolo e Lazaro Ramos no elenco. Além do flow e ideias super atuais do Sabota, o som ainda tem sua instrumental construída com arranjos daOrquestra Sinfônica do Heliópolis. Confira:
“Respeito é Lei” também ganhou o vídeo acima, cujo mescla imagens de arquivos do Sabotage com trechos do longa “Tudo Que Aprendemos Juntos” — o filme conta a história da própria Orquestra Sinfônica de Heliópolis, tem direção de Sérgio Machado (mesmo do Cidade Baixa) e estreia no próximo dia 3 de dezembro. Confira o trailer logo abaixo.
Ainda não sabemos se a faixa também integrará o disco novo do Sabotage que, de acordo com Dj Cia, pode sair ainda em 2015.
No último dia 16, o grupo de rap mineiro Sem Meia Verdade lançou o clipe da música “Deixa Baixo“, que tem participação da lenda e dj do Racionais: KL Jay.
O clipe foi gravado na cidade de Belo Horizonte/MG pelo já parceiro de corre do SMV, Filipe Produções, que trouxe uma pegada gangster sem perder a positividade para as rimas de protesto encontradas em “Deixa Baixo“. O roteiro da produção é assinado por THL e RUD.
“Deixa Baixo” é faixa do álbum duplo “Por Deus – A Estratégia”, lançado nas ruas em outubro deste ano — confiraa faixa título do projeto.
Nesta sexta-feira (27), a gloriosa cantora do Texas, Erykah Badu, lançou sua nova mixtape com exclusividade para o iTunes. Chamada “But You Caint Use My Phone“, possui 11 faixas e colaborações de Drake e da lenda Andre 3000, líder clássico grupo Outkast.
“Hello” é a última faixa do novo projeto da cantora de 44 anos. A música se destaca pelo aconchego sonoro da melódia feita em dueto pelas duas lendas do Hip Hop americano — seu dia vai ficar mais doce depois de ouvir a faixa.
A mixtape “But You Caint Use My Phone” foi gravada durante uma sequência 12 dias junto ao produtor Zach Witnessin. O projeto está disponível para compra pelo iTunes ou para audição na íntegra via Apple Music.
[Atualizado] A faixa “Whats Yo Phone Number”, que tem participação do Drake também foi disponibilizada para audição e, na sequência, toda a mixtape, confira via Datpiff:
Com lançamento oficial previsto para a próxima sexta-feira (27), o novo álbum da lenda do rap underground, KRS-One, 50 anos, acaba de ser disponibilizado para streaming.
Com colaboração apenas de Peedo, o álbum “Now Hear This” — Agora Escuta Isso, em tradução livre — possui 18 faixas e trás o recorrente e pesado Boombap como plano da trilha para as mensagens de consciência política do The Teacher. As produção do álbum são assinadas por nomes como Mad Lion, DJ Predator Prime, DJ Static, entre outros.
Ouça na íntegra o álbum “Now Hear This“:
“A todo lugar que vou, de grandes festivais a clubes e bares mais intimistas, as pessoas querem aquele boombap. Mas ainda assim, mesmo com às ruas implorando por algo com mais profundidade e autêntico no hip hop, muito poucos rappers atualmente estão dispostos a entregar isso“,explica KRS, que ainda entrega com estilo o clássico Boombap.
Sobre o KRS-One
Lawrence Krishna Parker, nascido em 20 de agosto de 1965, mais conhecido pelo seu nome artístico KRS-One, é um mestre de cerimônias e produtor musical estadunidense. Durante a sua carreira, ele ficou conhecido principalmente pelos seus pseudônimos “Kris Parker”, “The Blastmaster”, “The Teacha” e “The Philosopher”. Em 2008, ele recebeu o prêmio GrammyLifetime Achievement Award, por todo o seu trabalho, por iniciativas como Stop the Violence Movement até como ser um dos pioneiros da cultura hip hop. O artista é vegetariano desde a sua juventude.
Esse vídeo, eu dedico para os ignorantes e muito mal informados que acreditam piamente que Zumbi tinha escravos e que os africanos escravizavam os seus. Vão estudar.
A vida mudou de cabeça pra baixo nos últimos meses, por isso parei de escrever. Mas é bom voltar. É preciso voltar. Então chego logo com uma postagem sobre o trabalho alheio, de irmãos que você deveria acompanhar. Gente preta, que utiliza as redes sociais pra disseminar a boa, ops, BOA informação. Todo mundo sabe que o You Tube é uma ótima ferramenta para construir conteúdos que a tv, paga ou não, nem de longe entrega. Quando o assunto é negritude então, fudeu né?! Mas se na tv você não se encontra, com pautas realmente interessantes ou simplesmente por representatividade, no You Tube o bicho pega, com gente que faz caminhos um pouco diferentes...
Querido leitor, apresento pretinhos e pretinhas que deram cara a tapa e tão ai falando. Nem todos os canais são inteiramente contra o racismo, ou sobre cultura negra, mas você sabe MUITO BEM que o fato de um negro apresentar simplesmente um programa muda muita coisa. O porque? Por que o nosso corpo não é um corpo comum nas redes sociais, na tv, nos ramais da representatividade brasileira. Nossa imagem é política. Vendo eles, até deu vontade de transformar o Película em um canal hauahuuha. Quem sabe um dia! rs
Negritude Gringa:
Derivado de um blog (muitas vezes o caminho é esse), o canal do Rodrigo H, English Black Friday, é recente, mas com vídeos MUITO interessantes. Pra você que se interessa por cultura negra estadunidense é um prato cheio. Ainda mais com o ponto de vista brasileiro negro. Parece lugar comum né? Não é não! Do que chega de informação de cultura negra veiculada por brancos aqui no Brasil é de sobrar exemplos. Faz diferença ele ser preto? Claro que faz! Muito! E dentro de uma país onde a visão de latinidade é muito mais forte que a cultura negra fora dos espaços deles, aí o buraco é mais embaixo. A visão de um negão é primordial pra entender nossos irmãos de lá sem estereotipos, ou decifrando os mesmos... Dá uma olhada no trabalho do negão.
Cabelo Bom? Cabelo ÓTIMO!
Quer abandonar o barbeiro que corta o seu cabelo num corte quase rapando sua cabeça? Quer colocar seu cabelo pra cima? Não sabe quais cuidados tomar? Ô ninho, seus problemas A-CA-BA-RAM! Conheça Phils Monteiro, seu canal Fells Black e suas dicas sobre cabelo crespo. Sobre coroas crespas lindas! Na verdade minha relação vendo o canal do cara é de puro recalque. Essa minha calvice maldita que não me deixa ter meu black de volta aff. Fico vendo, maravilhado, mas desejando ter meu cabelo lindo grande de novo. rsrs Mas sobre seu canal, Phil é muito prático, direto, testa a eficacia dos produtos, preços, fala sobre saúde capilar, cortes, penteados. Tudo de muito bom gosto e feito com bastante cuidado. Dá uma olhada ae:
Cinefilia!!!
O Nego Nerd é um canal de crítica de cinema com um apresentador negro. Simples assim. Geralmente o Hudson faz críticas aos arrasa quarteirões que chegam aos cinemas brasileiros. Destaque para a parte técnica do canal. O cara realmente capricha viu! É divertido, carismático. A abertura mesmo, sempre um primor. Curto o nego nerd, pois ele não tá nem ai. Taca o pau nos filmes e não é daquele tipo de achar tudo lindo e muito bom só por ser Hollywood. Mas quando o produto é bom - ao seu ver - ele elogia de boa. rs
Poder de Preta!
Empoderada é a palavra do momento né? Nas universidades e nos meios de movimentos sociais é a palavra que domina. Já teve o tempo do "pós moderno", ou "contemporâneo", agora o negócio é empoderar! Então que a gente tenha poder mesmo. Principalmente as mulheres negras. O canal é voltado para o empreendimento de negras pelo Brasil e feito pelas negonas Loyce Prado e Renata Martins duas cineastas. É também um canal novo, mas desde já, o primor técnico é também um diferencial. Na verdade Empoderadas é uma web série que esta apenas na sua primeira temporada. Como o poder de um dá abertura para o poder de muitos, o canal visa mostrar mulheres negras que são exemplo para outras e abrir o debate sobre feminilidade e negritude no Brasil.
O Sonho Dela É Nosso Também!
Ana Paula Xongani está aqui depois das Empoderadas de propósito ok?! Por que? Para provar que de um bom canal, pode te ajudar a conhecer outras coisas boas. O Empoderadas me levou a conhecer a Xongani. Veja bem, esse sorriso largo dessa mulher da foto, veja essa energia que emana a imagem estática... É essa boa energia que você verá em seus vídeos, sobre muitos assuntos ligados a nossa negritude. Ela senta em frente a câmera e fala e fala e fala e acredite, tudo o que ela fala é importante e fundamental. E lindo. E bom. E positivo. A Xongani é uma marca estética, mas seu canal vai além da mostragem de seus ótimos produtos.
Assistente Social, Bacharel da Universidade Federal Fluminense-UFF/Campos-RJ
O Sistema de Cotas raciais incomoda, no entanto incomoda
quando convém. Assistimos em São Paulo
alunos da Rede Pública Estadual organizadamente manifestando contra o
fechamento de algumas escolas do ensino médio a mando de um governo
nazi-ditatorial que prefere investir pesado em segurança pública, ampliando a
frota da Polícia com carros modelos e perfis Ferraris, construir mais presídios
do que valorizar a educação e utiliza - lá como arma contra a injustiça social
e a criminalidade.
A pergunta feita e que não se cala é a seguinte: onde
estão as pessoas de família, de bem, da moral que estão profundamente
indignados com o PT e o governo Dilma por terem sucateado a educação, segundo
eles, e lutam piamente pela melhoria e a valorização da educação no Brasil?
Sim, segundo essas pessoas a educação tem que ser
valorizada para acabar com as injustiças sociais. Portanto, onde estão esses
indivíduos salvadores da pátria brasileira que com fervor patriótico, dão a
vida e o sangue por essa nação, onde eles estão para se juntarem a essa
garotada que está lutando e reivindicando por uma educação de qualidade, que
não é fechando escolas que irá melhorar o ensino público estadual?
A resposta é bem simples: essa luta não os convém. Não os
convém pelo simples fato de não estarem sendo prejudicados em seus privilégios
e mordomias, seus filhos têm educação de qualidade, portanto não dependem de um
governo nazi-fascista-ditatorial, não estão nem aí para as classes menos
favorecidas, o que esse tipo de gente quer mesmo é que se construa um muro de
segregação, que o apartheid seja instalado e faça parte do sistema brasileiro.
O que incomoda, sempre incomodou e incomodará a essa raça
de gente, é ver os pretos em setores que antes somente indivíduos de cútis
clara poderiam ocupar. É ver e sentir os aeroportos cheios de pretos e de
pobres, voando para todo o Brasil, visitando o estrangeiro tendo que dividir os
mesmos espaços.
Universidades de renomes com sistemas de cotas e em seus
muros, pichações de ódio a negros, em seus banheiros rabiscos com erros
grosseiros de português excitando o ódio a negros, palavras de ordem muito
utilizadas pelo grupo da Kun Klux Klan estão sendo reproduzidos na santa terra
da democracia racial.
A pele denúncia a origem, a origem de tanto ódio e
excitação a violência gratuita, a pele preta sinônimo de inferioridade para os
brasileiros seguidores de Casa Grande e Senzala a bíblia da miscigenação racial,
que não suportam pretos e pretas em lugares de destaque. Não conseguem alcançar
ou melhor não querem entender que o Estado nunca teve a intenção de inclusão e
sim de eliminação do povo preto brasileiro.
Os descendentes dos egressos do cativeiro, hoje apenas
estão herdando uma fagulha das conquistas que ainda estão por vir, graças
àqueles que deram a vida para hoje podermos está numa posição de resistência,
livres em certa parte continuando a batalha daqueles que deram início pensando
em nós.
O escritor cubano Carlos Moore é uma referência internacional no debate sobre o racismo na história. Exilado no Brasil há mais de 15 anos, o intelectual possui um papel de destaque na divulgação das ideias panafricanistas e da emancipação negra. Porém, no último dia 14 de outubro de 2014, o pesquisador foi verbalmente agredido ao participar de um evento na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) quando discutia o racismo presente na obra de Marx e Engles, que é objetivo de um livro de sua autoria, O Marxismo e a Questão Racial. Na oportunidade, defensores do marxismo, incluindo um candidato a presidente pelo Partido Comunista Brasileiro (PCB) teriam desqualificado o autor, que conviveu com grandes líderes negros, a exemplo de Malcolm X, Cheik Anta Diop e Aimé Césaire e é um dos mais destacados pesquisadores da relações raciais no mundo. Em uma entrevista exclusiva ao CORREIO NAGÔ, Carlos Moore fala sobre a agressão que teria sofrido no evento e sobre suas ideias e pesquisas em relação ao tema.
Chegaram até mesmo a dizer que ele é um agente da Cia e coisas do tipo.
Assistam os vídeos do depoimento de Carlos Moore e já volto:
Eu não li o seu livro, mas sei que este tipo de estudo também é realizado por outro intelectuais negros como Dr. Walter E. Williams.
wew2010
Dr. Walter E. Williams é um economista dos Estados Unidos. Se quiser saber mais sobre ele basta Clicar Neste Link
Neste artigo abaixo podemos ver alguns comentários dele sobre as alegações racistas de Karl Marx.
Karl Marx é o herói de alguns líderes sindicalistas e organizações de direitos civis, inclusive aqueles que organizaram o recente protesto contra a legislação de imigração que foi proposta nos EUA. É fácil ser marxista para alguém que não leu o que Marx escreveu. A maioria das pessoas que leram concorda que as predições de Marx acerca do capitalismo demonstraram estar totalmente erradas.
O que a maioria das pessoas não sabe é que Marx era totalmente racista e anti-semita. Ele não dava importância aos mexicanos. Com relação à anexação da Califórnia depois da guerra entre o México e os Estados Unidos, Marx escreveu: “Sem violência, não dá para se chegar a realizar nada na historia”. Então ele diz: “Será que é falta de sorte que a magnífica Califórnia tenha sido tomada dos preguiçosos mexicanos que não sabiam o que fazer com ela?” Friedrich Engels, co-autor com Marx do Manifesto do Partido Comunista, acrescentou: “Nos Estados Unidos, testemunhamos a conquista do México e nos alegramos com isso. É para o interesse de seu próprio desenvolvimento que o México seja colocado sob a tutela dos Estados Unidos”. Pode-se achar muitas das idéias de Marx num livro escrito pelo ex-comunista Nathaniel Weyl, intitulado “Karl Marx, Racist” (1979).
Numa carta de julho de 1862 para Engels, em referência a Ferdinand Lassalle, seu competidor político socialista, Marx escreveu: “…é agora completamente evidente para mim que, como provam a formação de seu crânio e seus cabelos, ele descende dos negros do Egito, presumindo que sua mãe ou avó não tinha cruzado com um preto. Ora, essa união de judaísmo e germanismo com uma substância negra básica deve produzir um produto peculiar. A impertinência do camarada é também característica dos pretos”.
Engels também tinha muitas das convicções filosóficas raciais de Marx. Em 1887, Paul Lafargue, que era o genro de Marx, havia se candidatado a uma vaga num distrito de Paris que continha um zoológico. Engels afirmou que Paul tinha “um oitavo ou um décimo de sangue de preto”. Numa carta de abril de 1887 para a esposa de Paul, Engels escreveu: “Estando em sua qualidade como preto, um grau mais próximo do resto do reino animal do que o resto de nós, ele é sem dúvida alguma o representante mais adequado desse distrito”.
Marx e Engels tinham em comum uma idéia muito comum em toda a historia da humanidade até hoje: a idéia de que algumas pessoas são dotadas com inteligência e sabedoria superior, e foram nomeadas para impor à força essa sabedoria nas massas.
Dr. Walter E. Williams é um americano negro, professor de economia na Universidade George Mason em Fairfax, Va, EUA.
A um bom tempo venho querendo tocar neste assunto, pois vejo no brasil usando muito o termo Nigga ao se referir a outra pessoa,seja ela preta ou branca, nigga no brasil entre os "modinha" do rap, é tipo "E ai Negão", a palavra Nigga não significa Negão.. é um termo pejorativo que vem da palavra Nigger que nos tempos sombrios da escravidão era usado para se referir aos escravos africanos Nigger nos estados unidos é referir ao negro escravo como se ele fosse sub-humano.
Apesar da maioria dos rappers usarem o termo Nigga pois eles acham que podem por serem pretos, mas a comunidade negra não aceita este termo.
Tanto que vejo alguns filmes norte americanos como por exemplo "Coach Carter" Um treinopra vida" o personagem do Samuel El Jackson repreende seus alunos por usarem o termo "Nigga" traduzido como "Crioulo", pois ele diz a mesmo coisa.
E o pior eu vejo pessoas brancas usarem este termo como se fosse normal.. inclusive tem rapper branco no brasil que em seu vulgo tem o termo Niggaz.
Não to pagando de pa ou sermão só estou mostrando um fato.
O termo Nigga é Pejorativo como se você chama-se um Negro de Macaco,Crioulo,ou Escravo.
fique com o artigo, escrito por um Africano de Angola.
Assista este video em portugues onde traduziram nigga como criolo
Alguns jovens que dentro e fora do nosso país procuram exprimir as suas opiniões e mensagens ou experiências de vida, através do estilo de musica “Rap” usam a palavra ‘’’Nigger ou nigga’’, sem se darem conta (provavelmente) de estarem a perpetuar uma suposta característica rácica negativa do homem Africano. Para fazer uma retrospectiva sobre este epíteto (Nigger /niga), interessa recordar a origem desta palavra.
No período mais sombrio da discriminação dos povos Africanos/pretos, esta palavra foi usada para descrever os povos deste continente como sendo: Brutos desprovidos de intelecto humano respeitável, animais sexuais, intelectualmente atrasados, homem/mulher perpectuamente-criança, negligente da sua família biológica. Todos estes atributos negativos, foram associados na palavra “Nigger ou nigga”. A etimologia da palavra Nigger (nigga) pode ser traçada no latin (Nero), significando preto. O latin Nero tornou-se substantivo negro (pessoa negra). No Francês moderno, Niger começou a chamar-se de negre e mais tarde, négresse (mulher negra). Todos estes nomes faziam parte do léxico histórico.
Esta palavra Nigger (Niga) é por isso pejorativa. No Inglês que antecedeu o actual, as variantes eram: negar, neegar, neger e niggor – que se desenvolveu para um léxico semântico paralelo na mesma língua. Supõe-se que nigger (niga) resulta da pronunciação errada da fonética, pelos Euro-Americanos (brancos) do sul dos Estados Unidos da América. Mas não importa a sua origem, o que vale aqui realçar é que este epíteto foi firmemente definido como palavra negativa, pois era/é usada para descrever negativamente os povos Africanos/pretos. Dois séculos depois, esta palavra representa o símbolo do racismo branco.
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O que na maior parte do tempo, alguns jovens com talento artístico omitem levar em linha de conta, é que tudo que é negativo, é pintado de negro e isso não é/foi um acaso: Mercado negro (mercado ilegal); dia negro (dia triste); Zwarterijders [passageiro preto!] (passageiro dentro dum autocarro ou trein, tram ou metro, sem titulo de transporte - em Holandês), magia negra, a cor do diabo é preta, blackmail (chantagem), denegrir (rebaixar, desvalorizar) … etc., etc. E agora o inverso: A pomba da paz é representado pela cor branca, e mesmo nos Dicionários - o branco é definido como: Puro, ingénuo, imaculado, pacífico, divino etc. A esse propósito, no seu último livro, Tavis Smiley*1 escreveu: ‘‘As palavras têm significado – elas não são arbitrárias – as palavras têm poder – as palavras podem conter a força de amor ou de ódio’’.
Por estes motivos, a palavra Nigger (niga) foi (é) usada para justificar o desprezo dos Africanos, duma maneira precisa (o homem/mulher preto/a). Seja quando é usada como substantivo ou adjectivo, ela reforça o estereotipo que descreve o Africano como um sub-humano.
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Neste contexto, por esta palavra ter sido importada do estilo dos artistas (Rappers) Afro-Americanos, seria sensato os nossos rappers se situarem no tempo e espaço. Em Novembro de 2006, verificou-se uma polémica nos U.S.A. sobre o uso desta palavra “Nigger” pelo comediante, Michael Richards, que depois de ter perdido o seu temperamento no palco, chamou alguns assistentes Afro-Americanos de “niggers” por estes aparentemente exprimirem objecções durante a apresentação do seu monólogo cómico na plateia. Ele chamou nomes a dois jovens Afro-Americanos ao dizer :
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“Estes niggers têm sorte, porque se eles tivessem que fazer estas objecções nos anos ‘50, vos enforcava como bestas’’- (com estes termos, este comediante referia-se aos linchamentos de pretos nos Estados Unidos da América, no referido período). Usou igualmente termos explícitos para querer dizer que os pretos não passam de sub-humanos. Estes e outros epítetos eram usados com mais frequência contra a Diáspora Africana (e não só) nas décadas de … 40, 50, 60, 70 e mesmo 80. (…).
Como punição, este comediante, não somente pediu perdão publicamente na televisão, como também foi obrigado a reencontrar-se com os dois jovens a quem dirigira os tais insultos, para duma certa maneira ser perdoado pela comunidade Afro-Americana, e isso depois de ter pedido perdão aos líderes da comunidade, os Srs. Al Sharpton e Jesse Jackson.
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Verifica-se por isso, actualmente na comunidade Afro-Americana, uma mobilização, para obrigar as instâncias superiores do país, a classificarem esta palavra como ‘Hate word’ (palavra que excita ao ódio) para fazer com que alguém que fosse ouvido a usar o mesmo epíteto, seja punido judicialmente.
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Das muitas personalidades actuais de peso na sociedade Americana envolvidas na luta para a abolição deste epíteto, destaca-se a Sra. Oprah Winphrey! E foi criado para o efeito um website (abolishthenword.com), onde na sua página de introdução desfilam as imagens horrendas de vítimas de racismo, com o texto a fazer lembrar o visitante: ‘‘Every black person who was murdered by lynching was (probably) called Nigger first. … So, why use this word now?’‘ (Toda pessoa preta morta no linchamento foi [provavelmente] chamada de ‘Nigger’ antes de o matarem. Então, sabendo da historia desta palavra, porque usa-la mais, agora?).
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É importante recordar, que o respeito que se pode esperar dos outros povos depende de nós mesmos. Fica por isso incompreensível se exaltar quando um branco chama um Africano de ‘nigger’, e ao mesmo tempo não chamamos a razão os nossos “poetas/artistas” que não param de promover o mesmo epíteto. Os membros da nossa sociedade residentes dentro ou fora do país, com talento artístico, peritos na improvisação de rimas em fim… com dons de transmitirem as suas opiniões, as suas experiências de vida através da música rap, deveriam pautar pela originalidade e mais respeito pelo percurso da nossa existência como povo digno de respeito e admiração.
Como escreveu um dos grandes homens, Frederick Douglass:“…Onde a ignorância prevalece e onde uma classe de gente sentir que a sociedade é uma conspiração organizada … para degradar as outras pessoas, correm-se os riscos de um mau relacionamento entre elas”.
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Conclusão: Parar com esta forma de denominar e considerar a pessoa não branca, é honrar a nossa história, é respeitar a memória colectiva, evitando desta maneira banalizar as humilhações a que foram submetidos os nossos antepassados e em última instância é valorizar a história heróica dos nossos povos.